Série 2 - Capitulo - 11

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Hermione saiu de uma grande lareira e entrou em uma sala de estar luxuosamente mobiliada. Ela olhou em volta. As paredes eram verde-escuras, o teto era sustentado por pilares de mármore, o conjunto de grandes portas duplas pretas e o
mobiliário tradicional, mas elegante. Mesmo coberta por uma espessa camada de poeira, Hermione reconheceu tudo.

"Casa..." ela sussurrou.

Hermione abriu uma das portas e apareceu.

"Onde você está Harry?" Ela murmurou, saindo para o corredor.

Era em momentos como esse que Hermione desejava ter recuperado todas as suas memórias como Harry. Ela não tinha ideia de onde estava
alguma coisa ou onde Harry poderia estar. Ela abriu a porta mais próxima, olhando lentamente para dentro. As paredes eram de marfim claro, o chão, coberto de poeira, mostrava suas pegadas quando ela entrou. Hermione percebeu que Harry não estava aqui, mas por algum motivo ela se sentiu atraída para o quarto. Ela notou que todos os móveis estavam cobertos com um pano branco.

Estendendo a mão, ela puxou o pano de um móvel perto dela. Ela tossiu e a poeira encheu o ar. Porém, quando tudo clareou, Hermione ficou boquiaberta. Diante dela estava um dos berços mais lindos que ela já tinha visto. Sua mão traçou a madeira branca prateada, seguindo uma cobra
que estava enrolada nas barras dos cantos. Quando ela viu a cabeceira ela deu um grito sufocado.

'Hadriel Sonserina'

O berço era dela. Ela sorriu enquanto lágrimas enchiam seus olhos e balançou a cabeça. Ela fechou os olhos para impedir que as lágrimas
caíssem, vislumbres da sala apareceram em sua mente.

"Se este era o meu quarto, então o de Harry..." Hermione pensou em voz alta.

Sem hesitar, Hermione levantou-se e saiu correndo, abrindo a porta em frente à dela.

"Hermione?!" A voz fraca de Harry rompeu o silêncio.

Hermione olhou para seu irmão que estava sentado no canto da sala, marcas de lágrimas marcando seu rosto.

"Como você chegou aqui?" Harry perguntou.

"Eu usei o flu"

"Mas está cortado."

"Vai deixar você passar se você for de sangue."

Harry assentiu distraidamente, decidindo não questionar como ela sabia disso, e desviou o olhar,
olhando para seu próprio berço. Era como o de Hermione, embora a madeira fosse escura, em vez do branco prateado que Hermione tinha.

Ela foi até Harry e sentou-se ao lado de seu gêmeo.

"Por que nossos quartos antigos têm berços? Tínhamos quatro anos, não deveríamos já ter camas?"

Harry deu um sorriso seco para Hermione, ele apreciou sua irmã tentando aliviar o clima, mesmo que isso não ajudasse.

"Esta mansão é enorme, como era de se esperar de Salazar. Além disso, estes são apenas os nossos quartos de bebê, como um berçário. Nossos quartos reais ficam em uma ala própria e são muito maiores." Harry disse com uma risada forçada.

Hermione olhou para ele, "O pai não deveria estar aqui também?"

Harry balançou a cabeça, "Não. Eles estão celebrando a iniciação na Mansão Riddle. É onde todos os Comensais da Morte se encontram.
Somente membros da família de sangue e do círculo interno são permitidos aqui."

Hermione assentiu. Ela seguiu o olhar de Harry e olhou para o berço. Depois de um tempo ela decidiu falar: "Você está bem?"

Hermione esperou pelo habitual "estou bem" de Harry, mas começou a ficar preocupada quando ele não respondeu.

"Harry... estarei sempre ao seu lado, pode confiar em mim. Então, por favor, me diga o que há de errado."

Harry olhou para sua irmã. Ele suspirou e olhou para baixo: "Por mais que eu esperasse que ele
reagisse mal, doeu muito mais do que pensei que iria..."

