A Confissão -- (parte 2 de 4)

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- Quando eu cheguei ao clímax - Katrine prosseguiu - por um breve momento eu senti a minha mente clarear, os músculos relaxarem e um senso de libertação - jamais experienciado antes - se apossar de mim. Estava em êxtase, e assim fiquei até a última latejação expelir - literalmente - toda aquela repressão de dentro de mim.

- Isso, porém, logo foi substituído pela culpa de ter cedido à tentação, e logo me vi num estado de negação ao tentar justificar-me de que aquilo fora um acidente -- não muito diferente de uma polução noturna, por exemplo -- e que eu não tinha culpa naquilo. E, como quem não está satisfeita, tentei culpar os próprios Ragazze pela minha transgressão, pois foram eles que me instigaram... me levaram a fazer aquilo, fruto de suas paixões irrefreáveis!

- E neste momento era capaz que, se eu houvesse de fato parado naquele instante, eu nem mesmo teria vindo aqui lhe relatar tudo isso. Teria aceitado a negação e jamais me confrontaria sobre tal coisa novamente - tal como muitos de nós fazemos. Mas eu não parei... a culpa me preencheu, e eu pensei em fechar a cortina, mas não o fiz. Não o fiz porque eu queria, sim, continuar olhando! E talvez seja por isso que sofra tanto... porque sou sincera comigo mesma, e porque sabia que não importava o quanto eu negasse ou tentasse projetar a culpa em outrem... nada poderia ser justificável além da minha própria falta de virtude.

- Isso não é algo para se envergonhar, Katrine - o pastor corrigiu-lhe - pelo contrário, é uma virtude deveras necessária para seguir na via correta da vida; a sua sinceridade, me refiro. Falaremos sobre isso depois... prossiga, por gentileza.

- Claro, eu agradeço - e progredindo - Tudo isso ocorreu muito rápido (em torno de uns 30 segundos), tamanha era a minha sensibilidade naquela região. Mas eles, pelo contrário, estavam apenas encetando. Após estimulá-la daquele jeito, como quem não satisfeito, ou tal uma fera absorta em desejo, ele se ajoelhou detrás dela, puxando-lhe com ímpeto a saia e enterrando sem demora o seu rosto por entre as fartas nádegas da esposa, apertando-as, cravando-a até as unhas; tudo sem retirar-lhe a calcinha, apenas puxando-a de lado. E ele a lambia com tremenda fome e vontade, intercalando - ao menos foi a impressão que eu tive da minha perspectiva - em ambos os orifícios, como se lhe fosse o maior banquete de sua vida após dias sem ter o que comer; tudo enquanto ela apoiava ambas as mãos na escrivaninha, com o rosto soerguido em prazeroso delírio desideroso.

- A ambivalência de emoções fervia dentro de mim e se projetavam em minhas próprias partes erógenas: por um lado eu ficava horrorizada e ressentida com tudo aquilo. Como tamanha luxúria e sordidez haveria de ser permitida a um casal tão devoto e respeitável como eles?! Como suas mentes sequer concebiam tanta sodomia? Mas, ao mesmo tempo, meu próprio corpo me dava as respostas, clamando por mais, esbravejando que eles também indulgessem para além, que fossem mais ousados para o meu próprio deleite voyeurístico! E eu entendi que era justamente a natureza transgressiva daquele tênue lacre de virtude que nos impede tanto - o proibido da vida - que, quando extravasado, saia de forma tão vil, animalesca, repugnante... mas que me causava tanto deleite ao olhar.

- Quase que inconscien... --não, em completa consciência! -- nesse interim eu comecei a massagear meus seios, e a esfregar minhas pernas uma na outra por conta daquela "coceira" que me afligia mais uma vez ao assisti-los. Passava-me à mente qual seria a sensação de ter um homem entre as pernas, lambendo-me daquele jeito. De início eu imaginava meu próprio namorado... mas logo, era o Sr. Ragazze que me estimulava, enquanto a Sra. Ragazze se tocava ao nos assistir - numa espécie de inversão de papéis. Sentia culpa, tremenda culpa! Parecia que estava sendo infiel! Desejava que, do fundo do meu coração, alguém me levasse à praça pública e me apedrejasse ali mesmo, tal fazia-se antigamente! Pensava em todas as consequências ruins que aquele ato poderia se metamorfosear sobre mim... mas nada adiantava. Era mais forte do que eu, aqueles meus pensamentos intrusivos; e dado o estado de lassidão mental que eu me encontrava após já ter cedido alguns segundos atrás, era como se não houvesse mais sentido em tentar resistir. "Que me apedrejassem! Já pequei mesmo!", pensava, e era um preço que estava disposta a pagar por aqueles breves momentos de luxúria.

- O gatilho para cessar todo o meu já moribundo resistir aconteceu quando, de chofre, o Sr. Ragazze alçou-se tirando o cinto e abrindo o zíper, logo mais penetrando-a bruscamente com o membro desvelado - tudo num átimo de segundo, de forma que eu mal consegui admirá-lo. Mas não importava.

- Até hoje eu não sei dizer por qual dos orifícios ele se enfiou, pois eu não tinha plena visão pelo lugar donde estava. Mas espero que não tenha sido pelo ânus, tal era a maneira voraz com que ele se forçava nela num frenesi violento - sem nem mesmo ter se lubrificado! - de virilidade e submissão! Por curiosidade, eu levei a mão ao meu próprio ânus, mas era tão sensível que, fosse esse o caso, eu não o teria aguentado daquela forma.

- A maneira que eles gemeram logo na primeira metida foi tão alta que, apesar das vozes abafadas, até eu consegui ouvir. Eles realmente estavam sedentos por aquilo, e eu quase consegui sentir em mim mesma aquele prazer, por conta da minha própria ânsia, também.

- Ele não se demorou a penetrá-la com avidez; nada de carinho ou lerdeza. Apenas força, ímpeto, vontade! E ao ver a maneira selvagem que seus rostos se contorciam, mandíbulas cerradas, o modo que ele se forçava dentro dela com as mãos firmes na cintura enquanto esta se apoiava na parede, submissa à vontade dele... tudo isso foi demais pra mim, e eu cedi, desta vez com total intento de minha parte.

Arriei a calcinha até os joelhos e, descendo a mão ao clitóris, comecei a me estimular vigorosamente, tentando emular a maneira que faziam...

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Continua...

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