ᴘᴀʀᴀᴅᴏxᴏ ᴅᴏ ᴄᴀᴏꜱ

"Caos"

Sinto como se me faltasse ar, o pensamento absurdo de que posso perder as duas me parece o fim do mundo. Como se enfiassem uma faca em meu peito, não consigo ter qualquer reação enquanto Patch grita de dor.

–Por favor, Sr Diego, vou pedir encarecidamente que se retire da sala.–Um dos enfermeiros tenta manter o tom calmo, enquanto a situação está um caos, e corro o risco de perder minha mulher e minha filha.

–Ninguém vai me tirar da porra dessa sala, me ouviu bem!?–É impossível manter o tom calmo em tal situação. Aponto uma faca para o homem que imediatamente se afasta.

–Tire-o daqui, agora.–O médico ordenou, enquanto Patch grita mais uma vez, e sinto um nó em minha garganta.

De repente, sinto como se meu mundo caísse, enquanto a máquina indica que seu coração parou de bater. Todos entram em pânico absoluto e toda sala é tomada por uma energia vermelho-sangue que parece sufocá-los. Como se estivesse revoltada com todo o acontecido, a energia completa o caos, levando alguns enfermeiros a apagarem, a energia sai de Patch, como se…

De repente, um choro se ouve, como um anjo que acalma toda a bagunça que ele mesmo causou, tudo parece se acalmar, enquanto sento no chão, sem dizer sequer uma palavra, sentindo um aperto inexplicável no peito e ao mesmo tempo um alívio absoluto. Ela veio ao mundo, minha pequena Éris.

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Sirenes por toda parte, as luzes vermelhas e azuis tomam conta do caos que está o lugar. Todos vão à loucura, enquanto há sangue por todo o ring. No momento, não sinto nada, apenas o desejo absurdo de vencer, enquanto limpo o rosto ensanguentado, e sorrio presunçosamente para minha oponente.

–Isso é tudo que pode fazer, princesa?–A mulher fala em um tom coberto de ironia e sarcasmo, enquanto eu permaneço sorridente, mantendo o contato visual.

Devido a seu tamanho, não foi fácil durante o primeiro round, no entanto, esse é um ponto bom, já que seu tamanho a deixa lenta. Mal tive tempo de pensar em atacar e senti seu soco acertar em cheio meu rosto. Engoli o sangue e desviei do segundo golpe, levando a melhor, a prendendo em um mata leão. Quinze segundos e como o esperado, ela não consegue se soltar me entregando de bandeja a vitória. Todos vão à loucura, enquanto sorrio vitoriosamente. Não tive tanto tempo pra comemorar, até a polícia invadir o lugar, enquanto tudo vira um caos de um segundo pro outro. Essa é minha deixa. Imediatamente, coloquei o capuz e corri para uma janela que dava pro beco dos fundos. Esperava sair calmamente, no entanto, tive uma surpresa ao me deparar com muitos policiais aqui também.

–Mãos pra cima, garota.–Ordenou o policial, enquanto mantive a calma. Todas as armas estão direcionadas a mim e no mesmo instante, me vejo sem saída. Lentamente, ergo as mãos até uma forte onda de energia atingir seus carros e todos voarem pelos ares, me dando tempo suficiente para fugir. Maldição ou não, tem ótimos pontos positivos. Percebo que me dei mal, no momento em que senti a arma do policial atingir com força meu rosto, e imediatamente tudo ficou escuro.

(☂)

–Levanta pirralha, o papai veio te buscar.–O policial abre a cela, enquanto caminho calmamente em direção a saída. Escapei da cadeia, já não posso dizer o mesmo do castigo. Fico imaginando se um dia ele vai chegar ao ponto de querer me mandar pra um convento.

–Você só pode tá de brincadeira, Éris. Luta clandestina, é sério!? Sabe o quão perigoso isso pode ser pra você?–Meu pai esbraveja, enquanto se aproxima aparentemente preocupado, e irritado na mesma proporção.