𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 Ⅰ.

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Maria Eduarda estava em seu quarto, imersa em um turbilhão de pensamentos sobre a festa para a qual sua amiga a havia convidado

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Maria Eduarda estava em seu quarto, imersa em um turbilhão de pensamentos sobre a festa para a qual sua amiga a havia convidado. Em frente ao espelho, ela olhava para o vestido vermelho que separara para ocasiões especiais, ponderando se deveria usá-lo naquela noite. O tecido macio e sedoso refletia a luz do quarto, destacando ainda mais a sua cor vibrante. Enquanto segurava o vestido contra seu corpo, ela se lembrava das ocasiões em que o havia usado antes – sempre momentos especiais e memoráveis.

A indecisão a dominava, fazendo-a questionar se aquela noite merecia tal escolha. O som suave de uma vibração no celular a tirou de seus devaneios. Era uma mensagem de Lucas, um colega do colégio, também a convidando para a festa. A presença do loiro tornava a ideia de sair ainda mais tentadora. Lucas sempre fora um amigo querido, alguém em quem ela podia confiar e com quem sempre se divertia.

— Ei, Duda! Vai na festa hoje? Vai ser incrível! — dizia a mensagem de Lucas, acompanhada de um emoji sorridente.

Decidida a aproveitar a noite, a morena vestiu o traje escolhido. O vestido caía perfeitamente, conferindo-lhe uma confiança renovada. Ela ajustou as alças finas sobre os ombros e girou em frente ao espelho, observando como o tecido se movia graciosamente com ela. A escolha dos acessórios também foi cuidadosa: um par de brincos discretos, um colar delicado e um par de sapatos de salto que a faziam sentir-se elegante e segura.

Pegou sua bolsa e, com um misto de ansiedade e empolgação, partiu para a festa. O caminho até a festa foi curto, mas Maria Eduarda aproveitou cada momento, sentindo o ar fresco da noite em seu rosto e ouvindo o som distante da música que já tocava na festa. Ao chegar, foi envolvida pelo som alto da música e pelas luzes coloridas que iluminavam o ambiente. As batidas da música reverberavam em seu peito, sincronizando-se com os batimentos acelerados de seu coração.

A atmosfera vibrante a fez sorrir enquanto observava as pessoas dançando e conversando animadamente. Sentindo-se mais à vontade, ela começou a cumprimentar conhecidos e se deixou contagiar pela energia do lugar. Era impossível não se deixar levar pela alegria contagiante que emanava de todos os cantos da festa.

Enquanto passeava pela festa, seus olhos cruzaram brevemente com os de um rapaz que ela nunca tinha visto antes. Ele era alto, tinha um sorriso confiante e um ar misterioso que a intrigou. "Que gatinho", pensou a mais baixa, mas logo voltou sua atenção para a festa. Não queria se distrair demais, especialmente quando Lucas estava prestes a chegar.

Enquanto se movia pelo ambiente, Lucas apareceu, cumprindo a promessa da mensagem. Com um sorriso tímido, ele a abordou.

— Oi, Duda! — disse o mais alto, seus olhos brilhando. Ele vestia uma camisa casual e jeans, parecendo relaxado e confiante.

Por um momento, o tempo pareceu parar. Lucas a convidou para dançar, e ela aceitou, sentindo-se leve e animada. Juntos, eles se dirigiram à pista de dança, entregando-se ao ritmo pulsante da música. A cada movimento, ela sentia uma conexão especial com ele, como se estivessem em perfeita sintonia. Os movimentos sincronizados e a proximidade entre eles criavam uma bolha de intimidade que os isolava do resto da festa.

Enquanto dançavam, Lucas segurou a mão dela com delicadeza, e ela sentiu uma corrente de energia entre eles. Estava imersa naquele momento mágico quando, pelo canto do olho, avistou novamente o rapaz que a intrigara mais cedo. Ele estava ao lado de uma garota, que parecia procurar algo desesperadamente. A expressão de preocupação no rosto da garota era evidente, e isso despertou a curiosidade de Maria Eduarda.

Foi então que Maria Eduarda percebeu que seu próprio celular havia sumido. Chocada, ela se virou para seu parceiro.

