VINTE E DOIS

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Após a reunião com o advogado, Minnie pegou uma carona de volta até a faculdade para buscar seu carro e ir para casa, indo direto para a cama. Ela se mexeu e se revirou, mas por fim acabou adormecendo. Ela acordou sobressaltada por volta das nove, respirando pesadamente e levando as mãos ao rosto. Outro pesadelo sobre Miyeon na prisão.

Desta vez, elas estavam separadas por uma cerca de arame, segurando as mãos através dos pequenos buracos na contenção. De repente, Minnie sentiu uma força puxando-a para trás, e por mais que lutasse, não conseguia se libertar. Miyeon também foi puxada por dois guardas penitenciários atrás dela.

Miyeon implorava pela ajuda de Minnie, mas ela não conseguia responder. Ela tentou, mas toda vez que abria a boca, nenhum som saía. Então, de repente, tudo ficou escuro e ela sentiu como se estivesse caindo. E foi quando acordou com um sobressalto.

Minnie respirou fundo, correndo para acender a luz e se convencer de que tudo não passara de um sonho. Assim que se acalmou e garantiu a si mesma que estava segura, ela se deu conta de que não conseguiria dormir naquela noite.

Então ela foi dar uma caminhada. Claro, sair no meio da noite, em Seul, sozinha, provavelmente não era a melhor ideia. Mas Minnie era assim, e agia por impulso. Então, calçou os sapatos e silenciosamente saiu do apartamento para ir tomar um ar fresco.

Sua caminhada tomou um rumo dramático quando ela encarou o parque do outro lado da rua. O mesmo parque onde ela havia repreendido Miyeon por colher as flores, e onde ela a havia encontrado na floresta debaixo da chuva forte. Ela respirou fundo, uma ideia lentamente se formando.

Ela caminhou pela rua. Por sorte, sabia exatamente onde encontrar o que precisava, e se caminhasse em um ritmo acelerado, poderia chegar lá a tempo. Seus tênis gastos a levaram rapidamente pela calçada e, eventualmente, ela acabou no lugar exato onde deveria ir.

Depois de comprar mais do que o necessário, Minnie decidiu pegar um táxi de volta em vez de ter que carregar tudo até lá. Dez minutos depois, ela se encontrava nos fundos do parque, onde Miyeon havia colhido as margaridas.

Minnie cavou. Ela limpou a área onde as margaridas haviam crescido antes. Segurando o conjunto de flores que comprou no viveiro, ela cuidadosamente as plantou ao longo da curva da calçada, certificando-se de que as amarelas estivessem orgulhosamente expostas no meio.

Antes de Miyeon entrar em sua vida, se alguém dissesse a Minnie que ela estaria plantando flores à meia-noite, ela gargalharia e pensaria que era uma piada. Mas agora, ali estava ela. Miyeon trouxera espontaneidade para sua vida, e agora Minnie se via fazendo coisas que nunca pensou que faria. E aproveitando-as.

Uma hora depois, todas as flores que comprara estavam plantadas ordenadamente no pequeno canto. Talvez essa fosse a maneira distorcida de sua mente de compensar ter gritado com Miyeon por causa das margaridas, mas de qualquer forma, isso a manteve ocupada por um bom tempo.

Ela se afastou e admirou o pequeno jardim que criara, desejando que Miyeon pudesse estar lá para vê-lo. A tailandesa se lembrou de quando disse à garota que o amor não era sobre posse, mas sim sobre apreciação.

Olhando para trás agora, Minnie odiava o fato daquela afirmação ser verdadeira. Porque, droga, ela poderia apreciar Miyeon, não importa o quão longe a garota estivesse. Mas ela a queria ali. Com ela. E no momento, aquilo não era possível.

Ela se sentou no banco por um tempo, apenas admirando seu trabalho. Não percebeu quanto tempo tinha passado até que um raio de sol apareceu sobre as árvores e quase a cegou. Suspirando, ela decidiu que, embora tivesse aula naquele dia, merecia um dia de folga.

No momento em que entrou pela porta do apartamento, suas três companheiras se aglomeraram ao redor dela.

“Onde diabos você estava?” Yuqi olhou a garota de cima a baixo para ter certeza de que ela estava bem.

Yellow | MIMINOnde histórias criam vida. Descubra agora