Sexta-feira, 14h30
•Gabinete do Capitão Donald Cragen-SVU
O sol escaldante de junho castigava a cidade, mas dentro do escritório do Capitão Cragen, o tempo estava ainda mais quente.
Olivia grávida de seis meses, com sua barriga proeminente a impedia de sentar-se confortavelmente e as dores nas costas a faziam se contorcer na cadeira.
Elliot com um sorriso, subia no elevador, imaginando a cara feliz de Olivia ao vê-lo, mas ao entrar em esquadrão da SVU, se deparou com uma cena muito diferente do que esperava.
Sua esposa não estava na sua mesa, sendo avisado por Cragen que tinha mandado, Olivia descansar no escritório dele, por se sentir indisposta.
Ao entrar Elliot, observa Olivia que estava sentada no sofá, revisando documentos com a testa franzida. Ao seu redor, pilhas de papéis se amontoavam como montanhas intransponíveis.
Elliot, vestindo um terno impecável, apareceu na porta com um sorriso radiante e preocupado.
Elliot: Amor, pronta para o almoço?, ele perguntou, estendendo a mão.
Olivia ficou de pé, um gemido escapando de seus lábios.
Olivi: Quase, ela respondeu, massageando a parte inferior das costas. Só preciso terminar este relatório.
Elliot franziu a testa.
Elliot: De novo, Olivia? Precisa de descanso e já passou da sua hora do almoço, você está grávida.
Olivia: Eu sei, Elliot, ela disse, tentando manter a calma, mas preciso terminar isso hoje, é importante e sou detetive preciso manter meus relatórios atualizados.
Elliot: Então seus relatórios são mais importantes que a sua saúde e a do nosso bebê?, questionou ele, com tom de preocupação.
Olivia finalmente explodiu.
Olivia: Não me diga o que é importante, para mim, Detetive Stabler! ela gritou, lágrimas brotando em seus olhos.
Olivia: Estou me esforçando aqui! Tento fazer o meu melhor por nós dois e sei muito bem do que essa criança que está crescendo dentro de mim precisa e você ao invés de ficar me criticando, deveria me apoiar, não me mande ir mais devagar, não haja como se eu não soubesse o que estou fazendo!
Elliot ficou sem palavras, dominado pela raiva e pela frustração.
Elliot: Olivia, eu só quero o melhor para você, ele disse, com a voz tensa. Você está se esforçando demais e isso não é bom para você ou nosso bebê.
Olivia: Não sou um vaso de porcelana, Elliot Joseph Stabler, ela respondeu, com a voz embargada.
Olivia: Eu posso cuidar de mim e do nosso filho e se você não pode entender isso, pode ir embora! SAIA!
Elliot recuou, atordoado com as palavras dela. Ele nunca a tinha visto tão irritada e magoada.
Elliot: Ok, ele disse, com a voz baixa. Estou indo embora, Olivia Margaret Benson Stabler! Mas saiba que só quero o melhor para você, para o nosso filho.
E sem outras palavras, ele se virou e saiu da sala, deixando Olivia sozinha com suas lágrimas e seus hormônios em fúria.
Elliot tentou se desculpar o dia todo, mas Olivia foi inflexível. Ela ignorou suas ligações, recusando-se a falar com ele ou mesmo a ler suas mensagens e só respondia às mensagens da sogra, dos filhos e da mãe.
•Apartamento Benson-Stabler-Night
A noite chegou e Elliot ainda não tinha conseguido falar com Olivia. Quando ele chegou, as crianças já estavam na cama e Bernie apenas disse que se recusou a jantar e apenas fez um lanche e tomou vitaminas para gravidez.
Elliot sentiu-se impotente e culpado. Ele sabia que errara ao pressionar Olivia, mas também sabia que as preocupações dela eram genuínas.
Finalmente, quando eram quase 23h, Elliot decidiu tentar novamente. Ele foi até o quarto e a encontrou deitada na cama, de costas para ele.
Elliot: Olivia, ele disse suavemente, sentando na beira da cama. Posso falar com você?
Olivia permaneceu em silêncio por alguns momentos. Então, ela se virou para ele, com os olhos vermelhos e inchados.
Olivia: "Elliot", ela começou, com a voz baixa e cansada, "eu sei que você só quer o melhor para mim e para o bebê, mas às vezes você me faz sentir que não sou boa o suficiente.
Olivia: Que não posso cuidar de mim e do nosso filho ao mesmo tempo. Eu preciso ficar sozinho!
Elliot: Liv, eu me importo com vocês, só estou preocupado e nunca achei que você fosse irresponsável, sinto muito se magoei você.
Olivia: me deixe em paz, Elliot!
Cansado e derrotado, Elliot foi forçado a dormir no sofá. A noite foi longa e torturante.
O bebê chutava e se mexia constantemente, incomodando Olívia, que não conseguia dormir.
Olivia: Filho, por favor não chute a mamãe, meu Deus!!
Finalmente, exausta e com os nervos à flor da pele, levantou-se e foi até o sofá. "Elliot", ela chamou, com a voz fraca. ELLIOT!!
Elliot acordou assustado. Ele sentou-se ao lado dela, hesitante. "O que houve, amor?", ele perguntou, com a voz rouca de sono. O bebê está bem?
Olivia colocou a mão na barriga, sentindo os movimentos do bebê.
Olivia: Não, Elliot, o bebê não para de me chutar, 1 minuto, venha para o quarto, preciso dormir e seu filho não deixa, ele é igual a você, disse ela, com um sorriso meio irritado. Um pé no saco l e ele só se acalma com a sua mão.
Elliot sorriu, um aperto afrouxando em seu peito. Ele se aproximou e acariciou a barriga de Olivia, sentindo o bebê se acalmar sob seu toque.
Elliot: Oi, meu filho... finalmente alguém aqui nessa casa é team papai?
Olivia: Ele é um pequeno traidor, sou eu que vou com ele para todo lado e ele ainda é team papai?
Elliot: (sorrindo) não liga para mamãe, filho, agora deixe a mamãe dormir, ouviu?
Naquele momento, todas as brigas e ressentimentos do dia se dissolveram, só havia amor por Olivia e pelo filho que crescia dentro dela.
Elliot ajudou Olivia a se deitar e depois deitou-se ao lado de Olivia, segurando sua mão carinhosamente.
Elliot: Eu te amo muito, Liv, ele sussurrou. E eu amo nosso filho. Mais do que você pode imaginar.
Olivia: Eu também te amo muito, me desculpe por ter gritado, me sinto péssima com esses hormônios.
Olivia se aninhou em seus braços, sentindo o calor de seu corpo e a batida constante de seu coração.
As lágrimas que ainda escorriam por seu rosto se misturavam a um sorriso trêmulo.
Ela o amava também. E ela sabia que juntos superariam qualquer obstáculo que a vida lhes lançasse.
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Amor além do tempo
Fanfiction"Aquele amor que acrescenta, ajuda, conforta e ilumina alguém, buscando sempre o bem-estar do outro, seja nos momentos bons ou nos momentos de tempestade." Ela? Em meio às decepções da vida, ela se fechou para o amor, mas nunca imaginou que ao conhe...