night changes, carlos sainz.

family.

⋆ mônaco, 2023 ⏱ . . .
𓄹 タ 𝐚𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐩𝐨𝐯'𝐬. !

Paraliso ao escutar a voz de Liam, levo um susto ao sentir a mão de Carlos em meu ombro, o mesmo abre a porta de trás do seu carro para eu entrar, sem pensar duas vezes entro no automóvel, Carlos me entrega meu filho e a bolsa do mesmo, a porta é fechada rapidamente. Antes que Carlos entre, Liam chega.

— Annielise... Posso falar com ela? - Liam pergunta a Carlos que apenas o olha com uma sobrancelha levantada.

— Ela não tem nada para falar com você, irmão. - Carlos da de ombros, e fecha a porta do carro para enfrentar Liam. Carlos cruza os braços e se encosta no carro, tampando a minha visão.

Seguro Tom em meus braços e pego um carrinho que estava dentro de sua mochila, começo a brincar com o mesmo para não notar a movimentação ao lado de fora.

— Quem você é? - Liam fala, me fazendo revirar os olhos.

— Não é da sua conta. - o espanhol disse simples dando de ombros.

— Você vai me deixar falar com a minha família? - Me engasgo assim que escuto a pergunta idiota.

— Sério? - Carlos ri sarcasticamente. — Você perdeu esse direito no dia que foi embora, e se me der licença preciso levar a minha família para casa. Passar bem. - o moreno fala enfatizando e apontando para o carro, em seguida entrando no mesmo.

Após a saída do estacionamento o silêncio no carro é estranho. Carlos suspira me fazendo olhar para ele.

— Desculpe por isso... - falo passando a mão pelo cabelo de Tom que já havia adormecido.

— O que?! Lise, você não precisa pedir desculpa. - Carlos fala olhando pelo retrovisor.

— Você se meteu em algo que não era seu problema. - eu digo olhado para o mais velho.

— Eu faria qualquer coisa por você.

— Eu também, você sabe disso. - Digo olhando em direção a janela.

O silêncio no carro se fez presente novamente, mas dessa vez era algo totalmente confortável. Em meio a tanta confusão eu ainda sinto as borboletas no estômago quando penso que Carlos disse que éramos sua família. Não sei se fico feliz ou triste, não sei se ele falou de verdade ou apenas uma desculpa. Isso não me deixa em paz, porém prefiro pensar que ele realmente quis dizer isso.

— Carlos?

— Sim?

— Você quis dizer aquilo mesmo? - pergunto olhando para Tom, não queria olhar nos olhos de Carlos nesse momento, talvez estivesse com vergonha.

— Qual parte? - Carlos fala e estaciona o carro em frente a minha casa.

— Que somos... Bem, sua família? - com a pergunta sinto meu rosto queimar. Evito o olhar e Carlos vira para trás.

— Sim, vocês são. - Carlos da de ombros e eu olho para ele rapidamente. — Mas se você acha que eu estou indo muito rápido...

— Não!... sabe, não. Você também já faz parte da família. - Interrompo o espanhol que dá um sorriso genuíno.

— Obrigado por me deixar fazer parte da sua vida. - Carlos diz e eu vou um pouquinho para frente e seguro sua mão.

[ . . . ]

Termino de dar banho em Tom e coloco o pijama dele, dou um beijo na testa do pequeno e pego ele no colo, levando até a cama. Já havia dado sopa - que a minha mãe fez - e remédio para o pequeno.

Coloco o pequeno na cama e o mesmo agarra meu pescoço, me deito ao seu lado e mexo lentamente em seu cabelo.

— Mamãe, quando eu acordar posso brincar com tio Carlos? - Tom fala com os olhos já fechados.

— Vamos ver, querido. - dou um beijo em sua testa e o abraço.

Um sorriso surge em meus lábios assim que penso em Carlos e tudo o que ele tem feito por nós. Ele cuida dos mínimos detalhes e isso faz eu me apaixonar mais e mais.

Me perco nos pensamentos e escuto uma batida na porta, Tom já estava dormindo a quase quinze minutos.

— Lise? - Charles sussurra assim que entra, o mesmo fecha a porta lentamente.

Me levanto com cuidado e coloco cubro meu filho com um pequeno cobertor.

— Oi Charles. - Falo sorrindo e mesmo caminha até a ponta da cama, onde eu estava.

— Carlos me falou sobre Liam. Você está bem? - Charles disse e eu olhei para ele dando de ombros.

— É difícil, senti muita vontade chorar. - Digo e meu irmão gêmeo me abraça. - Mas Carlos estava lá.

— Sinto muito não estar lá, Annie. - o homem a minha frente fala e coça o pescoço.

— Charles, não tinha como você saber. - eu disse e segurei o rosto dele. — Você já fez muito por mim.

— Eu não fiz muito, Annie. Você sabe que posso comunicar meu advogado certo? - Com a fala do meu irmão eu ri baixo.

— Advogados de novo? - eu ri. — Por enquanto não há necessidade.

— Se ele entrar em contato novamente com você, eu vou não vou ficar quieto ok? Eu vou tomar providências. — Charles falou e eu concordei.

Verifiquei meu filho novamente e coloquei a babá eletrônica perto da cama. Desci as escadas e quando cheguei na cozinha, todos estavam lá. Carlos estava com Charlie no colo e a bebê brincando com a mão do mais velho.

Um sorriso surge em meu rosto e caminho até onde todos estavam conversando.