Eu só quero passar uma eternidade com você

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"Falou, Joy!" JJ disse, saltando para fora do carro.

"Adeus, Sr. Cameron." o motorista saiu com a Porsche da entrada da mansão.

Rafe calou a boca sobre uma limusine depois que JJ falou algo sobre dormir no sofá por dois meses.

JJ andou pelo jardim, olhando os peixes no lago embaixo da ponte de madeira antes de destrancar a porta principal. Ele jogou a mochila que tinha nas costas no chão e as chaves na mesa de entrada.

Um longo bocejo o deixou enquanto tirava os chinelos, subindo as escadas com uma desconfortável ausência de som.

JJ abriu a porta do quarto, revelando um Rafe em roupas confortáveis, as costas contra a cabeceira da cama e um livro nas mãos.

Os ombros de JJ deixaram o peso do dia para trás, preenchido pelo calor de estar em casa e a presença do marido.

Era exatamente isso que ele queria e precisava desde que terminou as aulas de surf.

JJ ficou apenas de cueca em movimentos rápidos e desajeitados, caindo em cima do marido com um gemido quase pornográfico.

O zumbido em sua cabeça parou de maneira lenta.

Rafe aceitou seu peso com maestria, não tirando os olhos do livro e mexendo-se apenas para passar a mão por seu cabelo ainda meio úmido.

O tecido da camisa de Rafe cheirava ao único amaciante de limão que não irritava seu nariz e isso meio que quase o fez chorar.

JJ por pouco não sentiu o beijo no topo de sua cabeça, com as pálpebras fechadas há muito tempo.

Nenhuma palavra foi trocada, o que não era incomum. Às vezes, falar era excessivo.

Não demorou muito para um suave ronco preencher o quarto, fazendo Rafe sorrir.

JJ acordou pouco tempo depois, com o colchão se movendo, ou foi o que ele pensou antes de lembrar que tinha adormecido no colo do marido.

"Nããão, pra onde tá indo?" murmurou com a voz grave, agarrando o que podia de Rafe, os olhos ainda fechados.

"Cozinha. O jantar não vai ficar pronto sozinho." Rafe, que para a infelicidade de JJ tinha conseguido escapar da cama, ficou de pé ao lado dele, tirando um fio de cabelo que caia em sua testa.

"Mas eu preciso de você." ele piscou, amarrotado, fofo e todos os sonhos de Rafe.

"Então você não quer nenhum brownie com sorvete? Poxa, vou ter que dar pros mendigos do lado de fora." JJ gemeu com a cabeça enterrada no travesseiro do marido, ainda quente de onde estava há apenas alguns minutos.

"Você odeia pobres!" Rafe riu, beijando a nuca de JJ três vezes antes de se afastar. Eu amo você.

"Vai tomar a porra de um banho, você cheira a sardinha enlatada." JJ gemeu mais uma vez, não precisando olhar pra saber do sorriso provocador de Rafe.

"Eu te odeio."

Rafe estava encostado no batente da porta, os braços cruzados e nenhum fio de cabelo fora do lugar.

JJ queria cair de joelhos como um homem religioso.

Mas ele era apenas um pecador implorando por mais e mais.

"Você não." JJ, uma vez levantado, observou o marido se aproximando.

Ele abriu a boca, no entanto, o que quer que fosse falar foi roubado pelos lábios de Rafe.

Foi suave, como o som das ondas batendo na maré e as manhãs com frutas, mas eletrizante, como uma explosão e as corridas de kart.

JJ tinha as mãos presas na parte de trás da camisa de Rafe, enquanto esse usava uma das mãos para apertar seu cabelo, a outra firme em sua cintura.

Mas eu me apaixonei por você (desde o primeiro olhar)Onde histórias criam vida. Descubra agora