Capítulo 1

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O coração bateu forte e parecia querer

fugir do meu peito e nesse momento eu soube:

era amor à primeira vista!

Hanna-

- Sabe Hanna, você tem que se levantar dessa cama. -Diz Deise me pressionando de novo, não aguento mais isso, quando não é um é outro.

- Já te disse que não estou a fim. -Me exalto já com raiva.

- Credo Hanna, desencana esquece esse cara.

Ao ouvi-la tocar nesse assunto minha raiva só aumenta, puxa as vezes a minha irmã passa dos limites. De repente estou perdida em meus próprios devaneios, minha mente divaga até àquele maldito dia.

"Entro no apartamento correndo chamando por ele:

- Vitor! Vitor?

Paro ao ouvir ruídos vindo do seu quarto, quando chego perto da porta fico com medo de abri-la, e me deparar com algo do qual sei que não vou gostar. Tomo coragem e abro.

Não há ninguém aqui, o barulho, ou melhor gemidos, vem do banheiro, que eventualmente está com a porta escancarada.

Ao chegar mais perto eu congelo.

- Não, não pode ser!

Limpo a garganta chamando sua atenção, ele olha imediatamente.

Ao me ver fica pasmo e começa a gaguejar.

- Ha... Hanna, não é o que você está pensando!

- Como não seu palhaço, descarado! -Digo fervendo de raiva. Nesse instante ele se levanta e vem para perto de mim.

- Não se aproxime, ou você vai se arrepender!

Ignorando meu aviso, ele dá um passo e tenta segurar meu pulso. Nesse momento dou-lhe um chute no meio de suas pernas e ele cai no chão rolando de dor, aí a filha da puta que se dizia minha amiga que está ali com ele, acha de reagir e vem para cima de mim.

Em pensamento agradeço a Deus por minhas aulas de muay thai, e com um único movimento a imobilizo.

Os deixo tentando se levantar e saio as presas desse maldito lugar."

- Hanna? Você está bem? -Deise parece assustada com meu devaneio.

- Desculpa! Me perdi em meus pensamentos.

- Hanna já chega, aquele idiota não vale a pena, vamos saia daí. - Ela fala enquanto tenta me puxar pelos pés.

- Para me solta! -Digo rindo.

- Eu me sinto culpada. – Deixo escapar.

- Culpada de que? -Pergunta minha irmã.

- Do que aconteceu. - Respondo.

- Não foi sua culpa, como poderia?

- Eu não sei, sinto que não dei o máximo de mim pra esse relacionamento. -Digo.

- Sai dessa Hanna, desencana, ele é o traidor aqui não você. -Diz ela me confortando.

- Você tem razão. -Digo meio entristecida.

- Claro que tenho! -Diz ela sorrindo.

- Sabe do que? Deixa para lá esse papo. -Digo.

- Tá bom, mas me promete que vai tirá-lo da sua cabeça? -Pede ela.

- Já esqueci ele, só me sinto uma tonta.

- Mas você não é!

Nesse instante seu telefone apita com uma mensagem. Ela olha e franze a testa.

Lembranças do Seu Olhar!Onde histórias criam vida. Descubra agora