‧₊˚ ⋅* ‧₊Introdução‧₊˚ ⋅* ‧₊

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    Catrina é uma boa moça, que em breve se tornará uma linda rainha dos sofrimentos, filha de Lúcifer e Lilith. Catrina sempre teve todo o poder e toda a riqueza no mundo dos demônios, e não era simplesmente um inferno, era um mundo onde demônios tinham famílias e reinos, porém, todos eram maldosos, secos; existia solidão e tristeza. Famílias não se amavam como deveriam, se odiavam, casais sem amor e filhos sem carinho se tornavam filhos sem coração, prontos para roubar almas dos humanos. Em um campo de lavas, vários demônios se juntavam todas as noites para ver as almas dos humanos que já haviam morrido e sido levados ao inferno, com a ajuda de influências malignas dos seus próprios públicos. Catrina, ainda criança, via as almas gemendo de dores e de angústia. Ela era a única dentre vários demônios crianças que se escondia nos braços de sua mãe Lilith para não ver todo aquele show de horror. Todos julgavam os reis por terem uma filha estranha, que tinha medo de ver almas sofrendo, mas ninguém falava nada, já que ela era a princesa e filha dos reis; só julgavam com o olhar.
    

      Chegando em seu aniversário de 18 anos, faltando 5 dias, Catrina teve uma discussão com seus pais. Ela se sentou na enorme sala do palácio, chamou seus pais e disse:
- Pai, mãe, meu aniversário está chegando e eu não quero participar dessas coisas, eu não quero me tornar a rainha dos sofrimentos.
Seu pai, já furioso, olhou para ela e disse:
- Então o que você quer, quer se tornar humana?
- Na verdade..., eu quero. Eu vejo a vida deles, eles se amam, e eu queria muito saber o que é o amor. Eu tento esconder isso de vocês, mas não consigo mais suportar esse fato. Toda noite, quando vejo aquelas almas sofrendo, sem terem feito nada, apenas por terem ouvido os demônios, sendo que isso é injusto. Quem deveria morrer são aquelas pessoas maldosas, mas não, tanta gente que tinha família acabou morrendo ou se matando por influências malignas, sem a necessidade de ser uma pessoa ruim. Por que a gente não pode fazer ao contrário, ajudá-los ou sei lá, estou cansada disso. Então, quando eu for para o mundo dos humanos, eu quero ajudá-los, não matá-los ou fazê-los se matar e acabar naquele campo.
Sem pensar muito, Lúcifer deu um tapa bem forte em Catrina e ela quase caiu, dizendo:
- Como você ousa dizer isso? Você não tem noção, é uma ridícula. Eu sabia que você não prestava para nada, mas sua mãe insistiu que era uma fase.
- Calma, Lúcifer.
- Cala a boca, Lilith. A culpa é sua. Você não controlou essa garota. Olha as barbaridades que ela está dizendo.
- Pai, me escuta - disse Catrina aos prantos.
- Eu não quero saber. Você vai fazer o que nasceu para fazer.
- Não, eu não vou.
- O que você disse?
- É isso. Eu não quero isso para mim.
- Ahn, garota.
Catrina viu seu pai indo em direção a ela com um chicote, então ela correu o mais rápido que pôde. Ela entrou no mundo dos humanos com seu poder. Lúcifer correu o mais rápido possível atrás dela, mas ela conseguiu fechar o portal que tinham com o poder que havia praticado há anos. Parecia que ela já sabia o que queria.
Faltando um risquinho para fechar o portal, Lúcifer disse:
- Eu vou te achar, sua aberração. Vou fazer você queimar como eles!
Catrina se viu caindo lentamente ao chão, viu as nuvens e começou a ver cidades e cidades. Ela caiu em um beco, dentro de uma lixeira. Ela saiu da lixeira, estava machucada, seu cabelo vermelho e grande reluzia ainda mais com a luz do sol. Ela estava com um vestido rasgado vermelho, assustada e não sabia para onde ir. Sentou no chão em um canto e chorou.

Meu Humano FavoritoOnde histórias criam vida. Descubra agora