07. New number, mistakes and successes.

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Quando o sol se preparava para o meio-dia Michikatsu andava pelo corredor da mansão, sentindo a textura do tatame em seus pés. Ele notavam-se os detalhes de cada canto na mansão, os desenhos nas portas relacionadas a natureza, e se atentava no som do salgueiro se rebatendo contra o vento, e os pássaros cantando.

— Yukine? — Michikatsu deu dois toques sobre a porta do quarto da mais nova. — Está acordada? Sua irmã me disse que você é a pessoa ideal para me ajudar em algo.

—O-oi…só um… um segundo — Ela ajeitava os cabelos rapidamente, queria estar apresentável. Em alguns segundos abriu-se a porta, seu sorriso tímido e seus olhos encantadores o receberam. — Desculpa a demora...precisa de algo?

— Loja de artesanato — Falou enquanto observava o Yukata rosado com flores desenhados. 

— Ah sim! Mas tem certeza que quer ir comigo? Não seria melhor ir com o Yoriichi?

— Se eu tô aqui te chamando, é porque não quero ir com ele — Ditou relutante.

"Caramba! que grosso...o quê esse cara tem de beleza tem de.."

— Vamos?

— Claro, vamos... antes que passe do almoço — Ela saiu na frente, sendo seguida por Michikatsu.

Ambos saíram da mansão, durante o caminho para a loja, o silêncio era sufocante perante a Yamazaki mais nova. Passaram por um caminho de cerejeiras, um lago e depois chegaram ao local desejado.

— É aqui — Virou-se Yukine — Eu vinha sempre aqui quando era mais nova.

— Hum.

Adentraram na loja, Tsugikuni se surpreendeu com a quantidade das coisas.

— São antiguidades incríveis — Ele relaxou os ombros, vendo cada item da loja.

— A maioria é da era heian — Alisou o tecido do yukata. — Fico impressionada, tipo, com o zelo de guardar itens de tal valia.

Michikatsu franziu a testa seguindo Yukine, que, aliás, passava em cada corredor vendo as prateleiras de antiguidades. Ele se lembrou do pedido do irmão ao vê-la saltitante.

"Por favor, aniki, leve Yukine para algum lugar, tenta entreter por algumas horas"

Nem sabia o havia dado nele por aceitar o favor, mas, concordou de primeira.

— Nossa... — o murmúrio de Yukine chamou-se atenção, ela parecia maravilhada com o objeto, seus olhos brilhavam. — Que kanzashi lindo.



Olhava o enfeite de cabelo, que tinha detalhes de flocos de neve. Ela sorria abertamente, e Michikatsu a observava atentamente. Yukine não é pequena, mas parecia frágil aos olhos dele, achava lhe uma santa, mas nunca admitiria.

Nos dias que passou hospedado na mansão, se pegava observando ela quase o tempo todo que estavam pertos. Gostava de como ela saltitava pela casa, ou de como alimentava os pardais do quintal, também da forma que brincava com Hana.

— Você gostou? — Perguntou Michikatsu.

Ela se virou a ele, com a expressão de confusão.

— Eu? — Ela murmurou novamente, se virando para o kanzashi — Eu amei, é tão...— Sua boca se curvou — lindo.

— Com licença — O Tsugikuni chamou o dono da loja — Quanto é esse kanzashi?

— 10 mil ienes, meu jovem.

— O que? — Yukine ficou ainda mais confusa.

— Vou levá-lo — ele pegou o kanzashi, e foi em direção ao lojista, entregando o dinheiro. 

LIKE THE SUN - 𝚈𝚘𝚛𝚒𝚒𝚌𝚑𝚒  𝚃𝚜𝚞𝚐𝚒𝚔𝚞𝚗𝚒Onde histórias criam vida. Descubra agora