A vida passou a ter um novo significado para mim de uns tempos para cá.
Quando eu conheci pessoalmente Jeon Jungkook, o vampiro de mil anos que eu jurava ser apenas uma lenda urbana, eu senti meu mundo virar de ponta cabeça. Porque ali começou a sequência de momentos mais bizarra e inimaginável da minha nem tão longa existência.
Conhecer um vampiro e se apaixonar por ele pode ser considerado loucura, provavelmente, mas eu gostei da sensação e apenas comecei a enxergar tudo sob um novo ponto de vista, especialmente depois de quase morrer queimado e ser salvo pelos braços que nos últimos dez séculos sempre quiseram e ansiaram estar ao meu redor.
Jeon Jungkook não é apenas um vampiro de mil anos, ele é o amor de todas as minhas vidas, mesmo quando eu não entendia sobre isso.
Saber que Katrina estava de volta e que me queria morto outra vez, me fez buscar um caminho de mudar o meu final ao menos uma vez. Eu não queria e nem quero que Jungkook sofra de novo por me perder e, mais ainda, que passe o resto de sua existência acreditando que tudo isso é culpa sua.
Nunca foi culpa nossa.
— Bebê manhoso... — Ouço seu sussurro choroso e então eu o encaro enquanto seguro seu rosto com carinho. — C-como? Meu amor... você... c-como?
— Goo, calma, seu coração está batendo muito rápido. — Peço, me sentando melhor.
Jungkook arregala os olhos com a minha fala, e leva sua mão ao meu peito, encaixando-a em meu coração.
— Ainda bate, vampirão. — Brinco com ele, vendo sua expressão suavizar. — Eu estou aqui com você, meu amor. Eu prometi que não ia abandonar você, e eu vou cumprir.
— Mas como? Eu quero chorar de felicidade, Ji. Meu amor, você está aqui comigo, bebê.
Jungkook me puxa para o seu colo, onde eu me sento e o abraço com tanta força que quase dói. E não demora até que eu sinta outras pessoas ao nosso redor, me apertando tanto quanto. Tae, Yoon e Hobi me agarram junto a Jungkook e choram também.
A vida tomou um novo sentido de uns tempos para cá, porque eu entendi que quero estar para sempre com eles. E se eles são imortais, eu tinha que dar um jeito de também ser, sem que eles soubessem.
— Que vontade de te estapear, você me assustou, porra! — Taehyung esbraveja, deixando um tapa estalado na minha coxa. — Você acha que meu coração é a casa da mãe Joana para ficar bagunçado desse jeito?
— Eu também amo você, Tae. — Resmungo. — Se eu contasse a vocês e ela lesse os pensamentos de vocês, ninguém ficaria seguro. Vocês acham que eu queria manter segredo? Sabem que eu sou linguarudo!
— Mas podia ter dado uma dica. — Hobi murmura. — Eu não tenho mais roupas para usar no seu funeral, eu já te vi morrer vezes demais para uma só existência.
— Nós amamos você demais, baixinho. — Yoon diz. — Então trate de explicar que porra você fez, seu filho da mãe.
— Podemos primeiro sair daqui? — Peço. — Goo precisa se acalmar, acho que ele ainda está em choque.
Todo mundo concorda, por isso nós nos levantamos do chão. Eu estico as duas mãos para Jungkook e ele também se levanta, mas não segue nossos amigos antes de me puxar pela cintura e me beijar com gana. Eu retribuo na mesma intensidade, entrelaço os dedos em seus cabelos e puxo um pouco os fios.
— Meu bebê... — Ele sussurra. — Meu peito doeu tanto, Ji.
— Eu não queria te deixar assustado, Goo. Me desculpa por te fazer chorar.
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Evil In The Night | jjk + pjm
FanfictionJimin e seus amigos não tinham exatamente medo de se meter em perigo. Isso, claro, até uma aposta sem noção que mete o Park em um cemitério na madrugada de uma sexta-feira treze. O que deveria ser uma lenda inventada por pessoas sem noção, se mostra...