Capítulo 16

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Semanas depois...

Minha mãe ficou em coma por três semanas e nada mudou desde então. Infelizmente, o estado da minha mãe não está melhorando e é o que está a me preocupando.

Atualmente Isa está com Luísa, que cuida muito bem dela enquanto eu fico na casa de minha mãe. Embora Luisa me oferecesse a oportunidade de ficar na casa dela sempre que quisesse, senti que precisava cuidar da casa enquanto minha mãe nao estava e também precisava de um tempo sozinha.

No entanto, para ser sincera, não tenho estado aqui com muita frequência. Quando me sentia meio sozinha, eu visitava a Marília ou passava algumas horas no hospital com minha mãe. Eu ia ficar em casa hoje, mas tomei a decisão de ir ver minha irmã e Luisa.

Quando estava pronta eu saí do quarto depois de chamar um táxi. Cheguei na casa de Luisa em menos de dez minutos. Luisa atendeu a porta quando bati nela.

"Oi Maiara, entre" ela disse abrindo a porta para mim.

"Olá Lulu, como você e Isa estão?" Eu disse, tirando minha jaqueta quando entrei.

"Estou bem.  A Isa está melhorando aos poucos, mas ainda se sente um pouco triste", ela murmurou. "Então", ela perguntou. "Como você está?"

"Tenho visto Marília algumas vezes nessas últimas semanas, então estou bem", eu disse enquanto subíamos as escadas para o quarto dela.

Sorri um pouco quando ela comentou: "Humm, vejo que há algo acontecendo entre vocês."

"Não comece, Luisa", eu disse revirando os olhos  rindo.

Ela riu e abriu a porta do quarto, deixando-me ver minha irmã dormindo profundamente na cama. Quando ela está dormindo, ela parece o anjo mais lindo. Mas como são quase 12 horas, lamento ter que acordá-la. Fui me aproximando dele e começou a dar-lhe beijos na bochecha.

"Isa, acorde", acariciei suavemente sua testa.

Ela acordou e abriu lentamente os olhos depois de se movimentar um pouco. "Irmã", disse ela com uma voz rouca por ter acabado de acordar. Sem hesitar, ela se levantou e me deu um abraço forte. "Senti sua falta", disse ela.

"Eu senti sua falta também", dei-lhe um abraço de urso e dei um beijo em sua cabeça."Como você está se sentindo?" Perguntei.

"Estou bem. Podemos visitar mamãe hoje?" ela disse desesperadamente: "Eu quero ir vê-la", ela murmurou.

"Sim, claro. Vamos esperar por você lá embaixo." Afirmei dando-lhe um beijo rápido na cabeça e depois desci com Luísa para a sala. Chegando lá, nos sentamos no sofá.

"Então, como está tia Almira?" perguntou Lu.

"Eu nem sei mais amiga. Na semana passada ela estava melhorando, mas anteontem o médico me disse que ela estava piorando. Tipo, não faz sentido. O corpo dela tem sangue suficiente agora e ela está 100% bem, só que ela não está reagindo e seu corpo também não, o que aparentemente é o motivo pelo qual ela ainda está em coma." Suspirei.

"Ei, não se preocupe, ela vai acordar em qualquer momento. A gente tem que ter um pouco de paciência," Ela disse segurando minha mão e sorrindo para mim.

"Oi meninas, estou aq-", ela parou de falar assim que nos viu.

"Oi Isa," eu sorri, mas então ele desapareceu quando vi seu rosto irritado, "Ei, o que foi irmã?" Eu perguntei preocupada.

"O que vocês duas estavam fazendo de mãos dadas?" ela perguntou cruzando os braços com uma sobrancelha arqueada.

Opa, alguém está com ciúmes.

"Ei, vocês podem sentir o cheiro disso?" eu disse cheirando o ar.

"Cheiro de quê?" perguntaram lu e isa ao mesmo tempo.

"Eu não sei. Talvez cheiro de... ciúme", eu disse apontando para Isa rindo.

"Ugh, você é tão chata", Isa revirou os olhos caminhando em direção à porta.

"Ei, espere ai mulher", disse Luisa correndo em direção à porta, então eu as segui.

♥︎♥︎♥︎

Assim que chegamos ao hospital, fui imediatamente à recepção para pedir informações sobre minha mãe e também se ela poderia receber visitas.

Esperamos um pouco até o médico chegar. Ele nos disse que minha mãe está muito melhor e que há uma grande chance de ela acordar a qualquer momento, o que instantaneamente trouxe luz à minha vida e cor ao meu mundo.

A Isa também ficou muito feliz. Ficou tão feliz que começou a chorar o que fez eu e a Lu chorarmos também.

"Poderemos ver o médico dela?" Eu perguntei enquanto enxugava minhas lágrimas.

"Sim, mas apenas por 5 minutos. Um médico virá avisar quando o tempo acabar", explicou.

"Ok", eu disse e depois me virei para Isa, que acenou com a cabeça, deixando eu ir primeiro, então segui o médico até o quarto da minha mãe.

Quando chegamos lá meu coração apertou ao vê-la na cama, inconsciente com os aparelhos ao seu redor. Ainda não consigo superar o fato de ela estar nesse estado.

Peguei a poltrona e a aproximei dela. Sentei-me e segurei sua mão enquanto orava. Orei para que ela voltasse logo. Orei para gente voltar a ser uma família feliz como sempre fomos. Orei para que meu pai sofresse com as consequências que recebeu. Espero que ele realmente permaneça na prisão e não seja liberado bem mais cedo.

"Mãe, por favor, volte. Eu não aguento não ver você todos os dias com aquele sorriso enorme no rosto. Eu nem tenho conseguido cuidar de mim direito. Nem mesmo a Isa. Todas as noites eu me via me sentindo tão sozinha sabendo que você não está no quarto ao lado para que eu possa dormir com você. Mãe, espero que você possa me ouvir. Eu te amo muito, prometo que cuidarei de você e protegerei você de todos. incluindo o meu pa-," antes que eu pudesse terminar o que estava dizendo, senti minha mão sendo apertada pelo aperto dela, fazendo meu coração acelerar.

Eu a vi se mover lentamente e depois abrir os olhos. Minha boca quase bateu no chão quando ela olhou para mim.

Ela está viva.

My English Teacher•Mailila•Onde histórias criam vida. Descubra agora