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𝐘𝐔𝐊𝐈'𝐒 𝐏𝐎𝐕

Me sentei na cadeira enquanto tentava arrumar minha blusa e meu cabelo. Fazia muito tempo que eu não falava com o pai do Beomgyu e isso estava me deixando bem nervosa já que ele parecia não gostar nem um pouco de mim, mas eu sabia que o dinheiro da minha família sempre resolvia tudo.

Escutei a porta abrir atrás de mim então eu respirei fundo, logo o homem que não usava nada muito formal, ele se sentou na minha frente e eu sorri, mas ele continuou com uma expressão indecifrável.

— A que devo a ilustre visita? — Ele debochou e eu sorri.

— Vim pedir um favor, senhor Choi, e isso vai beneficiar apenas o senhor. — Ele me encarou com uma expressão de tédio. — Vim lhe oferecer uma nova atendente. Eu.

O homem me encarou por alguns segundos e começou a gargalhar alto. Revirei os olhos enquanto ele dava seu pequeno show, então ele continuou:

— Quer trabalhar na minha pizzaria? Uma Park? Por que você iria querer isso? — Ele cruzou os braços e me olhou com desdém.

— A minha família pode ter muito dinheiro, mas eu não tenho nada. Quero ter o meu próprio. — Eu sorri nervosa, esperando que ele acreditasse na pequena mentira.

— Você não me engana, menina. Seus pais te dão muito dinheiro, e você tem tudo isso guardado. — Ele me encarou. Droga, ele era esperto. — Me diz o real motivo.

— Apenas me dê o emprego, não precisa nem mesmo me pagar.

— Não sabia que você era capaz de ir tão longe por causa de um garoto. — Ele riu debochando e eu fiquei nervosa. — O que? Beomgyu conta tudo para mim.

Aquele filho da puta iria me pagar caro.

Eu espero que não seja mais um de seus joguinhos, Yuki. Jeongin é um bom garoto, você com certeza não o merece.

— Você não tem nada a ver com isso. — Dei de ombros. Aquela conversa estava se tornando invasiva.

— Se ao menos se importasse em saber mais sobre o Jeongin, poderia descobrir o quão incrível ele é e o quanto a vida dele é difícil. — Ele me encarou e eu respirei fundo. — Eu te conheço bem, Yuki, o suficiente pra saber que você está planejando algo e que não é bom.

Eu não estava gostando nem um pouco do modo como ele estava falando comigo, e aquilo tudo estava me deixando extremamente irritada.

— Você não tem o direito de se meter na minha vida assim, eu só quero a porra do emprego, você pode me dar?

— Primeiramente, você é estressada e mal educada, isso afastaria os clientes. — Revirei os olhos. — Segundo, não vou te ajudar a fazer o Jeongin de idiota, então não, não vou te dar o emprego. — Ele arqueou as duas sobrancelhas e sorriu cínico.

— Ah, vai pra puta que pariu então.

Ele riu anasalado e eu me levantei. Saí daquela sala e bati a porta com força. Se tinha algo que eu detestava era não conseguir o que eu queria.

 Se tinha algo que eu detestava era não conseguir o que eu queria

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[Quebra de tempo.]


Respirei fundo enquanto sentia o vento bater em meu rosto e cabelo. Eu estava frustrada então havia bebido alguns (muitos) drinks e naquele momento eu estava na frente da casa do meu ex-namorado e completamente bêbada.

— O que você está fazendo aqui, Yuki? — Heeseung apareceu na porta usando apenas uma boxer preta.

— Eu vim te ver, senti sua falta. — Eu me aproximei dele e o abracei, mas logo ele me empurrou.

— De novo isso, Park? Por que você não supera logo? — Escutei uma voz feminina, então uma garota apareceu na porta, completamente nua. — Ele está comigo agora, e se nos dá licença, precisamos voltar para a nossa diversão.

— Você é um babaca do caralho, Heeseung. — Ele riu e a garota puxou ele para dentro, batendo a porta na minha cara.

Voltei para os degraus da varanda e então me sentei nos mesmos enquanto chorava incontrolavelmente. Se eu estivesse sóbria provavelmente encheria a cara do Heeseung de socos, mas eu estava tão acabada e mal conseguia pensar em alguma coisa.

Heeseung foi o único garoto que eu amei verdadeiramente e eu não conseguia aceitar o nosso término, já tinha passado tanto tempo e mesmo assim eu não conseguia.
Eu não conseguia entender o meu coração.

O vento ficava cada vez mais forte e eu estava congelando lá fora, e eu mal conseguia me levantar enquanto escutava os gemidos da garota ao fundo.
Para a minha grande sorte alguém usando calças pretas parou na minha frente e se abaixou.

— Ei, você está bem? — Jeongin me encarou com um semblante preocupado, então eu forcei um sorriso.

— Eu posso ficar bem se você não me deixar aqui sozinha.

𝗉𝗂𝗓𝗓𝖺 𝖻𝗈𝗒 - 𝗒𝖺𝗇𝗀 𝗃𝖾𝗈𝗇𝗀𝗂𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora