14 - 𝘤𝘢𝘳𝘦𝘭𝘦𝘴𝘴 𝘸𝘩𝘪𝘴𝘱𝘦𝘳

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Aquilo claramente não parecia um problema do sistema. Alguém teve acesso ao meu computador e fez isso de propósito. Eu preciso recuperar esses arquivos, caso contrário, Gemma corta o meu pescoço e come com farinha, pimenta e uma coquinha gelada do lado pra não entalar.

— Tudo bem por aqui? — Liam diz atrás de mim. Eu mal havia percebido sua presença.

— Não. Estou com um problemão. — digo nervosa mexendo as pernas impacientemente. — A pasta com os documentos do trabalho foi excluída e eu preciso apresentar hoje.

Volto minha atenção para a tela do computador e suspiro tentando pensar em algo. Meus olhos rapidamente cruzaram com os de Angie, que sorri cínica para mim. Só pode ter sido essa vaca de quinta. Ninguém mais aqui teria coragem de fazer uma coisa dessas. Se eu pego essa garota eu mando ela pra puta que pariu com passagem só de ida.

— Posso tentar restaurar os arquivos, o que acha? — Liam diz olhando para a tela do computador. — Entendo um pouco sobre sistemas de computador.

Vejo Angie se aproximar.

— Tudo bem por aqui? — ela diz com os braços cruzados. Ai que cínica.

— Tudo ótimo, meu amor. — sorrio o mais falso possível.

— Não é o que parece. — ela olha para o meu computador debochada.

Ela quer que eu me dê mal, mas para a infelicidade dela, eu entendo muito sobre computadores. Durante a minha faculdade eu tive algumas aulas complementares de computação, o que me deu um grande conhecimento sobre a área.

Que ódio dessa infeliz. Falta só um pouquinho para eu poder pular em cima do pescoço dela e tirar aquele aplique com as minhas próprias mãos.

— Deixa eu resolver isso, Liam. — pego o mouse novamente com ódio.

Ela debocha mais uma vez e vai para o seu lugar sem dar certeza de que eu realmente poderia fazer aquilo.

— Tem certeza que consegue? — ele pergunta.

Tá duvidando também? Garoto, não me desafia.

— Absoluta. — fecho a cara e começo a me concentrar na tela à minha frente.

— Tudo bem. Se precisar de alguma coisa eu estou naquela mesa ali. — apontou para uma mesa ao lado da porta.

— Obrigada, Liam. — sorrio. Angie ainda me observava de longe.

Me aguarde, vadia.

Respiro fundo e tento me lembrar de tudo que eu havia aprendido durante as aulas que tive na faculdade. Ao menos aquelas aulas valeram para alguma coisa. Um tempo depois, consigo restaurar todos os meus arquivos, sem nenhuma alteração. Sorrio vitoriosa.

Hoje não, Angie.

— Querida, a hora da apresentação tá chegando. — a demônia para atrás de mim com os braços cruzados novamente.

— Não precisa me avisar das horas, tenho um relógio no pulso. — levanto o braço com o relógio na sua direção. — Mas obrigada mesmo assim, mal posso esperar para que ele veja o trabalho impecável que eu fiz. Consegui recuperar tudo e parece que nada aconteceu. — me viro para ela e forço um sorriso. — Que coisa, não?

Ela encara a tela e vê tudo de volta, seu sorriso logo some e ela estampa raiva no rosto.

— Nossa, você está com uma cara péssima. Me lembre de te indicar o meu creme hidratante, vai fazer bem. — sorrio e ela sai batendo os pés.

Liam se aproxima rindo.

— É assim que se faz, Any. — ele também cruza os braços rindo.

— Não foi difícil, eu dei conta do recado. Adorei ver a cara de bunda que ela fez. — me encosto na cadeira.

Any ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora