Capítulo 6

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O nada sempre existiu, o vazio a todo momento esteve presente, a inexistência simplesmente estava lá. Havia diversos universos, múltiplas realidades, aglomerados de multiversos. A presença de todos era algo comum no espaço.

Desde suas épocas de origem, cada universo nunca mudava, sempre permanecendo inalterado para que seus eventos ocorram de forma libera, apesar de houver controversas sobre esse último ponto, mas ainda permanecia.

Realidades estavam em constante mudança, a cada plank infinitas realidades surgiam e permaneciam, cada uma delas sendo exatamente iguais com apenas um único ser sendo responsável por sua criação por cada de um pensamento, um sentimento.

A cada pensamento, um sentimento passageiro ou duradouro, uma sensação, um arrepio, um espirro, uma molécula de oxigênio se locomovendo um milímetro a mais para direta. Todas essas pequenas ações que podem ocorrer no espaço de anos décadas, séculos e milênios, ou até mesmo em segundos, milissegundos e um plank...

Podem gerar uma nova realidade.

Contando os seres humanos de grande parte dos planetas geralmente ultrapassam os 8 bilhões de vivos, a cada segundo todos eles pensam e sentem algo diferente uns dos outros. Cada pequena ação dessas cria uma nova realidade.

Agora escalamos isso para milênios de humanos em diária convivência com milhares de anos de existência e milhares de planetas com todos essas pessoas? O resultado chega a ser catastrófico.

Um gogool é pequeno demais para contar todas essas realidades. É igual a contar os grãos de areia na terra multiplicado pelo número de planetas exatamente iguais existem por todo o ômega verso.

Sem fim.

Essas realidades são chamadas de "Realidades rápidas" pois duram pouco menos de alguns milhões de anos antes de serem absorvidas pelo vazio.

O ponto não é sobre a realidades rápidas mencionadas acima, mas apenas o vazio.

Entre a densidão e plenitude infinita das inúmeras constelações e galáxias, o vazio sempre está as estreitas de toda a existência, entre os cosmos e as estrelas, como uma manta cobrindo o vão entre a existência e a inexistência. O nada existia e estava bem aparente tão bem quanto o exuberante deslumbre o universo.

O vazio, frio e mortal, era tão vivo e quente quanto uma estrela, sempre presente mas também o contrário. Era uma existência inexistente, nunca estando mas presente sempre. O tempo congelaria e enlouqueceria no instante que entrasse nessa região do vácuo, o espaço é caótico e nervoso nessa região.

O vazio não é um lugar onde a matéria é inexistente, mas uma entidade por si só. Um ser misterioso que cobre os cantos mais distantes de toda as realidades e universos existentes. Entre o tecido do universo, onde nem a luz mais resplandecente de uma estrela se propaga, sendo engolindo e rapidamente esvaneceia, o vazio existe desde a existência de tudo.

O vazio é tanto temido quanto uma fonte de poder, sendo usado por poucos que seguem seu caminho. Deuses e homens, não importa quem, temem igualmente o vazio mas são curiosos sobre ele, estando a mercê de seus sussurros eloquentes. O mais sábio e o maior tolo igualmente se interessam mas também possuem pavor semelhante a entidade intitulada "vazio".

??? Estavam parado completamente. Mover não era necessário, todas as leis e conceitos simplesmente abriam caminho para ele se locomover, parecendo até mesmo ajudá-lo. Tempo, espaço e caos se abriam para ele passar enquanto a realidade e toda a estrutura do existente o locomovia por puro medo.

O vazio tem ficado cada vez mais caótico e silencioso ao mesmo tempo. O nada pareciam agitado com alguma coisa, querendo ao máximo alcançar essa meta. ??? Sabia que teria que encontrar o próximo sucessor desse lugar logo pois o vazio, apesar de aceitá-lo como seu guardião e portador, estava o corrompendo aos poucos, era só uma questão de tempo até ele se tornar mais um dos dobrados pela entidade misteriosa e senciente, se tornando apenas um aperitivo minúscula a existência anciã.

