O coração bateu forte e parecia querer
fugir do meu peito e nesse momento eu soube:
era amor à primeira vista!
Hanna-
- Sabe Hanna, você tem que se levantar dessa cama. -Diz Deise me pressionando de novo, não aguento mais isso, quando não é um é outro.
- Já te disse que não estou a fim. -Me exalto já com raiva.
- Credo Hanna, desencana esquece esse cara.
Ao ouvi-la tocar nesse assunto minha raiva só aumenta, puxa as vezes a minha irmã passa dos limites. De repente estou perdida em meus próprios devaneios, minha mente divaga até àquele maldito dia.
"Entro no apartamento correndo chamando por ele:
- Vitor! Vitor?
Paro ao ouvir ruídos vindo do seu quarto, quando chego perto da porta fico com medo de abri-la, e me deparar com algo do qual sei que não vou gostar. Tomo coragem e abro.
Não há ninguém aqui, o barulho, ou melhor gemidos, vem do banheiro, que eventualmente está com a porta escancarada.
Ao chegar mais perto eu congelo.
- Não, não pode ser!
Limpo a garganta chamando sua atenção, ele olha imediatamente.
Ao me ver fica pasmo e começa a gaguejar.
- Ha... Hanna, não é o que você está pensando!
- Como não seu palhaço, descarado! -Digo fervendo de raiva. Nesse instante ele se levanta e vem para perto de mim.
- Não se aproxime, ou você vai se arrepender!
Ignorando meu aviso, ele dá um passo e tenta segurar meu pulso. Nesse momento dou-lhe um chute no meio de suas pernas e ele cai no chão rolando de dor, aí a filha da puta que se dizia minha amiga que está ali com ele, acha de reagir e vem para cima de mim.
Em pensamento agradeço a Deus por minhas aulas de muay thai, e com um único movimento a imobilizo.
Os deixo tentando se levantar e saio as presas desse maldito lugar."
- Hanna? Você está bem? -Deise parece assustada com meu devaneio.
- Desculpa! Me perdi em meus pensamentos.
- Hanna já chega, aquele idiota não vale a pena, vamos saia daí. - Ela fala enquanto tenta me puxar pelos pés.
- Para me solta! -Digo rindo.
- Eu me sinto culpada. – Deixo escapar.
- Culpada de que? -Pergunta minha irmã.
- Do que aconteceu. - Respondo.
- Não foi sua culpa, como poderia?
- Eu não sei, sinto que não dei o máximo de mim pra esse relacionamento. -Digo.
- Sai dessa Hanna, desencana, ele é o traidor aqui não você. -Diz ela me confortando.
- Você tem razão. -Digo meio entristecida.
- Claro que tenho! -Diz ela sorrindo.
- Sabe do que? Deixa para lá esse papo. -Digo.
- Tá bom, mas me promete que vai tirá-lo da sua cabeça? -Pede ela.
- Já esqueci ele, só me sinto uma tonta.
- Mas você não é!
Nesse instante seu telefone apita com uma mensagem. Ela olha e franze a testa.
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Lembranças do Seu Olhar!
RomanceEm meio a escuridão, a lembrança do seu olhar era a única coisa que me mantinha esperançoso...