Capítulo 2

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-- Victoria? Para de ficar brincando com comida, garota

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-- Victoria? Para de ficar brincando com comida, garota. – Chamo atenção dela.

-- Mas legumes é horrível, mãe. – Reclama.

-- Mas vai comer. – Insisto.

-- Nem a senhora come. O vovô que ainda obriga a senhora. – Diz bocuda.

-- Não interessa! – Bato com o pano na cabeça dela. – Faz o que eu falo, mas não faz o que eu faço. –

-- Gambelar o vovô? Porque eu faço isso direto com o papai. – Se gaba.

-- Você é uma peste. – Dou risada. – Cadê o Heitor? Por que não desceu ainda? – Noto o olhar do Rogério.

-- Ele não está com fome, mãe. – Paro de sorri.

-- Já parei de contas as vezes que ele está dando essas desculpas para não ter que vir. – Sorrio de lado. – Comam. – Falo saindo da cozinha.

Subo as escadas e ando até o último quarto do corredor. Bato na porta esperando ele abrir, mas isso não acontece e também não ouço nada vindo de lá. Abro a porta com calma, quando entro, tomo um susto ao ver Heitor no chão de barriga para baixo.

Corro até ele e o viro, sentindo o cheiro de álcool e .. Droga? Toco no rosto dele e aos poucos o mesmo vai abrindo os olhos.

-- Hei.. – Ele me dá as costas e se afastando de mim.

-- Por que entrou no meu quarto? Pode sair. – Fala e tenta se levantar, mas acaba caindo para o lado e bate a cabeça na cômoda. – Caralho! – Ele nunca falou palavrão.

-- Heitor? –

-- Sai do meu quarto. Quero ficar sozinho. – Se senta na cama.

Olho em volta do quarto e vejo a bagunça que estava. Na cômoda perto da janela, vejo um saquinho com um pó branco.

-- ... Você ...  Você está fumando, Heitor? – Não consigo forma uma palavra se quer.

-- Sai do meu quarto. Quero ficar sozinho! – Repete.

-- Para de ficar repetindo isso e olhe para mim. Heitor, você ..—

-- EU NÃO QUERO CONVERSAR, PORRA! JÁ MANDEI VOCÊ SAIR DO MEU QUARTO! – Dou três passos para trás.

A porta se abre com brutalidade e por ela, Eduardo aparece com um olhar que conheço muito bem.

-- Você está maluco, caralho? Tu pensa que é quem para gritar com sua mãe? – Ele vai indo para cima do garoto, mas eu entro na frente o segurando.

-- Não, Eduardo. Não toca nele. – Falo o afastando.

-- Você não grita? Para de ser hipócrita. – Zomba. 

-- Heitor.. – Tento, mas me calo quando Eduardo tenta se aproximar mais dele.

-- Não é porque eu faço, que você tem que fazer, caralho! Somos casados, nos intendemos depois. Mas você é o filho dela, não o pai! Não venha querer dá uma de rebelde para cima dela não. Você não está falando com qualquer uma, você está falando com a minha mulher e com a sua mãe. Eu nunca toquei em você, mas na próxima vez que você levantar o tom para ela, eu juro por tudo, mas quebrar tu, eu quebro. Seu filho da puta! Você é o que ela mais passa a mão na cabeça, e você vem e faz isso? Vai se foder. – Continuo segurando ele.

-- Vamos, Eduardo. – Tento o puxar, mas ele continua parado. – Por favor, Eduardo. – Sinto meus olhos começarem a lagrimejar. Ele olha para mim e confirma.

Ele se vira e sai do quarto. Ainda de costas para ele, vou até aonde estava aquele saquinho e o pego. Quando estava saindo, vejo Rogerio entrar sério. Não querendo conversar agora, passo por ele e saio do quarto indo para o de hóspede.

Me sento na cama e deixo as lagrimas descer. Tiro meu sapato e me deito na cama. Jogo aquele saquinho na cômoda e fecho meus olhos. Ouço a porta ser aberta, logo ao meu lado ser afundado e um corpo grande se juntar com o meu.

