Makomo, a jovem garotinha de Shin

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Notas do autor: esses capitulos são os que seriam lançados amanhã, mais como acabei adiando os de ontem não consegui dormir direito, amanhã vou tirar algumas ferias mais domingo tudo volta ao normal mores 😘



Há quinhentos mil anos, vivia uma garotinha chamada Makomo, nascida no dia 1º de fevereiro. Ela tinha apenas cinco anos e adorava brincar ao ar livre. Seus pais, no entanto, prestavam pouca atenção à menina, pois recentemente descobriram uma marca de nascença em seu pulso, algo que, segundo eles, significava desonra em nome de BIERCE.

Makomo sempre tentava interagir com seus pais, mas em vão. Até que, alguns dias atrás, encontrou um novo amigo, Simon. Eles adoravam brincar juntos e, certa tarde, decidiram ir ao bosque colher algumas rosas.

— Deixe algumas para mim também, Simon! — pediu Makomo, rindo.

— Mas não vou mesmo, hehe — respondeu Simon, gargalhando.

Simon deitou-se no chão, rindo, e Makomo fez o mesmo.

— Quando você vai me levar à sua casa? — perguntou Makomo, ainda rindo um pouco.

— Uh... Papai não deixaria... — disse Simon, um tanto triste.

— Ah, poxa... Que pena.

— Ontem, papai fez umas coisas meio estranhas comigo... — falou Simon, com o rosto confuso.

— Como assim, ele te deixou de castigo? — perguntou Makomo, igualmente confusa.

— Ele me machucou e fez algumas coisas comigo. Eu não lembro direito, mas doeu muito — respondeu Simon, quase chorando.

Makomo deu um forte abraço nele.

— Está tudo bem, Simon... Meus pais me batem também, e dói bastante. Mas vai ficar tudo bem, eu prometo — disse ela, com um sorriso reconfortante.

Simon a abraçou de novo, e depois os dois voltaram a brincar. Mais tarde, Makomo decidiu ir à praça da cidade com Simon.

— Você tem certeza de que o papai não vai brigar comigo? — perguntou Simon.

— Deixa de ser bobão, Simon. Vai ficar tudo bem! — respondeu Makomo, com um sorriso confiante.

— Eu não sou bobão! — disse Simon, e ambos começaram a rir.

Os dois passaram incontáveis horas brincando. Quando o sol estava prestes a se pôr, um homem estranho se aproximou. Ele era muito alto. Makomo não sabia quem era.

— Simon! Já falei para você não brincar com essas desgraçadinhas na rua! — gritou o homem.

Makomo ficou assustada com o grito, e Simon olhou para o homem com uma expressão apavorada. O homem agarrou Simon pelo braço, machucando-o, e o levou para casa. Makomo tentou afastar Simon dele, mas só conseguiu ouvir os choros do amigo e os gritos de seu pai. Como eram vizinhos, dava para ouvir tudo de longe, e até mesmo ver um pouco do sofá da sala pelo quarto de Makomo.

— Acho que vou dormir um pouquinho... Estou com muito sono... Espero que Simon esteja bem... — disse Makomo para si mesma.

Ela se deitou, mas ouviu sua barriga roncando. Desistiu de dormir e foi procurar algo para comer na cozinha. Makomo entrou na cozinha e todos os adultos a olharam com desgosto, mas ela não ligou. Eles sempre faziam isso e Makomo nunca entendia o porquê.

— Mamãe, o que tem para o jantar? — perguntou Makomo, faminta e cansada.

— Para você, nada — respondeu sua mãe, rindo.

Makomo pensou: "Essa bruxa me odeia mesmo, hein? Que velha chata... Vou fazer um pão com geleia mesmo."

Quando Makomo passou para pegar as coisas, sua mãe colocou o pé na frente, fazendo-a cair e ficar envergonhada. Makomo não se importou muito, levantou-se, comeu e depois foi dormir.

De madrugada, Makomo ouviu alguns ruídos. Ela se levantou e escutou sons estranhos vindos da casa de Simon. Decidiu prestar atenção e ouviu vários gritos de dor do amigo, pedindo ao pai para parar. Horrorizada, Makomo decidiu ver pelo retrovisor do banheiro o que estava acontecendo. Ela foi devagarinho até o banheiro e olhou pela janela, tentando descobrir.

Makomo ficou horrorizada com o que viu. Simon estava agachado no chão, completamente nu, no quarto dele, e seu pai dizia palavras que Makomo era muito nova para entender. Quando Simon percebeu que ela estava ali, ele se escondeu para não ser visto. Makomo, sentada no chão, chorava muito, com medo do pai de Simon estar machucando-o. E ali mesmo, chorando, adormeceu, escutando tudo.

A Maldição De ShinOnde histórias criam vida. Descubra agora