Depressão

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"Tudo é sempre tão cinza"

Ando pela escola, com o meu fone, a cada passo meu tudo se tornava cinza e triste... Gostaria de chorar, mas parece que não tenho lágrimas, e de qualquer jeito, se eu chorasse alguém ia ligar? Não... É só drama, não é? Essa a vida de uma perfeitinha fingida, sorrindo e segurando lágrimas... Entro na sala e como sempre estou sozinha... Não me lembro da última vez que alguém me tratou como uma pessoa, tudo que sei é: Que tenho que manter minha pose... Sempre... Sempre sozinha, minha carreira solo de Nerd, Faço os cálculos e como sempre tudo certo... Logo é a Aula de Inglês e sempre tudo correto. Depois de algumas aulas, chega a hora de ir pra minha mansão triste e vazia, eu cansei de entrar lá e pensar que algum dia tudo vai mudar... Entrei na mansão, e fui pro meu quarto e me tranquei na escuridão, lá apesar de ser escuro me sinto acolhida e melhor lá dentro. Eu sentei no sofá cinza do meu quarto, me jogando no sofá...fechei meus olhos e lentamente acabei adormecendo...

"Acorda logo! A Mamãe tá te chamando!"

*Abro meus olhos rapidamente e dou de cara com a minha irmã mais nova*

Liz: A Mamãe te chamou, tá na hora de comer, e não esquece coloca uma roupa melhor, isso é horrível! *Ela sai do meu quarto*

Kira: Claro! Obrigada Maninha! *Sorri o mais verdadeira possível*

Eu odeio ela... Ela sempre quer arranjar um jeito de me deixar mau com a nossa mãe, mas o que eu posso fazer? Eu troquei minha calça jeans, e minha regata, por um vestido preto, saia rodada, e um salto Anabelle, e fiz um delineado fino e discreto, arrumei meu cabelo em um lindo coque... Desci as escadas, parecendo uma princesa, claro, pra minha mãe, eu tenho que parecer... "A filha perfeita"... Desço as escadas enormes, e dou boa noite pra algumas empregadas com um sorriso no rosto que todos sempre compram. Me sento a mesa gigante, e comecei a comer minha comida de forma quieta e recatada, olhando pra baixo pensando no meu alvo de hoje...

Laiza: Kira? *Minha mãe disse de forma alta e clara*

*Levantei minha cabeça e a Olhei do outro lado daquela mesa enorme*

Kira: Sim senhora...

Laiza: Melhora essa sua cara, aliás me conta como foi seu dia?

*Eu dei um simples sorriso*

Kira: Tirei dez em todas as matérias, e todos da escola me admiram de longe, sem intimidade com ninguém em especial, como a senhora me pediu...*Volto a comer*

Laiza: Perfeito, como sempre

Liz: Papai, eu vou amanhã no relógio de Londres, vai ser um passeio escolar!

Daniel: Que bom querida, parabéns...

Eu terminei de comer e pedi licença sai da mesa, e fui direto pro meu quarto,fiquei lá escutando música, como minha mãe diz: "No meu mundinho", fiz a lição de casa, terminei o trabalho de artes e quando deu às onze, como toda semana, hora de ir atrás do meu alvo... Coloquei minha roupa, camisa de manga e gola compridas, calça de coro, botas de cano curto e luvas, tudo na cor branca menos minha calça, que é preta, e o que não pode faltar, minha capa e minha máscara, e em alguns minutos virei a assassina mais famosa da Inglaterra: White. Saí do meu quarto, e comecei a andar pelos telhados, todos aqueles anos de treinamento valeram a pena, nada pode me impedir, estou livre, dos sorrisos, e mentiras que habitam naquela mansão, Londres é simplesmente linda a noite, me faz querer viver mais um dia, pra esperar minha liberdade daquela casa, livre pra sonhar. Entrei na casa do meu alvo, hoje irei matar um velho Rico, entrei, e tranquei a porta, e fiz meu trabalho nada demais, esfaqueei ele com minha faca cinza, e no fim, como ele morava sozinho decidi sair pela porta, até que extravasar matando alguém me ajuda a manter minha sanidade, pronta pra mais um dia naquela casa de malucos que forçam a perfeição... Saí do quarto do velho, sem a melancolia da minha depressão... Suspirei fundo, até sentir uma mão segurando a minha me fazendo gelar na hora, a mão era quente e grande e a senti no meu braço, como assim?! Esse velho não tava sozinho! Eu senti aquela sensação de ter sido pega me corroer e me dar um choque de realidade, até que consegui reagir, me virando e encontrando um par de olhos verdes e marcantes, com uma cor tão viva que nunca me esqueceria...

XXX: O que tá fazendo na mansão do meu avô?

The love of a murderer Onde histórias criam vida. Descubra agora