-- Eduardo. – O repreendo.

-- Só hoje, não precisa falar comigo. Mas preciso pelo menos do seu cheiro. – Fala contra o meu cabelo.

Não falo nada, estou cansada, tanto fisicamente, quando psicológico. Suspiro e fecho meus olhos. Meu pai já disse que Eduardo estava começando a ficar dependente de mim e que era para tomar cuidado. Não tinha dado importância para isso muito, mas comecei a notar isso ultimamente.

Uma noite, cheguei um pouco tarde e como tínhamos brigados, estávamos em quartos diferentes e quando entrei no nosso quarto para pegar uma roupa, vi ele deitado na cama com uma blusa minha e meu travesseiro. Minha blusa estava no nariz dele, o travesseiro ele estava abraçado, e via vestígio de lagrimas secas em seu rosto.
Sinto seu toque indo para meus seios, não falo nada, continuando fingindo estar dormindo. Nesses sete anos, Eduardo continuava mamando, mas como estávamos separados, ficou sem e o que me deixou com uma dor do caralho por conta do leite.

Essa porra não para mais de descer, já tinha parado de tomar o remédio, não bebia nada que Eduardo me dava, mas mesmo assim, não para de descer.

Sinto ele se inclinando um pouco e ele vai me virando para ficar de barriga para cima. Seu toque no meu seio é suave. Subindo minha blusa fina, ele aproveita que estava sem sutiã e coloca o seio direito na boca, enquanto o outro ele fica brincando com o bico.

-- Te amo, pretinha. – Diz embolado por conta do seio na boca. – Me desculpa. Sou um idiota! Mas eu não consigo. É mais forte que eu. Estou me tornando igual a ele. – Sinto algo me molhar. – Aonde estamos errando? Onde estou errando? Não quero perde-la. – Continuo quieta.

Seguro as lagrimas, me concentro em somente dormir. O barulho da sua sugadas começa a me deixar lenta.

(...)

Acordo soltando um gemido baixo por conta da dor que sinto no seio. Abro os olhos e baixo o olhar vendo o Eduardo dormindo, sugando meu seio ainda.

Olho para fora e noto que estava amanhecendo já. Com cuidado, me levanto da cama e vou saindo, indo para o nosso quarto. Vou direto para o banheiro e começo a tirar a minha roupa, entrando embaixo do chuveiro.

Evito molhar meu cabelo e me passo o sabonete líquido no meu corpo com a esponja de banho. Escovo meus dentes e meu rosto. Esfrego o meu chinelo com o pé mesmo para pode tirar alguma sujeira.

Mania que eu peguei do meu pai de tomar banho com chinelo.

Assim que termino o meu banho, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha. Vou até o closet e começo a me trocar para ir trabalhar. Passo uma maquiagem de leve, um perfume e meu sapato Jordan. Nem ferrando vou de salto, ainda mais descendo esse morro inteiro. Tudo bem que eu vou de carro, mas mesmo assim!

Ninguém merece ficar o dia inteiro de santo em pé.

Quando estou ponta, desço as escadas e vou para a cozinha. Olho o relógio que fica ali na parede e são 5:50 da manhã. Vou até a geladeira e começo a preparar o café da manhã das crianças.

Ás 6; 20 eu termino tudo e subo novamente para o andar de cima, vou primeiro no quarto da Victoria, ela é a mais difícil de acordar. Assim que abro a porta, me surpreendo em vê-la já em pé arrumando o cabelo.

-- Caramba, filha. – Entro e chego nela, beijando a sua cabeça. – O que aconteceu para levantar tão cedo? – Ela dá de ombro.

-- Somente dormir cedo ontem. – Fala ainda olhando para o cabelo.

-- Vou ir acordar os outros. – Beijo a cabeça dela.

-- Mãe? – Me viro para ela. – Nada. Te amo. –

-- Também. Minha princesa. – Ela faz careta. Dou risada e saio do quarto.

Essa menina.

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A professora e o Dono do morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora