Quem é vivo sempre aparece! Bom, quem viu a última temporada da série que possui o casal no qual essa fic se inspira, viu que não existiu mais GiNi. Isso acabou com toda minha inspiração. Na verdade, fiquei desgostosa mesmo, gostava tanto delas T.T! Entretanto, como quero dar um fim digno aqui, revi cenas antigas e, vivendo, acabei continuando um pedaço que já tinha. Fica mais um capítulo e estou a caminho da conclusão.
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Depois daquele sábado incrível, elas ficaram alguns dias sem se ver, para Paula, parecia um hiato absurdo, pois já sentia que a conhecia há muito tempo! Ela tinha que assumir que também não a tinha procurado. Vivia pensativa se queria mais ou não daquela relação... Seu telefone toca, indicando nova mensagem:
-Hi Mädel! Eu me mudo amanhã! Será que tá de pé aquela ajudinha?
-Claro! Segue o número daquela empresa que te falei.
-Então, na verdade, tenho um pouco de receio com estranhos na minha casa..
-Hahahah pq isso não me choca?? Amanhã tou aí com a trupe!
- Está ocupada hoje? Se quiser vir, vcs dormem aqui para levantarmos cedo e eu já começo oferecendo um japinha de jantar em gratidão.
Ficou um pouco ansiosa depois da mensagem, então bloqueou a tela e deixou o aparelho em cima de uma das caixas. Quando ia se levantar procurando uma distração, o celular vibrou com a confirmação.
Paula foi batendo nas portas dos quartos de todas...
-Então meninas, a Carmen vai se mudar esse fim de semana, eu me comprometi a ajudar, vocês topam?
-Você vai ajudar? Tem certeza que não é uma empresa que você indicou? Pergunta Tuninha.
-Você me conhece né, eu bem que queria, mas ela é reservada vocês sabem, tem toc de pessoas estranhas mexendo nas coisas dela. E vocês, ela já conhece.
- Ela foi muito legal naquele dia do barco, eu estou dentro. Disse Ingrid. E posso chamar a Vandinha também!
- Ótimo! Então já fala pra ela nos encontrar lá.
- Ué, é hoje? Se manifesta Flávia.
- Não, vamos começar mesmo amanhã, mas hoje ela vai oferecer um japinha de jantar em gratidão.
- Agradecendo antes de começar? Flávia começou a achar a interação estranha.
- É gente, e aí? Vamos todas ou não?
Todas concordaram, mas trocavam olhares entre si.
Chegaram na casa Wollinger e as mulheres Terrare, exceto Paula, resolveram ficar atentas àquela noite para sacar qualquer sentimento ou emoção a mais. Não seria problema nenhum, era apenas pela fofoca mesmo.
- Oi! Espero que não seja problema essa galera toda.
- Imagina! Eu que chamei! Quanto mais braços, melhor.
Elas se cumprimentam com beijos e um abraço apertado. Carmen fala em seu ouvido:
- Parece que não nos vemos há séculos. Saudades de você.
- É verdade. Acho que essa semana foi mais ocupada, mas que bom que estamos aqui agora! respondeu ao se afastar.
Estavam todos em casa, Carmen, Gabriel e Leona. Resolveram abrir um espumante, apenas para abrir o apetite e alimentar a conversa. Era um grupo homogêneo, já se gostavam, só encurtavam o caminho entre proximidade e intimidade ao se encontrarem.
- Eu não acredito que minha mãe não te contou?
- Ruhig, mein Sohn! A loira fala um pouco nervosa. (Quieto, meu filho)
- Tsc! Bitte sagen Sie mir, Paula quase implora (Xiu! Fala, por favor)
- Meine Mutter schlug ihr ins Gesicht. (Minha mãe socou a cara dela)
Apesar de não terem indagado, todas reagiram, pois entendiam alemão. Ficando um grupo de 6 mulheres surpresas já que nem Leona sabia tantos detalhes.
- Eu não acredito que você não me contou o melhor da história! Paula desata a rir. Meu deus! Você é incrível!
Ao ouvir isso, Carmen sente um pouco menos de vergonha e para de tampar a cara que está toda vermelha.
- Minha mãe tem razão! Você não tem que ter vergonha alguma, você merece palmas, as mais novas batem as mãos 3 vezes conjuntas.
Gabriel achava o mesmo, mas pediu que as meninas parassem em prol da sua mãe, já que foi ele quem deu com a língua nos dentes.
Nessa descontração, todos contam suas histórias mais ridículas de término, depois derivam para outro assunto e de tema em tema aos poucos cada um vai se despedindo para dormir, deixando apenas Paula e Carmen na sala.
- Gostei de conhecer sua mãe hoje.
- Ela fez questão de vir. Não tivemos sempre essa relação tão amistosa, mas agora somos nós por nós. Viramos um clã.
- Sinto saudade disso. Minha mãe se foi quando eu ainda era nova, meu pai se foi mais recentemente, mas ela, eu já não convivo há muito tempo e foi muito triste. Tanto sua ida quanto a continuação da nossa criação sem ela.
- Seu pai era muito distante?
- Era. No entanto, parecia mais perdido. Sem saber o que fazer com duas meninas. O calor familiar foi todo embora com ela. Lembro de ir na casa de amigos pra sentir isso de volta, sabe?!
- E conseguiu?
- Em alguns momentos sim, mas a ausência dela era sempre sentida.
- E hoje?
- Hoje, não sei como, eu e Raika conseguimos definir Familie com os nossos. Somos muito ligados, mas volta e meia precisamos nos lembrar de nos tornar acessíveis, vulneráveis entre nós, senão aquela rigidez volta. A frieza acaba nos rondando, mas temos nos mantido apesar dela.
- É bonito isso. Não dar essa relação como garantida. Entender que é um esforço, um cuidado.. É sua fortaleza particular. Obrigada por nos deixar espiar. Pelo menos um pouquinho.
Ela beija o rosto da outra em agradecimento. Aquele simples gesto acaba as aproximando, ambas de olhos fechados, sentem um calor diferente. Paula deixa outro beijo na sua bochecha, sua mão acaba encontrando o outro lado, ela deposita mais um no canto da boca, alisando a face oposta com o polegar. Com um filete de distância, elas abrem os olhos, desse jeito, a Terrare deixa um selinho ainda com a mão em seu rosto, volta a fechar os olhos e encaixa mais um. Carmen vê seus olhos cerrados e, paradoxalmente, parece despertar, sobe as mãos para o pescoço e cabelos da outra e cola os lábios, lambe o superior da morena que deixa escapar um baixo arfar e agora sim, elas se beijam. É um beijo longo, demorado, de quem não vai a lugar algum, que tem todo o tempo do mundo para conhecer cada linha, maciez e detalhe. Suas mãos pouco se movimentaram além do mesmo lugar, a concentração estava toda na sensação, na troca, enfim, de sentimento que parecia haver ali. Aquele beijo era um prenúncio, mas ainda assim acaba. Sem querer deixar muito espaço para pedidos de desculpa ou qualquer outra coisa que não a magia do que aconteceu ali, Paula deseja boa noite e se retira, deixando a alemã completamente revirada.
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Pra quem não viu a série, ela soca a cara da amante e não da ex-noiva peloamor 👀
Só pra explicar rsrs
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Carrare meio GiNi
FanfictionEstou viciada em The L Word Generation Q e continuo amando CarraRe daí pensei se esses universos se cruzassem um pouco como seria. Os personagens serão todos da novela, alguns plots que pegarei da série. O principal que tomei emprestado foi a histór...