Um Sonhado Dorama

Capítulo 2.

Ele se aproxima, e eu continuo sem saber como me explicar. Será que eu esqueci, como se fala?

__ Lee Jae-hoon  - Escuto um voz masculina - Aí está você. Temos que voltar.

Olho para um jovem, que o chama. E que por via de passagem é lindo igual.

O moço que tem o nome de Lee Jae-hoon, me olha e sai, indo em direção ao jovem. Eles sai do mercadinho e eu o observo, enquanto ele sai.

Não acredito que a minha primeira conversa com um coreano, foi uma ofensa.

Parabéns Cecília.

Acabo de pegar as coisas e corro para a casa. Chego e lavo as minhas mãos, e já começo a preparar um tapoqui.

Faço conforme aprendi, nos tutoriais do youtube. Provo, e tenho que admitir,  ficou uma delícia.

__ Que cheirinho bom - Gabi, vem com uma cara amassada, de quem acabou de acordar - Você fez tapoqui? Eu amo.

Ela pega os pratos e os põe sobre a mesa e logo se senta, na cadeira.
Levo a panela, até a mesa, e começamos a nos servir. Com toda certeza, a comida, fica melhor com os temperos daqui.

__ Em que momento, você saiu? - eleva o garfo a boca - eu não vi.

__ Claro, estava dormindo.

__ Verdade - concorda.

__ Eu conheci um homem, hoje - paro - Não o conheci em si, bom..

__ Que?? - ela para e me olha - Me conta.

__ Bom, eu basicamente insultei os funcionários, indiretamente. Mas não foi minha pretensão.

__ Certo, mas ele era bonito?

__ Não reparei.

Escuto o barulho do hashi, sendo posto sobre o prato, e um olhar feroz sobre mim.

___ Como assim, Você não reparou? - Fala com rispidez.

Eu estava com vergonha, já que eu falei em português, e o mesmo entendeu.

__ Calma, ele entendeu? - Pergunta surpresa - Que homem perfeito!

__ Mas você, nem o conhece.

__ Não ainda.

Gabrielle sorrir, animada, como se tivesse descoberto o mundo.

Deixo isso de lado e  me levanto, e vou diretamente para o meu quarto. Já que amanhã, preciso me arrumar, para o meu primeiro dia de trabalho.

[•••]

Me levanto, ao som do despertador. Me enrolo sobre a cama, sentindo a preguiça me dominar.

Me esforço, indo até o banheiro para tomar meu banho. Coloco uma música e canto para tentar me animar. Aliás, o medo, está me dominando.

Saiu do banho e pego a minha roupa que já deixei separado, na noite interior. De fato, não sou a mais elegante, mas acredito que a minha calça de alfaiataria branca, com uma blusa social de seda, na cor verde menta, os agrade.

Finalizo o meu cabelo e olho em meu relógio que preciso sair o mais rápido para o trabalho.

Pego o meu  branco e minha bolsa e caminho rapidamente até a porta.

__ Que merda, não tomarei café.

Digo baixo e abro a porta, colocando o meu salto e saindo correndo. Olho pelo GPS, o metro mais perto e vou seguindo, para o metrô.

Entro e respiro aliviada, tentando me acalmar. Fui contratada, para trabalhar com a parte da empresa, que está a expandir para o Brasil. Sendo assim, preciso traduzir, todos os relatórios e reuniões.

Mas, como eu poderia ser aceita se o meu coreano, ainda é mediano? Bom, também não sei, mas farei de tudo, para melhorar.

Saiu do metrô e sigo para empresa.

Vejo um enorme edifício, luxuoso.
É uma empresa de moda, shopping e advocacia. Sabemos que o dono, além de rico é  inteligente, por desenvolver algo assim.

Entro na empresa, respirando fundo. Estou apertando a alça da minha bolsa, mais o meu blazer, tentando passar a minha tensão para eles.

Caminho até uma secretaria, que está ao telefone e a aguardo, paciente.

__ Olá! No que eu poderia te ajudar? - Diz gentilmente.

__ Olá, eu sou a Cecília! - Respondo gentil - Fui contratada, como a interprete brasileira.

__ Só um momento.

Dou um sorriso e ela volta a pegar o telefone, e disca dois número

__ Chefe, ela chegou.

Entendo um pouco do coreano.

Ela coloca o telefone no gancho e me olha, ainda sorrindo.

__ Pode entrar.

Faço o comprimento e agradeço, indo até uma grande porta marrom de uma linda madeira. Abro a porta, com delicadeza e vejo um homem, de cabeça baixa.

Entro, e o barulho do meu salto o faz levantar a cabeça lentamente. Fecho a porta e me mantenho em pé sorrindo.

Ele levanta a cabeça, e o sorriso no meu rosto, se vai, sendo tomada por uma cara de surpresa.

__ Não acredito.