Todas as energias do universo se acumularam em um pequeno ponto, sendo o aglomerado de universos que compunham ??? O epicentro catalisador de todo o caos das leis universais. Tempo, espaço, gravidade, luz, trevas, realidade, karma, sorte, azar, destino, relatividade dentre outros conceitos estavam sendo unidos em um pequeno centro circular.

O ser colocou todo seu poder nisso. Sua essência e núcleos de existência foram usados pois o mesmo não se importava de morrer. Ele precisava encontrar o próximo que irá conter a existência denominada vazio. Já havia vivido muito tempo e havia feito de tudo para segurar o caos absoluto do vazio mas não conseguiu.

Sua energia se desvaneceu. A poeira cósmica junto da existência de seu corpo feito de universos começaram a se desvanecer, se espalhando por todo o nada. O vazio aproveitou e devorou a pequena sujeira em seu 'dente', a energia restante sendo espaçada por todas as direções.

O vazio voltou a ficar caótico com a partida de seu guardião mas voltou a ficar em silêncio, uma promessa não feita.

Todos os seres existentes pareciam sentir falta de algo mas não sabiam do que.

...............

Haruka desviou de todos os ataques visando seu corpo mas cerrou os dentes ao sentir alguns cortes atingindo a. Sua mão habilmente manuseou o Kusarigama. Rotacionando seu corpo para esquerda, ela segurou a corda da arma e usou como contraponto para cortar tudo ao redor de si violentamente.

Ela respirou fundo e aliviada ao ver todos os corpos dos goblins da floresta. Ela se sentiu horrível ao fazer isso pois os mesmos eram bastante fracos, sendo simples goblins tentando conseguir mais suprimentos para sua tribo. Ela viu suas lanças e o medo em seus olhos ao vê-la de aproximar antes do combate começar.

Ela sabia de antemão que os monstros não são tão ruins quanto as pessoas desse mundo fazem parecer mas não havia nada que podia fazer. Suas necessidades viam em primeiro lugar e ela própria em segunda. Ao matar esses goblins ela ganhou três moedas de bronze por cada um deles eliminado. Ao ter matado 24, ela ganhou 72 moedas de bronze, o que é muito maior que ela conseguiu ao entrar na guilda.

E isso em uma única missão. Graças a ter vários pedidos de eliminação de criaturas mágicas, ela conseguiu pegar quatro missões ao mesmo tempo e realizá-las com facilidade. De alguma maneira ela conseguiu perceber os ataques de cada criatura mágica e tentar copiar. O resultado foi que ela falhou completamente mas agora tem conhecimento de suas habilidades.

Graças a ter realizado quatro missões, ela conseguiu 316 moedas bronze, resultando em 2 moedas de prata e 116 de bronze. Ela poderia ter 3 de prata mas ficaria apenas com 16 de bronze, o que não seria útil para ela.

Haruka voltou para seu quarto alugado e tomou um banho relaxante. Com o dinheiro ganho ela comprou alguns produtos de beleza e limpou adequadamente seu cabelo prateado comprido. Eles estavam mais sedosos e macios após o banho.

O uniforme da academia de magia era um robe longo e grosso azul escuro mas cada aluno personaliza suas vestes da forma que quiser. Os alunos mais ricos geralmente trocam o tecido por algo de maior qualidade e com uma grande quantidade de encantamentos, mas não é só para utilidades. Há aqueles que colocam um conjunto extra de roupas apenas para aparência.

Haruka era uma dessas pessoas pois não poderia comprar roupas encantadas e de melhor qualidade então ela usou os robes com a manga dobrada até os cotovelos uma blusa de manhã comprida preta por baixo e um par de luvas sem dedos. Por baixo do roupão era visível a blusa de manga comprida que ela estava mostrando as mangas do cotovelo.

Suspirando para si mesma, ela saiu do quarto e foi em direção a escola que iria passar alguns anos. Ela sabia que sua rotina iria ficar bastante apertada graças a estar listada também na academia de cavaleiros do reino mas era algo necessário. Afinal, viver tranquilamente esse mundo sem ter poder era impossível. A morte sempre estaria a sua porta pois os chamados lorde demônios do mundo nem ninguém irá se importar com ela ou qualquer outro.

Aquele que possui o vazio nas mãosOnde histórias criam vida. Descubra agora