Capítulo I

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Hoje era o dia de Clint de separar a correspondência da Torre.

Claro, até porque faz total sentido não ter alguém para fazer isso em uma "casa" com quase 15 pessoas.

Já faziam dois anos que Steve resolveu criar uma espécie de divisão de tarefas. A cada dia, era dia de alguém fazer alguma tarefa do painel colado na sala de estar. Alguém tinha que tirar o lixo, pegar as roupas sujas, lavar a louça, repor papel nos banheiros, etc. Todos os dias alguém fazia alguma tarefa, enquanto o loiro cuidava da arrumação real da casa. Ele parecia gostar disso, então todos estavam de acordo sobre isso.

Hoje, a tarefa de Clint era a de dividir a correspondência dos residentes da Torre. Não era uma coisa tão complicada, ele apenas tinha que ver de quem eram tais cartas e pacotes, e depois colocar em caixas etiquetadas com o nome de cada colega para os entregar depois. Mas, existiam dois problemas nisso: Barton odiava a tarefa, e era muita correspondência. Não era de se admirar, já que todos eles eram tratados como celebridades, mas ele odiava a enorme quantidade de cartas que eles recebiam diariamente.

Nesta bela quarta-feira, onde ele poderia estar treinando ou limpando seu equipamento meticulosamente como adorava fazer, ele estava plantado em uma cadeira na cozinha enquanto lia envelopes.

Ele estava procurando o destinatário de um envelope verde musgo (ele facilmente diria que é para Loki), mas a tarefa estava sendo bastante complicada pelo envelope não ter nada escrito. Ele olhou nos dois lados do papel, e ainda estava completamente vazio. Quando estava prestes a abrir a carta para encontrar algo escrito, o barulho do toque de seu celular o distraiu. O envelope foi deixado em cima da mesa enquanto uma mão ia até o bolso de sua calça moletom, atrás do aparelho. Com ele em mãos, o arqueiro leu o nome no visor e atendeu a chamada.

–Alô? – Ele perguntou enquanto colocava o aparelho contra a orelha, sua mão indo mais uma vez até o envelope.

–Alô, senhor Barton? É a Wanda. – A voz feminina cheia de sotaque disse do outro lado da linha, parecendo levemente apreensiva.

–Sim, sim, sou eu. Olá, querida. Precisa de alguma coisa? – Ele pergunta gentilmente, colocando o celular no ombro e o segurando contra a cabeça para usar as mãos que agora puxavam o lacre do papel que ele pegou de volta da mesa.

–Como o senhor está? Desculpe incomodar. – Ela diz. Clint finalmente abre o envelope e puxa a carta, que exibia bem grande a frase "Para Loki". –O senhor está em casa?

–Eu estou bem, e você? Não precisa se preocupar, eu não estou fazendo algo que me interessa muito de qualquer maneira. – Ele diz bufando frustrado ao ver que todo o trabalho para abrir a carta foi nulo já que era óbvio quem seria o destinatário. –Estou sim. Resolvi ficar para adiantar a minha tarefa do dia. – Ele diz fechando o envelope partido da melhor maneira antes de colocá-lo na caixa destinada ao deus da mentira. –Por que a pergunta? – O herói pergunta se recostando na cadeira para prestar atenção.

–Bom... – Ela começa. –Eu tive que sair hoje com a Nat, e não tem mais ninguém na Torre além do senhor. – Ela diz pausadamente, parecendo procurar as palavras certas para dizer. –O Pietro está doente, e não tem ninguém para cuidar dele. – Ela diz nervosamente, e Clint une as sobrancelhas confuso. –O Pietro pegou um resfriado por causa da chuva de ontem, e como o senhor está na Torre, eu queria saber se você poderia cuidar dele só um pouquinho até eu voltar. – Ela termina de uma vez só, como se um enorme peso tivesse sido tirado de seus ombros.

