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O INÍCIOCinco anos atrás
10/03/2016Nunca tive dúvidas sobre qual carreira seguir. Meu pai era CEO de uma empresa muito conhecida na Coreia, a Libe Finanças. Ele era meu orgulho e exemplo. Desde muito novo, vi nascer em mim o sonho de me tornar CEO assim como ele. Nunca vi um sorriso maior no rosto dele como naquele dia em que falei que queria ser como ele.
Agora estou aqui, no meu primeiro dia na faculdade, junto com meu amigo Jung Hoseok. Nos conhecemos desde a escola, exatamente seis anos atrás. Assim como eu, ele também tem o mesmo sonho de se tornar CEO.
― Está preparado para essa nova jornada?
Hoseok me pergunta com um sorriso no rosto.
― Estou um pouco nervoso, na verdade, mas muito animado. É o nosso sonho, Hyung. Nossa vida não poderia estar melhor.
Respondo enquanto adentro na sala para nossa primeira aula de finanças.
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― Até que foi fácil nossa primeira tarefa. Sei que isso é só a cobertura; quando chegarmos no recheio do bolo, as coisas vão começar a complicar.
Hoseok comenta enquanto guardamos nossas coisas no dormitório para seguirmos para o refeitório.
― Você tem razão, é só o começo. Sabe, ele me lembrou um pouco meu pai, tentando enfiar algo na nossa cabeça quando éramos mais jovens.
Comento ao lembrar que meu pai sempre tirava um tempinho na agenda lotada dele para nos ensinar sobre finanças.
― Não sei como ele aguentava nós dois.
Como disse, desde muito cedo esse é meu sonho, mas também era muito jovem, então não levava as coisas muito a sério e, vez ou outra, a gente fazia bagunça, nada muito sério.
Adentramos o refeitório, que já estava bastante cheio, pegamos nossas bandejas e seguimos para comprar nossa comida.
― Não sei se é por causa da rotina que mudou, mas me sinto mais cansado do que nunca.
Falo estralando os ossos do pescoço, demonstrando meu desconforto.
― Com certeza é por causa da rotina, me sinto acabado também. ― Hoseok fala entre risos, enquanto enche sua bandeja com tudo que tem direito. ― Olha, Jimin, o cara que eu te falei. ― Ele emenda ao se virar de frente para mim e olhar por cima do meu ombro.
Hoseok havia me falado sobre um rapaz que ele tinha conhecido ao sair do dormitório mais cedo. Havia certa curiosidade na forma de falar sobre ele.
Esperei alguns segundos para me virar e olhar. Não queria dar muito na cara que estava o olhando. Mas, ao me virar, senti meu estômago contorcer. Era o cara mais lindo que já vi na vida. Cabelos pretos, na altura das orelhas, tinha ombros largos, provavelmente malhava. Sabia reconhecer, pois também costumava visitar a academia.
Usava uma camisa também preta, com mangas médias que mostravam claramente seu braço coberto de tatuagens, piercing no lábio e brincos nas orelhas.
Como se sentisse que alguém o observava, ele levantou o rosto e me olhou diretamente nos olhos. Me virei na velocidade da luz, peguei minha bandeja que já tinha minha comida ― provavelmente Hoseok colocou para mim ― e voei para a cadeira mais distante possível, de costas para ele. Estava morrendo de vergonha e meu rosto queimava.
Com certeza estava vermelho como um tomate.
― Fala aí, você viu? ― Hoseok veio logo atrás de mim, falando meio exasperado. ― Ele é ou não tudo o que te falei?
― Com certeza eu vi, e aquele braço dele, senhor. ― Falei revirando os olhos, não de um jeito desagradável. ― Ele é muito lindo.
― Demais, meu amigo, mas o que é incrível para mim é... ― Ele aproxima o rosto de mim por cima da mesa para falar. ― Como ele conseguiu entrar na faculdade? Sei que aqui eles são bem rigorosos. Eu, pessoalmente, não tenho nada contra suas tattoos, nem nada, mas...
Ele fala sem completar a frase, algo que é a marca do Hyung.
― Ele deve ser filho de um ricaço. Fiquei sabendo que o diretor daqui não é muito certinho não. Mostrou a grana, ele amolece, então acho que... ― Corto minha própria fala no meio ao olhar o rosto do Hyung. Ele olhava além de mim, e no rosto tinha uma expressão assustada.
Não precisou de muito para saber o que estava acontecendo.
― Você está certo, pequeno. Meu pai é mesmo estribado, e talvez ele tenha subornado o diretor para que eu pudesse ficar aqui. Isso te incomoda?
Pequeno? Pequeno é meu pé.
Odeio quando me chamam assim.
O moreno sentou na cadeira que estava do meu lado enquanto falava. Eu não tive coragem de olhar para ele, então continuei comendo sem fazer caso da presença dele.
Como quem queria minha atenção, o moreno pegou uma fruta na minha bandeja e comeu um pedaço olhando para mim, enquanto batucava os dedos na mesa.
― Você não me respondeu, pequeno. Isso te incomoda?
De novo esse apelido? Se ele continuar me chamando de pequeno, vou socar esse rosto bonito.
Bonito não, horroroso, horrível ele.
De repente, me senti como se não pudesse ignorá-lo. Levantei meus olhos e o encarei. Ele não desviou os olhos dos meus. Ficamos assim como que por horas ― mas não passou de minutos. ― Então desviei meus olhos, olhei para Hoseok quase como um pedido de socorro e me levantei indo para o quarto, deixando a bandeja com tudo lá. Mas era como se apenas meu corpo estivesse indo e minha alma tivesse ficado na cadeira ao lado do moreno.
Me joguei na cama olhando para o teto.
"É nessas horas que eu queria ser uma avestruz, e enterrar minha cabeça na areia." Pensei, e eu ainda estava com fome.
― Qual é, Jimin, não fode com tua própria vida. ― Falei comigo mesmo.
Eu poderia ter escolhido um lugar melhor para fofocar sobre o cara.
Me levantei, peguei minha carteira e fui até o mercadinho do outro lado da rua, pois ainda estava com fome.
Não voltaria ao refeitório tão cedo.
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É isso pessoal, mais um cap entregue,
deixe aquela estrelinha marota e
comentem o que acharam desse
capitulo.

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𝑭𝒊𝒐 𝒗𝒆𝒓𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐 𝒅𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒐 - 𝒋𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌 [⚡] (concluída)
FanfictionPark Jimin, 25 anos, jovem que ver sua vida mudar por completo quando seu pai sofre um grave acidente, e fica impossibilitado de se quer andar. Seus planos mudam por completo. Mas seu passado ― conturbado ? ― anda atrás de si, como uma sombra inopor...