*Narrador
17 de setembro de 1995 - 07h45 A.M
Anna entra no hospital correndo, ela passa pelo grupo de colegas e segue até a sala onde poderia se trocar e deixar suas coisas. Ao sair da de cara com Marília que a encara de braços cruzados e com uma expressão irritada.
- Bom dia, Anna Luiza. - a voz rude de sua chefe fez o seu estômago revirar. - Atrasada mais uma vez.
- Bom dia, Marília. - ela arruma o jaleco e respira fundo. - Eu peguei trânsito.
- Mais uma vez a desculpa do trânsito. - a mais velha fala. - Mais um atraso seu e terei que informar no relatório do seu estágio, nós não estamos aqui para brincadeira e é algo sério.
- Eu sei, estou me esforçando.
- Se esforce mais. - ela fala e Anna assente, ambas escutam uma gritaria e risadas do lado de fora e a mais velha revira os olhos. - Vai fazer a triagem.
- Mas... - ela é interrompida pela mais velha.
- Entraram pela emergência e você que vai atender. - Marília não espera ela terminar de falar e sai andando, Anna respira fundo e passa as mãos no jaleco.
Ela segue pelo corredor em direção ao som das risadas e ao entrar na sala vê quatros garotos em pé e um deles em uma maca.
- Ei! - ela chama a atenção e os cinco a encaram. - Isso aqui é um hospital!
- Foi mal, loira. - o que estava deitado na maca fala e ela o encara. - Esses animais não sabem se comportar.
- Eu me chamo Anna. - ela fala de forma séria e os quatro dão risada. - Deduzo que seja você que está precisando de atendimento, mas se esta rindo assim é porque não é grave, por que entrou pela emergência?
- Porque se eu entrasse pela área comum isso aqui iria virar uma zona. - ele responde como se fosse óbvio, mas ela o encara confusa e quando vai abrir a boca para retrucar, um homem alto entra na sala.
- O que caralhos deu agora? - ele pergunta com uma expressão cansada.
- Estávamos saindo da van e o animal do Júlio me empurrou. - o rapaz moreno resmunga. - Cai no chão e usei a mão pra me apoiar.
- Eu disse que precisava ir no banheiro e você ficou enrolando na porta da van. - o rapaz de cabelos vermelhos fala e Anna o associa ao nome Júlio. - Dinho que é um frouxo e se machuca com qualquer coisa.
- Certo, vou ligar para a emissora e ver se conseguimos atrasar a entrevista. - o mais velho fala. - Dinho, o que aconteceu? Machucou o quê?
- Meu pulso está doendo demais, Samy. - ele suspira.
- Olha, eu não consigo atender ele com todos vocês aqui na sala. - Anna fala e Samy se vira para ela.
- Certo, todo mundo pra for... - antes que ele conclua a frase, um outro rapaz entra na sala e fecha a porta. - O que foi Isaac?
- Descobriram que estamos aqui, daí tá uma muvuca lá fora. - ele fala e Samy suspira.
- Não conseguimos sair agora, mas não vamos te atrapalhar. - ele fala e Anna assente, ela se aproxima de Dinho e segura seu pulso com delicadeza.
- Não teve nenhum ferimento externo, foi só uma torção mesmo. - ela fala e Dinho suspira. - Eu conheço vocês.
- Todo mundo conhece a gente, gata. - o japonês fala e ela o encara.
- Vocês são aquela banda estranha que a minha amiga gosta, aquela dos peitos. - ela fala e eles dão risada.
- Isso, somos a banda dos peitos. - Dinho fala e se senta na maca. - Eu sou o Dinho, aquele é o Júlio, o japonês é o Alberto, o Sérgio é o de cavanhaque e o narigudo é o Samuel.
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Girassol - Dinho Alves (Mamonas Assassinas)
FanfictionEla estava perdida, ele era o caminho. Ela não acreditava, ele tinha esperança. Ela era a tempestade, ele era a calmaria. Ela não se sentia em casa e ele mostrou que ela era a sua própria casa. Ela só conhecia a dor e ele a fez acreditar no amor. An...