Chapter 1 - Start!

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Narrador Pov's:

Naquele dia, Audrey passou a manhã, a tarde e a noite na cama. Sem forças para levantar, andar, comer ou até tomar banho.
A sensação da solidão e do luto a consumiam por completo.

Seu rosto estava virado para sua mesa de cabeceira, onde seu celular apitava e tocava repetidas vezes, eram seus superiores do trabalho, por mais que ela quisesse, não conseguia falar com ninguém naquele momento.

Já faziam dois dias desde o enterro do seu avô, ninguém foi visitá-la, recebeu apenas mensagens e alguma ligações de pessoas do trabalho, além do seu pai para quem ela ligou quando os policiais lhe deram a notícia, mas a conversa não durou muito, "Estou dirigindo, filha. Te ligo mais tarde, saudades" foi a última coisa que ele disse antes de desligar e deixa-la chorando sem ninguém para consolar seu coração que acabará de ser esmagado por um dor aguda e intensa.

Quando finalmente conseguiu sair da cama, naquela noite, ela saiu de seu quarto e passou em frente ao escritório de seu avô, ela olhou pela porta entreaberta e viu sua coleção de armas, as medalhas de honra e os porta retratos com fotos dela e de sua mãe. Mas havia algo ali que chamava mais sua atenção do que todas as outras coisas, um relógio de pulso, com detalhes em dourado e marrom. Ele sempre estava usando ele, ela não entendia o porquê de ter tirado justamente no dia em que morreu, era como se ele soubesse...

{5 days later}

-- Não. Você sumiu, Blake. Olha eu entendo o que aconteceu com você, mas você estava na liderança da equipe mais importante de pesquisas e você abandonou tudo. -- Bernard, administrador do laboratório, falava enquanto andava pelo prédio de um lado para o outro, escrevia em sua prancheta e repreendia estagiários perdidos no local.

-- Eu precisava de um tempo, mas agora eu tô aqui e aquela equipe precisa de mim! Eu sou a pesquisadora principal daquele projeto, não tem como continuar ele sem mim. -- Audrey gritava e naquele ponto sua voz já estava mais alterada.

Bernard então parou de andar e se virou para ela.

-- Você não trabalha mais aqui, vai embora e me deixa trabalhar.

-- Mas a minha pesquis- Antes de conseguir terminar a frase Bernard se virou para ela já impaciente.

-- Sabe o que é, Audrey? Eu não ligo se você era a pesquisadora principal e eu não ligo pros seus problemas. Então pega suas coisas e sai daqui, ou vou ter que chamar a segurança..

-- Vai a merda, porra. -- Ela cuspiu as palavras e se virou para ir embora. Mas antes, comprou uma garrafa de água, passou na sala de Bernard virou a água em todos os papéis, no teclado do computador e nas gavetas.

(...)

A porta da frente se abre com força e uma morena raivosa passa por ela, trancando-a  logo em seguida.

"Aqueles escrotos! Tomara que o laboratório exploda e o merdinha do Bernard esteja dentro." Pensou a garota, enquanto se dirigia para a sala de estar.
Ela jogou sua bolsa no sofá e sentou-se, tentando acalmar a respiração. O mundo parecia estar desmoronando ao seu redor, e a raiva que sentia era apenas uma máscara para a tristeza profunda que carregava.

Após alguns minutos de silêncio, seu olhar vagou pela sala até encontrar o relógio de pulso de seu avô sobre a mesa de centro, ela havia colocado na sala mais a vista para poder olhar para ele. A visão do relógio trouxe de volta lembranças dos tempos que passavam juntos, das histórias que ele contava, sempre com aquele relógio no pulso.

Intrigada, Audrey pegou o relógio e notou que a tampa traseira estava um pouco solta. Era estranho, já que seu avô sempre cuidava bem de suas coisas. Com um pouco de esforço, ela conseguiu abrir a tampa e, para sua surpresa, encontrou um pequeno compartimento oculto dentro do relógio. Dentro dele, havia um pedaço de papel dobrado.

Com as mãos trêmulas, Audrey desdobrou o papel e descobriu uma série de anotações e coordenadas. As anotações mencionavam algo sobre "pesquisas importantes" e "segurança máxima". Seu avô parecia estar envolvido em algo grande, algo que ele mantinha em segredo até mesmo dela.

Com o relógio em suas mãos, Audrey subiu as escadas correndo até o escritório de seu avô, então, passou horas vasculhando todos os cantos do lugar.

Quando já estava desistindo e se levantando para sair ela encarou o espelho a sua frente, diferente das outras vezes que esteve ali, ele nunca chamou a atenção dela daquele modo.
Quando percebeu suas especulações malucas, se dirigiu até a porta para sair do escritório, mas antes de conseguir sair ela já tinha agarrado qualquer coisa e jogado na direção do espelho, fazendo com que ele se partisse completamente e se repreendendo mentalmente depois de ver a bagunça que causou.

Mas quando viu o que tinha atrás dos espelho seus olhos de encheram de esperança, uma porta cinza com um leitor de digitais e um pequeno teclado preto.
Que comece a investigação!

Continua...

Vou começar a postar de vdd agr 😍🤞🏾 bjs, votem +

𝐌𝐢𝐬𝐬𝐢𝐨𝐧 𝐋𝐚𝐬 𝐕𝐞𝐠𝐚𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora