capítulo 5 Feliz Dia do Arc

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É a primeira manhã em anos que acordo com uma pontada de dor na cabeça a ponto de não querer abrir os olhos. Eu só desejo ficar imóvel, sem me mover, mas não tenho permissão. Minha melhor amiga me ligou inúmeras vezes do dormitório masculino antes do amanhecer. Não tive escolha senão abandonar a alegria da cama macia e acordar cedo.

"Você tem aulas matinais?" Arc estica o pescoço para fora do banheiro. Sento-me na cama, tonto, processando a pergunta.

"Meus dois primeiros horário são livres. Tenho aula às dez."

"Tome um banho, então."

"Posso tomar banho no meu dormitório? Meu uniforme está lá. O seu seria..." Faço uma pausa e continuo: "Não cabe."

"Claro. Você é baixinho."

"Sim, sou. Tanto faz."

"Você está mal-humorado? Isso não é adorável. Vá tomar um banho e vista minha camiseta. Eu não posso te dar uma carona quando você está fedorento assim. Meu nariz não aguenta."

Uggggggh, agora ele não aguenta? Nunca reclamei quando senteva no banco da frente do carro dele depois do treino de futebol. Se ele não tivesse me ajudado no bar ontem à noite, eu não teria ficado quieto.

Arc sai do banheiro e vai até o armário para pegar uma toalha nova para mim, e eu entro no banheiro sem escolha. Quando termino, ele já preparou o café da manhã na mesa.

"Ei, seu creme de banho cheira bem. O shampoo também é bom." Minha cabeça doeu tanto ontem à noite que meus sentidos não funcionaram bem.

Esqueci de contar isso a ele.

Arc estreita os olhos para mim e permanece em silêncio até eu explicar.

"Posso tomar banho aqui com frequência?"

"Vou me mudar. Irritante."

"Os vizinhos são irritantes?"

"Você é irritante." Porra, ele é tão possessivo com seu lugar privado. Mudo de assunto, incapaz de discutir.

"O que você fez? Cheira muito bem."

"Você não tem olhos para ver por si mesmo?" Seu desgraçado. Eu não deveria ter dito isso.

Considerando sua imagem rebelde, quem acreditaria que ele saberia cozinhar? Mesmo sendo apenas mingau com ovos com o aroma familiar do mingau instantâneo pronto para ser servido depois de despejar água quente, acho refrescante.

"Sim, eu vi. Obrigado, de qualquer maneira." Puxo a cadeira e me sento.

"Você está vestindo roupas íntimas?"

Que porra é essa pergunta?

"Sim. Não se preocupe. Não estou usando as suas. Vou lavar suas roupas antes de devolvê-las."

Sem dizer nada, Arc se senta à minha frente e come o mingau fumegante. Como o meu em silêncio e me lembro de algo da noite passada. As palavras de Arc me confundem, mas estou relutante em perguntar.

"O que?" pergunta Arc com conhecimento de causa.

"Ah... Nada."

"Você está olhando para mim tantas vezes que seus olhos podem saltar. Basta perguntar." Por que ele é tão feroz? Ele não estava assim ontem.

"Lembro-me da noite passada. O que há comigo como sua pessoa?"

Arc solta um suspiro e nossos olhos se encontram novamente.

"Você é meu pupilo. Isso significa que você é minha pessoa."

"E quanto a Yeepoon?"

"Ela também é minha pessoa. Mais alguma pergunta?"

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