Pego uma caixa que estava sobre a minha cama e saio do meu quarto, descendo as escadas com ela nas mãos.
- vou ter que falar mais quantas vezes, sua teimosa? - escuto a voz de Gustavo no topo da escada e viro minha cabeça em sua direção - você não pode pegar peso! - ele desce as escadas até onde eu estava e pega a caixa da minha mão.
Cruzo os meus braços e bufo, não consigo ficar sem fazer nada! Está todo mundo ajudando a levar as minhas coisas pro carro e eu só estou olhando.
- você está grávida, gata raivosa. - ele deixa um selinho rápido em meus lábios e termina de descer as escadas.
Seguro no corrimão e volto para cima, indo até o meu quarto onde Gabi estava passando fita em uma caixa escrita livros.
Vou até o meu mural de fotos e começo a tirar os alfinetes que prendiam as fotografias e as guardar em uma pasta na qual só tinha coisas desse tipo.
Seguro em minhas mãos uma foto minha e de Gabi, me lembro perfeitamente desse dia, estávamos no sítio de um primo da minha melhor amiga e foi aqui que experimentamos bebidas alcoólicas pela primeira vez e ficamos bêbadas em uma cabana. Eu me diverti tanto! Viro a foto para ver a data em que tiramos ela.....exatamente a dois anos atrás!
Eu tinha uma adolescência tão feliz, e às vezes eu me pergunto como eu estaria caso não tivesse engravidado. Provavelmente indo a festas e organizando com qual vestido eu iria à formatura da escola. Eu estaria escolhendo para qual faculdade eu vou junto dos meus amigos, eu estaria feliz. Vivendo como uma adolescente normal.
Não estou dizendo que estou triste por causa da minha filha, é totalmente ao contrário, amo muito essa bebê que está em minha barriga e estou super ansiosa para tê-la em meus braços. Mas não era a hora certa...
Agora estou aqui, terminando de empacotar as minhas coisas para sair da casa em que eu cresci, até o fim do dia.
Percebo que estou chorando quando uma lágrima pinga sobre a foto.
- meninas, já terminaram por aqui? Vamos sair em 15 minutos - limpo minhas lágrimas quando minha mãe entra no quarto, mas já é tarde demais, sinto sua mão em meu ombro - amor, por que está chorando?
Guardo a foto na pasta e a fecho. Me viro para a minha mãe e dou de ombros.
- eu não quero ir, mamãe!
- ah filha - minha mãe me abraça e eu desabo assim que ela faz isso - eu sei que é difícil. Isso tudo aconteceu tão rápido em sua vida e mesmo assim você foi forte - ela faz carinho em meu cabelo e eu deito minha cabeça em seu peito - mas agora você tem que crescer.
- mas e se eu não quiser crescer? - pergunto a ela com a voz embargada.
- você não tem escolha, meu amor! - minha mãe segura em minha mão e me guia até a cama me fazendo sentar entre ela e a minha melhor amiga que larga tudo e me abraça de lado - você vai conseguir, você com apenas dezoito anos já é uma mulher incrível e eu tenho certeza que Aurora vai ter muito orgulho da mãe que terá.
- você nem sempre precisa estar bem, vida - diz Gabi - você sabe que sempre que precisar é só ligar para sua mãe ou para mim, certo? - confirmo com a cabeça e sinto o beijo da minha amiga em minha testa - eu te amo, sabe disso né?
- eu também te amo! - abro um sorriso.
- você está bem? - escuto a voz rouca de Gustavo e olho em direção à porta.
Gustavo estava parado enquanto estralava os seus dedos. Minha mãe e Gabi se levantam da cama e pegam as duas últimas caixas restantes e a pasta que deixei sobre a penteadeira.
- mãe, será que vocês podem ir na frente? Gustavo e eu vamos depois, quero ficar aqui mais um pouco.
- tudo bem - mamãe abre um sorriso antes de sair do quarto junto de Gabi e fechar a porta, deixando eu e Gustavo a sós.
Gu caminha até mim e se senta na cama, encostando as costas na cabeceira e me puxando para deitar em cima dele.
- eu sei que está sendo difícil - ele começa a fazer carinho em minhas costas - mas nós vamos conseguir. Você vai se acostumar rápido com a nova casa.
- eu sei mas...é difícil ir.
Eu estou parecendo ser tão dramática, estou agindo como se eu fosse me mudar para o outro lado do mundo quando na verdade é para o outro lado da cidade. Mas eu tenho dificuldade em desapegar.
- eu sei, amor - tiro os meus chinelos e Gustavo faz o mesmo. Nos deitamos e eu apoio minha cabeça no ombro de Gustavo enquanto ele tem a mão em minha coxa.
[...]
Quando chegamos no apartamento estava todo mundo lá, minha família e a família de Gustavo. Como estavam nos ajudando com a mudança, decidiram fazer um jantar aqui no meu novo apartamento.
Pra ser sincera eu não estava com fome e quando cheguei fiquei apenas alguns minutos na sala e fui para o quarto.
Querendo ou não, mesmo ninguém me deixando fazer nada, o dia ainda foi cansativo e eu estava exausta. Fiquei em pé o dia todo e os meus pés estavam doloridos.
Enquanto todos jantavam e conversavam, tomei um banho e vesti uma roupa confortável, eu precisava descansar.
Quando me deitei, meu corpo gritou de alívio. Não consegui dormir, havia conversas lá fora e esse quarto parece ser solitário.
Fiquei deitada pensando em minha vida por bastante tempo. Eu não ouvia mais vozes lá fora.
- foram embora, somos só nós dois - Gustavo se senta na ponta da cama e coloca meus pés sobre o seu colo - estão inchados, quer uma massagem?
- sim, por favor - quando Gustavo começa a fazer a massagem em meus pés solto um gemido de satisfação e fecho os olhos, levando a mão até a minha barriga e acariciando de leve.
Agora, os dias serão longos.
×××
Reta final da gestação e da história:(
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𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 - 𝙼𝚒𝚘𝚝𝚎𝚕𝚊 ✔️
ФанфикOnde 𝗔𝗻𝗮 𝗙𝗹𝗮́𝘃𝗶𝗮 acaba engravidando do garoto mais popular da escola após perder sua virgindade com o mesmo. ▪︎ original by: fanfiqueira_inocente ▪︎ adaptation by: reasonmiotela 𝐌𝐢𝐨𝐭𝐞𝐥𝐚 𝐟𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