🩸 DARK ROMANCE +18🩸
" Nada, absolutamente nada, se comparava ao negro sombrio de seus olhos. Era incrivelmente belo e malditamente fascinante como eles não refletiam nada. Em uma noite escura, sem estrelas, sem luar, apenas uma noite sombria e ang...
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Enquanto Aurora desaparecia na multidão, senti uma raiva crescente tomar conta de mim. Cada vez que ela provocava, trazia à tona sentimentos que eu acreditava ter enterrado profundamente. Tentei me acalmar, lembrando a mim mesmo do motivo pelo qual estava ali: aproveitar a festa para saciar minha fome de outra maneira.
Caminhei até o bar, o local estava lotado e o barman mal tinha tempo para respirar entre os pedidos incessantes de bebidas. Esperei pacientemente, observando a multidão, procurando um alvo. Hazel estava por perto, flertando com um grupo de calouros desavisados. Ela sabia jogar o jogo, mas sempre com um objetivo claro em mente. Nosso disfarce precisava ser perfeito.
Quando finalmente consegui chamar a atenção do barman, pedi uma dose de whisky. Enquanto esperava, minha mente vagava de volta para Aurora. Por que ela me afetava tanto? Era mais do que apenas provocação. Algo nela mexia com meu instinto mais primal.
Com o copo na mão, decidi explorar o lugar. A boate estava cheia de estudantes, todos em diferentes estágios de embriaguez. Era o ambiente perfeito para desaparecer em meio à multidão e agir sem ser notado.
Parei ao ver Fillipo perto do palco, dançando com Hazel. Seus olhos encontraram os meus, e ele levantou o copo em um cumprimento silencioso. Hazel, por sua vez, lançou-me um olhar que poderia perfurar minha alma. Ela sabia o que eu estava planejando e, apesar de nossa aliança forçada, não aprovava meus métodos.
Continuei a caminhar, meus olhos procurando outra vez por Aurora. Havia algo de errado, uma sensação incômoda no fundo da minha mente. Então, a vi novamente, perto da pista de dança, conversando com um grupo de garotas. Ela parecia estar se divertindo, mas seus olhos ainda procuravam por mim, como se soubesse que eu não estava longe.
Antes que pudesse me aproximar, senti uma mão no meu ombro. Virei-me rapidamente, preparado para afastar qualquer interrupção, mas encontrei um rosto familiar. Era um velho amigo, alguém que eu não via há anos, desde antes de minha maldição.
— Kaden? — ele perguntou, a incredulidade em sua voz clara. — Não acredito! Achei que você estava...
— Morto? — completei por ele, um sorriso sombrio nos lábios. — Não, apenas desaparecido por um tempo.
Conversamos por alguns minutos, atualizando-nos sobre os eventos de nossas vidas. Ele estava na cidade a trabalho e decidiu dar uma passada na festa para se divertir. Apesar da agradável surpresa, minha mente ainda estava presa em Aurora e no que ela poderia estar tramando.
Enquanto eu falava com meu amigo, meus olhos não paravam de buscar Aurora. Ela tinha um talento especial para mexer com minhas emoções, e eu precisava entender o porquê. Aproximei-me da pista de dança, o som da música vibrando pelo chão sob meus pés. A cada passo, a adrenalina corria mais forte, e a presença de Aurora parecia crescer, dominando meus pensamentos.
Finalmente, eu a alcancei. Ela estava de costas para mim, dançando com uma despreocupação que parecia quase artificial. Toquei seu ombro, e ela se virou, surpresa estampada em seu rosto.