— Lucas, meu celular sumiu! — exclamou, tentando manter a calma.

Lucas franziu a testa, preocupado.

— Tem certeza? Vamos procurar.

Eles começaram a procurar pelo celular, perguntando às pessoas ao redor se alguém havia visto algo. Maria sentia um nó na garganta, imaginando todas as fotos e contatos importantes que poderia perder.

Enquanto procuravam, ela viu de relance o rapaz misterioso novamente. Ele parecia estar saindo discretamente da festa, com algo brilhando em sua mão. Maria Eduarda não tinha certeza, mas um instinto forte lhe dizia que ele estava envolvido.

— Lucas, aquele cara ali! — disse ela, apontando discretamente. — Eu acho que ele pegou meu celular.

O loiro olhou na direção indicada e viu o rapaz se afastando. Ele apertou a mão de Maria Eduarda com mais força.

— Precisamos fazer alguma coisa.

Determinada, Duda sabia que não podia deixar aquilo passar. Juntos, ela e Lucas começaram a seguir o rapaz, prontos para confrontá-lo e recuperar o celular. No entanto, à medida que o seguiam, perderam-no de vista na multidão. A festa estava lotada e as luzes piscavam intensamente, tornando impossível localizar o rapaz novamente. Após algum tempo procurando sem sucesso, Lucas suspirou.

— Linda, sinto muito, mas acho que não vamos conseguir encontrar ele — disse o mais velho, com tristeza na voz.

Desanimada, a morena concordou com a cabeça. A noite que prometia diversão e alegria havia tomado um rumo inesperado e decepcionante. Com o coração pesado, ela decidiu que era melhor ir para casa.

— Acho que é melhor eu ir embora — disse Duda. — Não tem mais o que fazer aqui.

Lucas a acompanhou até o seu prédio e se despediu com um abraço reconfortante.

— Desculpe por isso, meu bem. Se precisar de algo, me avise.

Ela sorriu fracamente, agradecendo o apoio, e subiu até seu apartamento. A caminho, sua mente estava um turbilhão de pensamentos sobre o celular perdido. Ao chegar em casa, tentou relaxar, mas a insônia a dominou. Cada vez que fechava os olhos, lembrava-se de todas as informações importantes que estavam no aparelho.

Maria Eduarda tirou os sapatos com um suspiro de alívio e caminhou descalça até a cozinha, onde pegou um copo d'água. Sentou-se no sofá, olhando para o lugar vazio onde geralmente deixava seu celular. A ausência do dispositivo parecia aumentar o silêncio e a solidão da noite.

Pegou seu laptop e começou a tomar as primeiras providências: mudou senhas, enviou mensagens aos amigos informando sobre o ocorrido e tentou localizar o celular através do serviço de rastreamento, sem sucesso. A ansiedade tomava conta dela, dificultando ainda mais a tarefa de acalmar sua mente.

Finalmente, exausta, decidiu ir para a cama. Colocou seu pijama favorito, um conjunto confortável de algodão, e deitou-se. Tentou ler um pouco para distrair a mente, mas as palavras pareciam não fazer sentido. Desligou o abajur e ficou deitada no escuro, ouvindo os sons distantes da cidade que nunca dormia.

Maria Eduarda sabia que a manhã seguinte traria novos desafios. Teria que cancelar cartões, providenciar um novo celular e tentar recuperar parte do que havia perdido. Ela se consolava com a ideia de que, apesar de tudo, estava segura e que objetos materiais podiam ser substituídos.

Finalmente, após muito tempo se revirando na cama, o cansaço venceu a preocupação, e ela adormeceu. Seus sonhos foram povoados por imagens confusas e fragmentadas da festa, do rapaz misterioso e do celular perdido. Acordou algumas vezes durante a noite, mas logo voltava a dormir, tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos.

Quando o primeiro raio de sol entrou pela janela, Maria Eduarda se espreguiçou e suspirou, determinada a enfrentar o novo dia com coragem. Ela sabia que, apesar dos contratempos, a vida continuava, e que cada dia trazia a oportunidade de recomeçar.

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⏰ Última atualização: Jun 08 ⏰

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