☯︎ ᴍɪɴʜᴀ ᴜɴɪᴄᴀ sᴀʟᴠᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ✩

Amor a primeira vista (?)

[🌑]

Era mais um dia normal para mim, Suguru Geto, estava na parte da manhã, eu podia sentir a luz do sol ultrapassando a cortina do meu quarto e iluminando de uma forma desconfortável minha face, demonstrando que já era hora de acordar, coisa que eu realmente não queria.

Eu sou um garoto que estava num colégio de período integral, mas isso não é importante para mim, eu realmente não gostava de acordar por conta da minha família, bom, ou apenas do meu pai.

Sou um garoto com muitos problemas com o meu pai, acabo sofrendo agressão e coisas do tipo desde pequeno, apenas por ser homossexual, supostamente nunca fazer nada direito e por ter o costume de deixar o cabelo crescer desde criança. Meu pai já pensou até mesmo em abusar de mim, não pensou como fez isso, meu único trauma. Isso fez eu ficar com depressão desde pequeno, eu chorava o dia todo no meu quarto, até mesmo na escola também, já que eu sofria bullying por ser gay e por ter cabelo grande, mas eu nunca vi nada demais na parte de meus cabelos, eles são meus e eu os prefiro grandes, combina mais comigo, mas ainda fazia um virar motivo de chacota, isso acabava tanto comigo, já até mesmo tentei me matar diversas vezes por conta da agressão, a dor psicológica causada em mim e os comentários maldosos recebidos.

Eu realmente não consigo me importar mais com a minha vida, se ninguém realmente se importa comigo, eu não preciso me importar comigo mesmo e com as outras pessoas, afinal, nunca tive amigos, nunca tive ninguém ao meu lado, não tem motivos para eu ficar vivo, sofrendo dessa forma horrível.

Tirando tudo isso de lado, já era 7:45 da manhã, eu estava totalmente arrumado, apenas estava tomando meu café da manhã em silêncio, aproveitando que meu pai não estava acordado, já que ele havia trazido mulheres para cá, claramente ficando e bebendo com todas, era possível perceber por conta das vestimentas íntimas jogadas no chão, as garrafas de bebidas e até mesmo camisinhas, que nojo, apenas isso.

Terminei de me alimentar rapidamente, subindo ao meu quarto e indo direto ao banheiro, escovando os dentes novamente e arrumando meu cabelo, havia deixado os fios morenos completamente soltos, apenas com um pequeno coque no topo, mas com pouco cabelo, e alguns fios e eram minhas pequenas franjas na frente.

Sai do cômodo em seguida, pegando minha mochila, dinheiro, celular e fones de ouvido, colocando tudo nos bolsos da minha calça, logo saindo de meu lugar de conforto e saindo rapidamente de casa, já que tinha ouvido meu pai acordar, não queria ser parado por ele apenas para ouvir reclamações que vão me fazer desabar em lágrimas.

Estava uma paz a trajetória até o maldito colégio, coisa que já não era muito normal, mas ignorando totalmente aquilo. Eu atravessei a última rua, quase mesmo sendo atropelado, mas por conta de estar de fones, ignorei totalmente o senhor que havia descido do carro apenas para falar bosta para mim.

Eu entrei naquele local e já senti que iria morrer ali mesmo, não sabia o que era pior, minha casa ou a escola, acho que a escola é a opção menos pior. Me dirigi até minha sala, adentrando no local e indo direto a última cadeira em um canto específico, fazendo eu sumir totalmente do campo de visão do professor.

Havia começado a aula de um professor insuportável, eu apenas coloquei meus fones novamente e fiquei observando a sala, que não respeitava o mais velho a frente, apenas ficam fazendo bagunça, clássico de todo sempre. Eu poderia observar duplas ou até mesmo grupinhos olhando para mim e rindo, até mesmo apontando o dedo na minha cara, que puta humilhação.

Em um momento específico, todos calaram a boca depois de ouvir batidas na porta, o professor foi abrir, obviamente, logo dando espaço para um novo aluno entrar nesse inferno, mas oh, Deus, quem era aquele ser divino a frente, aquele deus de outro universo, cabelos platinados com uma leve coloração de roxo nas pontas e na raiz, olhos com tons de azuis infinitos, um brilho deslumbrante naquelas orbes com azuis infinitos, aqueles olhos da cor do céu, a coisa mais linda que ele já havia visto, óculos escuro redondos em sua mão e um sorriso enorme em seu rosto, e que sorriso perfeito, igualmente ao seus olhos, a parte principal que os meus olhos pequenos, inchados, de orbes escuras e sem brilho algum. Nossos olhos se encontraram rapidamente, como se a gente se conhecesse, fazendo um arrepio percorrer pelo meu corpo, o vendo se aproximar cada vez mais, aquele deus de outro mundo que estava sentado ao seu lado era Satoru Gojo, novo estudante do colégio.