Quando as lágrimas dele começaram a cair, Hermione puxou-o para um abraço.

"Se eles não entendem, então não valem o nosso tempo." Hermione disse a ele. "Traidores de sangue imundos..." ele a ouviu murmurar depois.

Harry deu uma risada trêmula, "Essa deve ser uma das últimas coisas que eu esperaria que você dissesse."

Hermione sorriu.

"Obrigado." Harry disse a ela.

Eles ficaram sentados na companhia um do outro por um tempo, sem dizer nada e aproveitando o silêncio. Embora tudo tenha sido destruído quando Harry disparou.

"Dumbledore!" Ele exclamou: "A missão! Ele deveria me buscar na casa dos Weasley às onze!" Harry lançou um feitiço tempus, revelando que
eram 10h24.

Ele gemeu: "O que devo fazer agora?! Não é como se eu pudesse voltar para a toca!"

"Teríamos que voltar para pegar nossas coisas de qualquer maneira." Hermione disse a ele: "Então eu digo para voltarmos, pegarmos nossos malões, enfiamos nos bolsos e esperaramos por Dumbledore. Vou junto com você, contando como briguei com Gina e os outros a estavam apoiando, Dumbledore, querendo manter sua imagem, será culpado por me deixar acompanhá-lo. Depois que terminarmos, ele nos levará de volta para a toca e, quando ele for embora, você poderá nós  trazer de volta aqui.”

Harry ficou surpreso com o plano repentino. Ele balançou a cabeça, afinal era Hermione.

"Será melhor se eu nos trazer até a mansão Riddle. Precisamos conversar com o pai."

Hermione parecia hesitante, mas assentiu mesmo assim.

Harry se levantou e puxou Hermione com ele, levando-os para fora da toca. Quando eles apareceram, Hermione respirou fundo.

"Você deveria ficar aqui. Posso trazer seu malão para você. Eles ainda podem estar um pouco nervosos com você." Ela disse a Harry sem jeito.

Harry encolheu os ombros, "Ok"

Hermione caminhou até a porta enquanto Harry se misturava perfeitamente nas sombras, ela bateu.

Gina abriu.

"Hermione!" Ela gritou.

Gina deu um abraço em Hermione, que Hermione retribuiu. Quando ambos perceberam isso, eles se
separaram sem jeito. A Sra. Weasley apareceu na porta.

"Hermione? Eu pensei que você tivesse ido embora?"

"Desculpe, Sra. Weasley. Eu tive que voltar para pegar as minhas coisas e as de Harry. Harry também teve que estar aqui para ser buscado por
Dumbledore, já que não poderíamos dizer a ele a tempo que fomos ficar com meus pais em vez disso.."
Hermione disse o mais educadamente que pôde...

"É claro, é claro..."

Hermione entrou e saiu um pouco depois com seu malão e o de Harry, seu glamour de volta. Harry
encolheu seus baús e colocou um feitiço leve neles. Harry usou seu próprio glamour e então se encostou na beirada da toca, esperando.

Exatamente às onze horas eles ouviram o familiar estalo de aparição e Dumbledore apareceu bem na
frente deles. Quando ele se aproximou deles, Dumbledore deu- lhes um sorriso caloroso.

"Professor," Harry começou. “Hermione estava se perguntando se ela poderia ir também."

"Eu briguei muito com Gina e os irmãos dela ficaram do lado dela, então agora me sinto muito
desconfortável sozinha lá... Além disso, adoro conhecer o novo professor de poções e ver o que
aprenderemos este ano!" Hermione terminou ansiosamente.

Harry resistiu à vontade de sorrir quando o sorriso de Dumbledore vacilou por um momento. O plano
de Hermione parecia funcionar.

"Sempre precisaríamos de alguma ajuda para convencer Slughorn a assumir o cargo. Nada melhor do que o melhor aluno que ele tiver, visitá-
lo?" Harry a apoiou.

Assim como eles haviam planejado, Dumbledore não tinha motivos para dizer não. Então ele estampou seu sorriso falso e disse que sim, e os aparatou.

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