𝑭𝒊𝒐 𝒗𝒆𝒓𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐 𝒅𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒐 - 𝒋𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌 [⚡] (concluída)

2️⃣2️⃣

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NÃO CONVERSAMOS

Quando todo aquele tesão e excitação passaram, vi com clareza a realidade em que me encontrava.

A culpa veio forte contra mim, e as lágrimas também.

Ainda não tinha levantado para me limpar, nem ele; na verdade, ele estava deitado ao meu lado de olhos fechados enquanto seu braço descansava em minha cintura.

― Jimin? ― chamou ao me ouvir chorando. ― Você está chorando? Jimin, meu Deus, eu te machuquei?

― Não ― fui rápido em responder ― você não se dá conta do que aconteceu?

Respirei fundo depois de perguntar.

― Nós transamos, Jimin, foi isso que aconteceu.

Ele falou calmo.

― Exatamente ― levantei abruptamente da cama, pegando minha cueca box e vestindo-a em seguida. ― NÓS TRANSAMOS! ― gritei para ele. ― Isso não era para ter acontecido.

Finalizei falando mais baixo.

Ele também levantou fazendo o mesmo que eu.

― Eu sei, não foi para isso que vim aqui, Jimin, mas... Poxa, aconteceu ― ele falava tão calmo, que só me deixava mais irritado. ― Isso só mostra o quanto sentíamos saudade um do outro.

Eu ri sem alegria.

― Vai embora, Jeon.

― O quê?

Ele pareceu surpreso.

― Por favor...

― Não, não vou antes de conversarmos. Não vim aqui para acabarmos na cama, Jimin, vim aqui para conversar, e não vou embora sem fazer isso.

Ele falava de forma exasperada, aumentando o tom de voz, ficando com o rosto vermelho.

― Não estou com cabeça para conversar agora, por favor, Jeon, depois a gente se fala. Só vai, ok?

Ele respirou fundo, pareceu pensar um pouco e assentiu sem vontade.

― Vou deixar meu número aqui ― falou enquanto tirava um papel branco da carteira que estava na calça antes de vestir. ― Quando estiver pronto para conversar, me liga.

Ele esperou uma resposta que não veio, assentiu de novo e virou as costas para ir embora, mas parou no meio do caminho.

― Não era para ter sido assim, pequeno, me desculpa. Não vou dizer que me arrependo, porque seria mentira, mas eu realmente vim aqui apenas para conversarmos.

Se virou e foi embora. Não o segui, apenas peguei meu celular e mandei uma mensagem para a única pessoa que poderia me ajudar naquela hora.

Também não esperei resposta, apenas corri para o banho.

Quando ouvi baterem na porta, me levantei correndo para atender, já sabendo quem estava lá.

Mal abri a porta direito e logo o puxei para um abraço.

Me permiti chorar e colocar para fora tudo que tinha dentro de mim.