Segredos de Família

Meu Refúgio Pode Ser Seu Também

                         Leon estava tão bem acomodado que quase dormiu ali, o dia tinha sido um estresse que o esgotou muito e tudo que ele queria era tirar um cochilo nos braços do seu namorado, mas ai Franz disse:

-Chegamos.

                            Ele olhou em volta, se espantando com o que viu.

                          Não deveria se impressionar, levando em conta que ali era um meio de lugar selvagem, mas ali....parecia tirado literalmente de um dos seus livros de contos de fada. Havia um riacho com água cristalina, caindo de uma pequena cachoeira que não chegava aos quatro metros, muitas flores estavam espalhadas no local e uma casa na árvore no alto. Céus! Franz tinha uma casa na árvore!

-Isso é lindo! -Exclamou, pulando do colo do namorado, esquecendo totalmente a tristeza que sentia a minutos atrás.

-Gostou?

-Amei!

-Leon. -O chamou com um tom de voz doce, suave. -Esse lugar foi um refúgio que construí quando morei aqui, é um lugar especial para mim. Estou te dando ele agora, porque sei que tudo isso é apavorante. Então, sempre que se sentir mal, fale comigo ou venha para cá, esse é um lugar secreto e, a não ser que tenham procurado aos arredores quando eu estive longe, ninguém sabe dele.

-Franz. -Disse emocionado, abraçando o rapaz logo em seguida. -Isso é muuuuuuuuuuito romântico, sabia?

-O que eu não faço por vc, né?- Retribuiu o abraço, afundando seu rosto no ombro alheio.

-Mas ai, como eu poderia achar esse lugar?

-Siga o cascalho, Leon.

-O chão é cheio disso, Franz!

-Se prestar atenção, notará que alguns são diferentes.

-Isso é difícil demais. -Olhou para o chão, procurando.

-Eu te ensino depois, agora quero te mostrar uma coisa.

                            Franz o levou até as rochas onde a água caia. Se esgueirando o máximo que podiam nas rochas, eles chegaram a uma caverna que ficava atrás da queda d'água. Lá, Leon viu um várias coisas que faziam o lugar parecer um clube secreto: mesa, luzes pisca-pisca, jogos de raciocínio, um rádio, muitos mangás plastificados, um baú velho isolado no canto do lugar e puffs grandes.

-Franz, esse era o seu esconderijo secreto quando era criança? -Leon questionou, paralisado.

-Bom.... -Ele desviou o olhar, envergonhado. -Não é muita coisa, desculpa, foi meio idiota te mostrar.

-Idiota o caralho! VC TINHA UM ESCONDERIJO SECRETO! Sabe quantas crianças sonham com isso? EU ERA UMA DELAS! E vc tem o combo: Casa na árvore e um esconderijo secreto!-Começou a correr pelo lugar, explorando cada canto dele. -Meu Deus, o seu eu criança era muito mais maneiro do que eu pensei.

-Vou fingir que não fiquei ofendido. -Franz cruzou os braços.

-Não fique, gatinho. Eu gosto da versão dele adolescente também. 

-Se não gostasse também, teria que me aturar mesmo assim.

-Também te amo. -Mandou um beijo para o namorado, que fingiu pegar no ar e guardar no coração, uma brincadeira deles depois que começaram a namorar. -Meu Deus! Vc tem o mangá número 21 de Hunter x Hunter!

-Ah, sim, eu gostava desse anime na época.

-O que mais temos nesse baú? -Começou  a mexer, retirando dali o que seria........ele não sabia identificar. -O que é isso?