Drowning |Jinkook|

2. Until He Drowns

Seokjin olhava maravilhado os peixes nadarem a sua volta, enquanto Jungkook segurava firme em suas mãos. Ali embaixo, as escamas de Jungkook brilhavam intensamente, reluzindo mesmo que nada mais fosse tão luminoso quanto ele. Era mágico. 

Era perfeito.

Depois de nadarem, Jungkook o levou até as ruínas de quando seu povo vivia na superfície e era mais prolífico. Mostrou sua casa que dividia com seu melhor amigo e depois o mostrou toda a cidade, mantendo o humano longe das vistas das sereias.

Jungkook o mostrou todos os seus pontos favoritos na esperança de ter mais tempo com o humano que estava ali há pouco mais de um mês, mas que já conhecia como se tivessem vivido sempre juntos. Na esperança do humano deixar alguma marca da sua presença naquela ilha, que a cada dia que passava se tornava mais solitária, com a aproximação da partida dele.

Ele não sabia como, ainda mais com tão pouco tempo, mas ele tinha a certeza de que jamais encontraria outro ser, fosse sereia ou humano que o faria se sentir tão completo. E talvez por isso, cada minuto que se aproximava de sua partida, tornava tudo tão doloroso.

Ainda durante a madrugada, Jungkook acompanhava Seokjin de volta ao bangalô, temendo o momento em que precisaria se despedir, já que combinaram de que Jungkook não deveria estar presente quando a guarda real chegasse para levá-lo.

— Obrigado, por tudo o que fez por mim, Jungkook. — Seokjin sussurrou, sentando-se na pequena escada que tinha na frente da construção de madeira e lona de fibra de algodão. A sereia era observadora e gostava de escutar muito mais do que falar, mas ele estava anormalmente calado. Já não havia muito mais que poderiam fazer naquelas circunstâncias.

Temendo o momento da despedida, Jungkook o puxou com voracidade e grudou seus lábios aos lábios do humano. Naquele momento, ele sabia que não tinha mais volta e se sentiu ainda mais triste sabendo que no dia seguinte, seu humano, sua pessoa não estaria mais ali. Mesmo que fosse para lutar com adagas ou caminhar na faixa de areia.

O beijo foi ficando mais intenso à medida que se empenhavam em não deixar aquilo acabar. Eles precisavam continuar e continuar. E continuar.

Em um ato de desespero, a sereia levantou e usando sua força aprimorada, trouxe o humano para mais perto sem nunca abandonar seus lábios. Ele estava quente, assim como Seokjin. O beijo afoito não desacelerou, nem mesmo quando a sereia o colocou contra a parede de madeira do bangalô e segurou firme seus cabelos, o mantendo exatamente da forma que queria.

— Jin... — A sereia sussurrou, grudando sua testa junto a do comandante. Tentando trazer um pouco de clareza para sua consciência que apesar do desejo, ainda estava tomada pela tristeza.

— Eu quero você. Quero sentir você por completo, Jungkook. — O humano sussurrou de volta. Ele tinha prometido a si mesmo que construiria as melhores lembranças com a sereia. Iria viver uma vida inteira naquelas poucas horas que ainda tinham.

Jungkook desamarrou a camisa do comandante, deixando seu peitoral a mostra, admirando a cintura esguia, a barriga tonificada, com quase nenhum pelo. Puxou a camisa pelos braços definidos, passeando com as pontas dos dedos pelos ombros largos. Notando como sua magia já tinha curado quase que completamente todos os ferimentos do humano.

O comandante Seokjin por sua vez, ocupou-se em retirar a própria calça, enquanto Jungkook puxava as amarras das cortinas, deixando o ambiente um pouco mais privativo, mesmo que a luz da lua ainda penetrasse o tecido grosseiro. Não admitiria, mas queria guardar todos os detalhes do humano apenas para seus olhos.

Jungkook voltou a beijar Seokjin, depois de despir-se, com a mesma fome e voracidade, sentindo o humano explorar e arranhar levemente suas costas. Desceu as próprias mãos até o quadril de Seokjin apertando-o levemente em desespero quando o sentiu colar o corpo ao seu. Logo o impulsionou até que ele estivesse com as pernas enlaçadas em seu quadril.