Look At You & Look At Me | JenSoo G!P

🐻Capítulo 23🐰

Depois de meia hora, Jennie finalmente avistou a entrada de sua casa, depois de correr feito uma idiota, não era como se suas mães fossem embora, mas ela precisava descansar e aquela dúvida não a deixaria ir embora. Provavelmente foi estúpido, é mais que óbvio que nada disso estava certo, mas ela estava curiosa demais para o seu próprio bem e precisava saber de tudo.

Ela abriu a porta sem mais delongas, uma batida foi ouvida por toda a casa, Chaeyoung que estava no sofá lendo pulou.

- Ei! O que está acontecendo?

- Qual seu problema, Mãe? – Jennie perguntou diretamente, não tinha nenhum argumento para sustentar, apenas suposições em sua cabeça, mas ela já havia jogado fora a pergunta, não podia voltar atrás.

- Do que você está falando, Jen? Aconteceu alguma coisa na escola?

- O que aconteceu é que você mentiu para mim.

- O que é esse escândalo? – A mulher de cabelos negros desceu as escadas, confusa.

- Sua filha que está me atacando sem motivo.

- Ugh, você também está nisso. Não preciso saber porque é verdade. E quer saber, vou te contar diretamente.- Naquele momento as palavras dela não faziam nenhum sentido, na verdade ela sabia disso, mas ela só queria a atenção de ambas para a próxima coisa que dissesse. - Eu gosto de Kim Jisoo.

- O que você está dizendo?

- Jen, ela te forçou a fazer alguma coisa? Ahg, aquela mulher, eu falei para ela não falar mais com você...

- Merda! Era verdade? – Ela olhou para elas surpresa, talvez sua intuição fosse muito boa. - Eu sabia que Kim não estava falando sério, mas ainda estou com muita raiva das três.

- Jennie, acalme-se. Não sei do que você está falando agora. - Lalisa falou com calma, aproximando-se da filha.

- Não, não, desde que voltamos da casa da Jisoo, você tem agido de forma estranha, sempre verificando onde estou, e se não estou falando com ela. Bem, droga, deixe-me dizer que por causa dela, ela me fez chorar como uma idiota por semanas.

- O que te fez?

- Ela quebrou a porra do meu coração, foi o que ela fez.

- Park Jennie, olhe a boca. Eu não te ensinei a falar assim, muito menos na nossa frente. - A morena a repreendeu, seu queixo estava um pouco tenso com a carranca. -.Eu estava chateada. Eu disse àquela idiota que se ela falasse com você de novo eu iria denunciá-la, terei que fazer isso.

- Vamos ouvir nossa filha primeiro, o que você acha? – Lalisa sugeriu, ela não tinha vontade de ter as duas mulheres brigando, isso daria errado.- Minha querida, você poderia me explicar o que acabou de dizer, por favor.

- Bom. Mas preciso que você me conte a verdade mais tarde.- As duas mulheres se entreolharam e concordaram. - Gosto da Kim há anos, finalmente encontrei uma desculpa para vê-la mas as coisas saíram do controle. Porque caramba, aquela mulher é muito gostosa.- O rosto de Chaeyoung enrugou um pouco ao ouvir isso. - Só estou dizendo, mas bom, descobri um certo detalhe sobre ela e as coisas foram mais longe. Jisoo não fez nada comigo, fui eu mesma que fui até  ela.

- Merda, ouvir minha filha sugerir fazer sexo é pior do que eu pensava... - A mulher de cabelos negros murmurou com tato, ela não queria falar muito. - Jen, você não pode dizer que foi você, ela é mais velha, deveria estabelecer seus limites e não o fez. O que aconteceu está errado.

- Eu sei. Sei que não é bom, mas gostei. - Suas bochechas estavam adornadas com um leve vermelho enquanto ela evitava o olhar de suas mães - M-mas não é isso que importa agora, é que estou realmente apaixonada por aquela mulher, é inexplicável, eu também não entendo. Achei que ela ficaria brava ou  bem, alguma coisa assim, ela gritou comigo, mas eu não fiquei brava, eu sabia que tinha alguma coisa errada aí. Não acredito que realmente tiveram participação nisso tudo...

- Não sei como você esperava que eu reagisse quando ela me contou isso, porque eu não sabia, fiquei chateada porque não imaginava o quão irresponsável a Kim continuava sendo, e caramba, não é a primeira vez que ela faz isso - Chaeyoung falou bufando.

- D-do que você está falando? – Essa última frase a deixou na dúvida e com medo da resposta.

- Kim quando adolescente e durante a universidade, ela tinha essa pequena fama de mulherenga e era entediante quando eu ia ainda pequena para ajudá-la porque várias meninas queriam bater nela, ela não estava errada, ela era uma idiota. - Ela tocou a têmpora com dois dedos. - Foi um saco repreendê-la, porque era sempre a mesma coisa, ela ia com uma e terminava com outra. Além disso, não é a primeira vez que ela quase engravida alguém, é a segunda, eu acho. Não me lembro de nada disso em detalhes agora.

- Segunda vez? Do que você está falando Chae? - A morena suspirou, ela não tinha contado isso para sua esposa e não tinha certeza se contaria, mas contou.

- Jisoo quase engravidou nossa filha.

- Quê?!

- Como sabe isso?

- É verdade?! - A mulher de cabelos negros estava num turbilhão de emoções, toda confusa, ela não sabia disso, e a resposta da filha praticamente confirmando o ocorrido só piorou a situação. Mas uma lembrança me veio à mente.- Lembro-me de algo parecido.

- Que coisa? - Dessa vez foi a morena que ficou confusa, ela lembrou que Jisoo  tinha falado isso para ela.

- Jisoo, ela me procurou. Ela estava um pouco agitada, acho que ela veio correndo e me deu um teste de gravidez positivo, duvidei de quem era, lembro de perguntar a ela como isso era possível porque, bom, não tinha como. Depois que ela me bateu na cabeça, ela me disse que era de uma garota com quem ela fez sexo, depois de me dizer umas mil vezes que ela era um idiota, ela me disse que cuidaria disso porque é responsabilidade dela.

- Kim tem filhos? – Chaeyoung perguntou, algo que a mais nova delas também estava prestes a perguntar.  - Ela nunca me contou sobre isso.

- Ah, não, não tem. Deixe-me terminar, depois que seu suposto filho nasceu ela me perguntou se eu poderia ajudá-la com um teste de DNA, eu fiz e descobri que não era seu filho, a verdade é que em vez de ficar feliz ela ficou decepcionada, mas ela simplesmente aceitou. Ela também duvidava muito que fosse dela, realmente não fazia muito sentido. - Ela viu Jennie relaxar.- Parte de mim sabe que se isso tivesse acontecido, e estou grata por não ter acontecido, ela teria assumido o controle total. Isso não significa que agora não tenho mais motivos para bater nela.

- Você bateu nela? – Jennie perguntou em voz baixa.

- Não sei do que falas.

- Bem, eu não sabia disso, por um momento pensei que você iria revelar o fato de ela ter um filho ilegítimo, algo saído de novela.- Ambas pareciam estar calmas, mas apenas por aquele curto período de tempo.

- Da mesma forma, você está proibida de se aproximar de Kim Jisoo. Ou até mesmo falar com ela, não vou aceitar isso.- A voz irritante de Chaeyoung ecoou no quarto onde elas estavam.

- Em um mês eu atingirei a maioridade...

- Sim, mas você está sendo irresponsável, não vou permitir que você continue com aquela mulher, e acho que ela respeitou o que eu disse a ela.

- O que você disse a ela?

- Se ela falasse com você novamente eu a denunciaria. - Até Lalisa hesitou um pouco ao ouvir isso, mas recuperou a postura.

- Se eu te ver com ela de novo, então faremos isso.

A situação era pior, ela sabia que elas iriam manter a palavra, elas nunca foram de desistir de algo, e se Kim realmente a amasse ela teria tentado falar com suas mães novamente, o que ela não fez.

E lá estava, depois de semanas, ela finalmente sentiu o coração partir, algo ilógico, mas metaforicamente era assim que ela poderia definir. O amor era uma faca de dois gumes, e a culpa era dela por ter expectativas com alguém que não poderia estar com ela, talvez se ela tivesse tentado daqui a mais alguns anos.

Quando ela estava prestes a ir para seu quarto chorar e vivenciar seu primeiro amor fracassado, a porta tocou, ela não iria abri-la, ela não estava nem perto de chorar, ela olhou para sua mãe Chaeyoung que fez sinal para ela abrir isto. Ela mordeu o lábio e com um pouco de paciência viu quem diabos apareceu justamente quando ela estava prestes a iniciar o período de mais sofrimento.

- Jisoo? - O nome ecoou em sua própria cabeça. Ela não poderia ter sido tão azarada.