Eu não sei o que eu sinto
É como um turbilhão de emoções
Um vazio existencial
Onde só existe eu, o vazio e a lâmina
Não é um labirinto
como eu pensei que seria
É como um final de um conto de fadas
sem o "feliz pra sempre"
É como uma maldição permanente
impregnada no meu ser
Me fazendo sentir carenteVocê não pode me entender
Ninguém pode
A real é que eu odeio isso
As borboletas
Elas me mataram de tanto voar,
e eu quero voar com elas
Eu quero matá-las
e depois me calarNo fundo
eu já sabia que isso aconteceria
Só não sabia que seria tão profundo
Me pegou desprevenida,
deprimida,
carente
e esperando o meu fim.
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Antes que o blasé me domine
PoesíaEmily Dickinson, grande poeta, costumava dizer que a esperança possuía asas, fazendo a alma voar. Os poemas deste livro, porém, talvez não tragam essa leveza alada, nem façam a alma de nenhum indivíduo voar - nem mesmo a da autora. Eles não cantam...