Série 2 - Capítulo 21

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Harry subiu as escadas. Assim que entrou em seu dormitório, ele se amaldiçoou mentalmente por esquecer que Ron era o único lá.

Ignorando os punhais que Ron estava lançando em suas costas, Harry abriu o malão e tirou um pijama. Ele estava prestes a se trocar quando mudou de ideia e foi para o banheiro, decidindo se trocar lá. Ele não gostava de ser observado enquanto se vestia. Assim que terminou, Harry saiu e estava prestes a ir para a cama quando Ron decidiu falar.

"Sobre o que Gina estava conversando com você e Hermione?"

Harry se virou e olhou para seu ex-melhor amigo, "O quê?"

"Hermione veio ao nosso compartimento procurando por Gina. O que vocês dois estão brincando?"

"Pelo amor de Merlin Ron!" Harry exasperou."Não estamos brincando de nada!"

"Então por que você não está usando seu glamour?!" Ron atirou de volta.

"Porque eu contei a Dumbledore! Contei a ele como consegui a herança da minha criatura e como Voldemort era meu pai!"

Harry estava olhando para Ron agora, que parecia chocado.

"Você contou a Dumbledore?"

"Sim. Agora, se você não se importa, vou dormir."

"Espere—!"

"O que?!" Harry cuspiu.

Ron congelou por uma fração de segundo antes de seu rosto ficar vermelho e ele cerrou os punhos.

"Você não precisa ser tão rude, sabe."

Harry realmente riu, não sua risada alegre de sempre, mas uma risada que causava arrepios na espinha, uma risada que, se mais alta, poderia até rivalizar com a de Bellatrix.

"Eu sou o rude? Foi você quem me abandonou só porque eu vejo algumas coisas de forma diferente!"

"Foi você quem se juntou a você-sabe-quem!" Ron gritou de volta para ele.

“Porque prefiro lutar por aquilo em que acredito do que passar a vida inteira sendo colocado sob os holofotes e forçado a desempenhar um papel que odeio!”

"Você deveria ser grato! Você é amado por todos, não importa o que faça e nunca terá que tentar nada em toda a sua vida!"

"Exatamente Ron! Você sabe o quão ridículo isso tudo é?! Você acha que eu gosto de ser 'Harry Potter'? Você acha que eu gosto de ser forçado a ser o salvador de todos?! Você já pensou que por um momento, essa cicatriz é mais um fardo do que uma bênção?!" Harry gritou.

Ron visivelmente ficou tenso. Seus olhos estavam fixos em Harry enquanto seu rosto ficava vermelho como um tomate por causa da raiva.

"Então só porque você quer ser normal você vai abandonar todo mundo?" Ron perguntou, sua mandíbula cerrada. ( Como eu odeio esse ser!)

"Vocês todos me abandonaram primeiro. Tudo começou no momento em que Dumbledore matou minha mãe."

O olhar de Harry era penetrante e frio. Ele sentiu sua magia girando dentro dele e estava fazendo o possível para evitar que ela atacasse Ron. No entanto, ele não conseguiu impedir os olhos vermelhos que surgiram em seu rosto, tornando seu olhar ainda mais petrificante. Sua magia começou a vazar.

Ron recuou um passo, assustado com o olhar de Harry e nervoso pela leve magia que escorria dele e crescia a cada segundo, como se fosse explodir em breve.

"Você é apenas um covarde patético." Ron cuspiu.

Isso deixou Harry louco, "Eu te avisei, Ron." Ele sibilou: “Da próxima vez não vou atrapalhar meu pai. Da próxima vez vou deixar ele matar você e vou me divertir assistindo de lado.”

Com isso dito, Harry enviou uma explosão de magia em direção a Ron antes de fechar as cortinas e lançar vários feitiços sobre elas, certificando-se de que ninguém pudesse ouvir através delas ou abri-las.

Suspirando, Harry sentou-se com as costas apoiadas na cabeceira da cama, meditando. Era algo que ele teria que praticar para melhorar em Oclumência. No livro que ele leu dizia que era benéfico criar uma paisagem mental, então Harry decidiu criar algo que conhecesse bem, uma floresta. Ele não conseguia contar quantas vezes esteve na Floresta Proibida e se perdeu, então achou que seria uma das mais desafiadoras de passar.

Focando, Harry começou a criar árvores espaçando-os bem e aleatoriamente, então não havia nenhum padrão que alguém pudesse seguir para encontrá-los. Em cada árvore ele colocou memórias selecionadas, incorporando-as na madeira. Ele criou mais árvores, tornando-o denso, acrescentando plantas ao redor, dificultando a manobra. Harry decidiu que era bom para a primeira noite e saiu de sua mente, sentando-se novamente em sua cama. Ele estava encharcado de suor e com a respiração pesada, mas não se importava, ele  havia trabalhado muito está noite.

Ele lançou um tempus, revelando que eram quase duas da manhã. Suspirando, sabendo que não conseguiria adormecer tão cedo, Harry ficou sentado ali. Ele olhou para as cortinas vermelhas que o cercavam. Ele adorava a cor, sempre amou, mas ultimamente ele estava se sentindo mais atraído pelos verdes frescos. Além disso, ele aparentemente ficava melhor com eles, de acordo com Draco. Harry colocou a cabeça para trás, fechando os olhos. Ele sentiu sua magia formigando em sua pele, ainda um pouco agravado pela discussão com Ron. Ele ignorou o sentimento, no entanto. Ele nunca havia desenvolvido tanta magia antes, era... revigorante.

Harry nunca soube que ele tinha tanto poder dentro dele, ele sabia que muito dele havia sido bloqueado por Dumbledore, ele sentiu a onda de intensa magia fluir sobre ele depois de remover os bloqueios, mas ele pensou que saber era uma coisa, mas sentir era outra. O poder que ele tinha apenas algumas horas atrás era maior do que ele jamais havia sentido antes, a magia pura e crua que explodiu em Ron quando ele só pensou em enfeitiçá-lo por uma fração de segundo, foi incrível.

Harry se levantou em sua cama, uma ideia veio à mente. Lentamente, ele tirou os vários amuletos das cortinas e abriu-as lentamente, descobrindo que todos estavam dormindo.

Cuidadosamente, Harry saiu da cama e vestiu uma roupa casual. Agarrando a capa da invisibilidade e o mapa, ele saiu pela porta e saiu pelo buraco do retrato.

"Eu juro solenemente que não estou fazendo nada de bom." Ele sussurrou.

O Mapa do Maroto apareceu e Harry rapidamente dobrou uma esquina para não ser visto pela Sra. Norris.

Mesmo com a capa ele poderia jurar que aquele gato poderia vê-lo.

Movendo-se, mais uma vez, Harry foi até o banheiro feminino do segundo andar. Esperando um pouco para ter certeza de que Murta não sairia de um dos banheiros, Harry tirou a capa.

#Abra# Ele sibilou.

As pias começaram a se abrir, revelando um escorregador que descia até a câmara secreta. Respirando fundo, sabendo que se fosse, nunca mais seria capaz de voltar atrás, Harry pulou.

Gente, perdão, mas não consigo postar mais capítulos hoje pq a internet está horrível, só esse me estressou, pelo o bem da minha saúde mental, vou parar de tentar, mas se melhorar amanhã eu posto mais.

Caso contrário, boas festas😘

A Verdadeira VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora