⸻ 𝐙𝐄𝐑𝐎 | prólogo.

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LETÍCIA chorava copiosamente ao ver os policiais levarem seu amado e querido irmão preso. Afinal, o que ele havia feito de tão errado para que fosse julgado dessa forma? Ele sempre foi tão bom e justo. O que havia acontecido?

Ao sair na porta de sua casa, observava os vizinhos em suas portas, julgando tudo o que estava acontecendo. Ela detestava aqueles olhares julgadores, que provavelmente iriam espalhar por todo o bairro o tal acontecimento, sem nem sequer saber direito o que havia ocorrido.

Suplicando por respostas, um dos policiais teve a gentileza de explicar a garota de quartoze anos o que havia acontecido.

⸻ O seu irmão foi acusado de roubo e tentativa de homicídio. ⸻ explicou o homem, com uma certe compaixão da menina, que ficou sem chão ao ouvir aquilo.

⸻ E... O senhor  sabe me dizer o nome de quem acusou meu  irmão...? ⸻ questionou com a voz embargada, limpando as lágrimas de seus olhos.

⸻ Hum... Acredito que seja... Wagner. ⸻ falou com uma certa dúvida ⸻ Isso! Wagner Moura.

O coração da menina se encheu do rancor. Não entrava na cabeça dela que seu irmão havia cometido crimes tão absurdos como aqueles.

Se aproximando do carro da polícia, via seu irmão envergonhado, com a cabeça baixa.

⸻ Me diz que você não fez isso... ⸻ disse quase chorando, e de maneira rápida, o rapaz negou.

⸻ Claro que não! Esse homem implicou comigo porque eu cometi um erro no trabalho e me acusou dessas barbaridades! ⸻ afirmou ele.

O irmão de Letícia trabalhava em uma joalheria, e ele afirmou que o homem havia posto algumas joias na mochila do Spanic, além de causar uma trama que fizesse parecer que o homem havia descoberto o roubo, e ao tentar denunciar o irmão mais velho da garota, tinha sido atacado por ele, para assim ter uma desculpa de denunciá-lo para polícia.

⸻ Então esse homem armou pra você? ⸻ mais uma vez, o rapaz afirmou, segurando com cuidado as mãos da irmã, mesmo com uma certa dificuldade por conta das algemas.

⸻ Eu prometo que eu vou sair dessa, e logo eu volto pra casa.

Os policiais não deram mais tempo para que Letícia pudesse se despedir do irmão, indo embora, e deixando a pobre garota sem rumo. Como ela ia passar tanto tempo longe do irmão? E como aquele homem pôde ser tão cruel por conta de um erro simples?

A tristeza deu lugar ao ódio extremo na alma da menina. Ela não conhecia o homem que havia acusado seu irmão, mas já pensava que ele era um miserável e cruel.

A partir daquele dia, ela odiava Wagner Moura.

𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐕𝐄𝐍𝐄𝐍𝐎, 𝗐𝖺𝗀𝗇𝖾𝗋 𝗆𝗈𝗎𝗋𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora