EPÍLOGO

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“Sim, mãe,” Minnie revirou os olhos, olhando para a garota no banco do passageiro. “Acabamos de chegar na cidade. Estaremos aí em breve.”

“Você a verá, mãe, eu te disse,” Minnie mordeu o lábio e olhou para Miyeon. A coreana sorriu suavemente. “Tá bom, mãe, preciso dirigir. Te vejo daqui a pouco.”

Minnie riu de leve depois de pressionar o botão no painel para encerrar a ligação, indo entrelaçar os dedos aos de Miyeon com a mão livre.

“Você parece nervosa,” a mais velha inclinou ligeiramente a cabeça, deixando suas ondas soltas caírem pelo ombro. “Você está nervosa?”

Minnie deu de ombros e voltou sua atenção para a estrada, seguindo a rota familiar para a casa de sua infância. “Um pouco, sim. Mas não tenho razão para estar.”

“Vai ser divertido, certo?” Miyeon traçou distraidamente os dedos ao redor de seu pulso.

“Claro,” Minnie sorriu. “Você vai conhecer minha família de loucos.”

A menina mais velha riu e virou sua mão, traçando círculos em sua palma.

Semanas haviam se passado desde a absolvição de Miyeon. As estações tinham mudado, deixando uma leve camada de neve sobre Seul. Em Gwangyang, no entanto, a temperatura estava praticamente perfeita. Estava confortável lá fora, não importava o que você estivesse vestindo.

Depois de ser libertada, Miyeon foi obrigada a começar consultas de terapia de rotina. No início, ela estava hesitante. Mas com a insistência de Minnie, e o passar do tempo, as visitas quinzenais começaram a mostrar progresso.

Ela nunca voltaria a ser cem por cento do que era antes. Mas, como sua médica dizia, sempre havia espaço para evolução.

O relacionamento com Miyeon era uma das principais preocupações de Minnie. Ela conversou com a terapeuta da garota logo no início, disparando pergunta após pergunta para a mulher de meia-idade.

O que ela obteve disso foi uma lista interminável de termos médicos, que basicamente explicaram a Minnie que sim, Miyeon era capaz de amar. E tudo bem quanto a ter um relacionamento, desde que as coisas fossem levadas devagar e Miyeon estivesse bem ciente de para onde as coisas estavam indo.

Miyeon estava ciente. Definitivamente ciente. Quando Minnie discutiu o futuro com ela, foi recebida com uma Miyeon tagarela, falando sem parar sobre como nomeariam seus filhos e de que cor pintariam a casa. (Amarelo, obviamente.)

A ideia de passar o resto da vida com aquela garota dava borboletas no estômago de Minnie sempre que pensava no assunto. Mas ela podia esperar. Quanto mais pessoas ela conhecia diariamente, mais percebia o quanto precisava de Miyeon.

E agora, aqui estavam elas, semanas depois, de mãos dadas no carro a caminho da casa de sua infância. A mãe de Minnie havia convidado sua “namorada misteriosa” e ela para passar o Natal com eles.

Então sim, Minnie estava nervosa. Extremamente nervosa. Ela não tinha ideia de como seus pais reagiriam quando descobrissem quem era a garota misteriosa. Porque, até onde sabiam, ela ainda odiava Miyeon com todas as forças.

Yellow | MIMINOnde histórias criam vida. Descubra agora