capítulo 1: o reencontro inesperado

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" é...as vezes a vida dá dessas, mas qual é a pressa meu amor?" Eu ouvia uma pessoa cantarolar um verso da música serenata existencial

"Nosso futuro não é nenhum mistério, estaremos enterrados em algum cemitério"

"Sei que um dia vou morrer, saiba que o mesmo vale para você"

A cada verso eu ouvia os passos brincalhões se aproximarem da minha porta.

"TOC TOC" eu ouço da minha porta.

- tem alguém em casa?- uma voz familiar me chama. No entanto, continuo ignorando ela.

Na verdade, não queria que ninguém me visse nesse estado deplorável.

Deve estar um pouco confuso para você, mas posso resumir para você.

Primeiro, meu nome é Francis tenho 24 anos e moro sozinho e nesse momento tô deitado em um colchão do lado da porta, com olheiras enormes, acho que tô em uma crise depressiva...

"TOC TOC"

"Pare de bater nesse caralho dessa porta..."

- que merda..- eu resmungo, me levantando do colchão em movimentos lentos.

- tô indo, tô indo- eu tento aumentar o tom de voz indo em direção a porta no qual eu abro uma frestinha.

- qual é o problema?- eu falo evitando contato visual, olhando para baixo.

- Francis?- a voz fala meu nome me fazendo o olhar em surpresa. Era um homem mais alto que eu com o cabelo loiro desfiado em uma espécie de Mullet curto, sua orelha era acompanhada com um brinco preto complementando seu bigode acima dos seus lábios levemente rosados e seus olhos dourados.

Ele brilhava como na última vez, eu instantâneamente o reconheci.

- é você? Há quanto tempo, o que acontec-

- me desculpe, mas não conheço nenhum Francis...- eu o interrompo de forma ríspida.

- quê? Eu sou o Léo você não se lembra da escola- o loiro argumenta chocado.

Eu o reconheço, mas é melhor fingir que não o reconheço, será melhor para ele.

- me desculpa, mas realmente não sei quem você é...- eu falo fechando a porta, no entanto essa ação é interrompida por ele, me fazendo o olhar com raiva.

- eu... Sou novo aqui, então eu fiz um bolo para todos os vizinhos já que são poucos eu tô trazendo para cada um e me apresentando- ele fala coçando a nuca envergonhado.

- se você não me conhece tudo bem, meu nome é Leonardo, mas pode me chamar de Léo, é um prazer te conhecer- ele estende a mão ato no qual eu ignoro.

- não preciso de bolo, mas prazer em te conhecer- eu falo de forma séria.

- Leonardo- eu completo me recusando a chamar ele pelo apelido e após isso eu finalmente fecho a porta.

- Você não gosta de bolo de cenoura?- Léo pergunta para mim de forma amigável.

- não- eu minto- então só me deixa em paz tá?- eu falo se afastando da porta e deitando na minha cama.

Era um apartamento em forma de kitnet então minha cama ficava do lado da cozinha, era pequeno mas era um pouco confortável, bem... Antes de eu bagunçar tudo...

"Só quero dormir, não quero que Léo me veja nesse estado, só quero sumir" eu penso fechando meus olhos e dormindo

" TOC, TOC" eu abro meus olhos com dificuldade após ouvir o som da minha porta batendo.

Eu odeio azulOnde histórias criam vida. Descubra agora