Cap 12/ Memórias p2

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Antes

- Não me importo, eu gosto de desafios, você sabe disso- diz e a imagem vai se dissipando aos poucos até voltarmos aquela sala

Agora

Ninguém sabe realmente o que falar, na verdade estão todos olhando para mim, como se eu fosse surtar a qualquer momento. Qual é, eu até sou controlado meu amigo aqui que quando começa não consegue mais parar

_ Que. Merda. Foi. Essa!?

_ Amor calma ok. Vamos ver outra porta antes de surtar_ diz Caroline

_ CALMA, COMO ASSIM, EU TÔ BEM CALMO, VOCÊS QUE NÃO ESTÃO CALMOS

_ É Nick, nós que não estamos mesmo_ diz o Kol tentando fazer uma piada mas não entendo, se eu não tô surtando eles que devem estar

_ Vamos lá não é pai? Vamos entrar por essa... Aqui!_ diz abrindo uma e entrando

O cenário muda e vemos a Maya, ela é mais nova do que naquele outro, deve ter por volta de uns seis anos. O que incomoda é que ela tá totalmente desesperada, ela tá do lado da cama agachada e chorando muito

- Filha tudo- Meu amor o que aconteceu ?- ouço uma voz que achei nunca mais conseguiria ouvir e que jurei odio durante muitas e muitas vezes

-Foi o- Foi o pa- O papai- Ele machucou- Ele disse que ia- Ia brincar comigo e- E tá doendo- diz fungando e gaguejando de tanto chorar o que me deixa com um ódio profundo no coração não sei o que que é idiota do Rodrigo fez mas ele. Vai. Pagar.

-Meu amorzinho olha aqui, eu preciso que você se acalme e me fale direito o que aconteceu para, então, ir conversar com ele- ela diz com uma expressão confusa tentando acalma-la

_ Senhor não seja isso que eu tô pensando_ diz Caroline olhando tudo com lágrimas nos olhos

- Eu tava aqui no- no quarto e- e ele me- me- me chamou para ir lá com ele no quarto dele quando você tava fo- fora- ela gagueja muito ficando até difícil de entender, apesar disso torço para que ela não fale o que, tenho certeza, que todos pensaram- E disse que era pra- pra brincar com-igo mas ele pegou o pipi e- ela não consegue terminar pois tem mais uma crise de choro

Ouço alguém atrás de mim arfar mas não consigo desviar os olhos de minha pequena, eu deveria tê-la protegido ter cuidado dela, ela nunca vai querer ter eu, alguém que não serviu nem pra impedir que ela fosse estuprada serve, como pai

_ Pai, o senhor tá bem_ pergunta a Hope se aproximando mas não tenho reação

A imagem vai sumindo aos poucos até voltarmos para aquela sala

_ Rápido vamos achar alguma coisa que ajude a acha-la, ela não pode ficar mais nem um segundo perto dele_ diz Elijah quando percebe que não vou falar nada, a verdade é que não tem o que falar, eu não sei o que falar, até porque, eu não estava lá quando ela passou por isso

_ Vamos nessa_ digo abrindo uma porta qualquer

A imagem começa a se formar e vemos a Maya procurando alguma coisa em uma espécie de cozinha mas totalmente vazia, nem panelas tem, ela abre várias e várias vezes todos os armários mas estão completamente vazios. Até que Rodrigo chega num rompante pela porta da frente

- Pai! Finalmente, ei, tá sem comida nenhuma aqui. Você saiu e deixou a gente sem nada, nenhum farelo, tipo arroz. Nada nem para fazer- ela reclama e ele apenas revira os olhos em descaso- Alana tá morrendo de fome, e eu também- ela continua falando até ser interrompida por ele

- Isso é o que você ganha por não fazer o seu trabalho direito. Na próxima vez faça ele bem feito e nada disso acontecerá- ele diz deixando minha filha em choque murmurando um 'O que?!'- Você entendeu. Você não passa de uma vadia, e outra, agora vai ser assim não vai ter comida até eu decidir se você pode comer- Rodrigo diz fazendo ser impossível ter mais nojo dele

Meu Recomeço (Jasper Hale/Paul Lahote)Onde histórias criam vida. Descubra agora