Pietro doente? O velocista mutante com super poderes ficou gripado por uma chuvinha? Clint não pode deixar de rir disso.

–Senhor Barton? – A ruiva pergunta do outro lado da linha, confusa com a risada do homem mais velho.

–Não, claro, posso dar uma olhada nele. – O arqueiro diz controlando a risada. –Onde ele está? Não o vi hoje.

–Ah, sim. Ele está no quarto dele. – Ela diz. –Eu pedi para ele ficar em repouso, então deve estar deitado. – A feiticeira diz calmamente, recebendo apenas um "uhum" como resposta. –Eu fiz uma sopa para ele. Está na geladeira, é só colocar numa tigela e por no microondas. Você pode dar a sopa para ele? Eu já o fiz tomar um remédio, então a sopa deve ser suficiente.

–Certo. Estou indo lá. Mais alguma coisa? – O mais velho pergunta, agora realmente levando a sério as palavras da estrangeira.

–Acho que é só. – Ela diz parecendo pensar mais no assunto. –Ah! Você pode trocar as toalhas? Eu coloquei uma úmida na cabeça dele para baixar a febre, mas já deve estar na hora de trocar. Pode fazer isso também? – A garota ainda parecia muito nervosa em pedir tanto, e o mais velho se prontificou em acalmar a mesma.

–Olha Wanda, eu já entendi o que é para fazer. Vou cuidar do ligeirinho. Quando você volta? – Ele pergunta afastando a montanha de cartas que estava à sua frente.

–Devo voltar em algumas horas... – Ela diz parecendo calcular o tempo. –Estou no mercado. Está precisando de algo?

–Hum... – O herói pensa um pouco no assunto, vasculhando suas memórias momentaneamente para descobrir se precisa de algo. –Pode me comprar um saco de batatas fritas?

–Claro! – Ela diz animada. –Agora eu tenho que ir, as meninas estão me chamando. Tchau, Clint! Obrigado por cuidar do meu irmão!

Barton não teve chance de resposta, já que a mulher desligou antes que o mesmo pudesse dizer algo.

Ele suspira antes de se levantar e ir até a geladeira, atrás da sopa citada pela ruiva. Ao abrir a caixa de metal, a primeira coisa vista foi um pote fechado, que pela cor mostrada dentro da tampa transparente, era o que ele procurava. O homem pegou o recipiente e logo depois foi até o armário, pegando uma tigela e transferindo o conteúdo do pote para ela. Ele colocou a sopa no microondas, antes de discar um minuto e fechar a porta com um 'click', vendo a pequena tigela rodar dentro da estrutura de metal.

Clint aproveitou o minuto de espera para pegar uma garrafa d'água na geladeira, a deixando descansar em cima do balcão enquanto se dirigia ao armário para pegar uma colher.

O barulho feito pelo microondas indicava que a refeição foi devidamente reaquecida, então o arqueiro foi até lá e pegou a tigela, colocando dentro da mesma a colher pega anteriormente. A tigela foi deixada momentaneamente em cima da bancada enquanto o loiro se dirigia até outro armário, o qual Steve costumava guardar remédios. De lá, o arqueiro tirou uma cartela de compridos para dor de cabeça e logo voltou para a bancada para pegar o que precisava antes de ir ao quarto de Pietro. Segurando a tigela e o remédio em uma mão e a garrafa d'água na outra, o herói se dirigiu até o quarto do homem platinado.

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Olha, essa é a minha primeira postagem então eu queria pegar uma coisa mais bonitinha. É uma merda? É, mas pelo menos agora tem mais alguma coisa deles aqui💔

São quatro capítulos, talvez eu poste um por dia, ou tudo hoje mesmo. Ainda não sei.

De qualquer maneira, desculpe pelos erros ortográficos, e também, diga o que você achou! Comente se quiser, qualquer coisa é super bem-vinda😍

Até a próxima!🤍

Sick - HawksilverOnde histórias criam vida. Descubra agora