A paixão de Fillipo

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   Assim como Xitãozinho não vive sem Xororó, Mallary não vive sem Fillipo Botticelli, um homem tartaruga que gosta de compor musicas, de comer e de cantar para todos na vila, mas não gosta de brigas, ele é engraçado, divertido e tem um violão muito bonito. Nosso querido bardo ganha a vida cantando em casamentos, com músicas totalmente autorais.

   Um dia, após cantar no casamento de duas fadas em um bosque pertinho da tribo dos centauros, Lucineia chega até Fillipo e faz a seguinte proposta:

-Boa tarde meu jovem!- disse Lucineia que chega até o bardo e cumprimenta ele.

-Boa tarde... eu posso ajudar?- disse Fillipo na maior curiosidade.

-Na verdade sim, eu preciso de você para algo importante...- respondeu Lucineia

-E o que seria?- a curiosidade de Fillipo aumenta

Eu, o rei e a rainha estamos organizando um casamento que vai ser a chave para o fim do conflito que durou anos de existência e eu ouvi falar que você é o melhor bardo de Mharland.- explicou Lucineia

Então gostariamos de ter o senhor na cerimonia...- Lucineia tira um saco de moedas de ouro que foi dado à Fillipo em nome do rei e da rainha.-Talvez precise dessas moedas algum dia.

Fillipo aceitou a proposta e parte na mesma hora para a tribo. Chegando lá ele fica encantado com o quão bela é a vegetação ao redor da vila, o cheiro das flores no ar e o rio cristalino que ficava do lado da vila.

Enquanto Fillipo andava até a cabana que ele iria ficar, sem querer ele acaba esbarrando no Padre Iscariote o que fez o mesmo derrubar o livro sagrado de Lótus dele e o violão de Botticelli no chão os dois foram pegar os itens ao mesmo tempo, porém ao se abaixarem o padre encarou o bardo, algo de... diferente tomou conta de sua mente.

Suas mãos suavam como cachoeiras, seu rosto apesar de verde ficava vermelho na região da bochecha, seu coração acelerava e o estômago revirava como se estivesse cheio de borboletas. Fillipo apenas conseguia encarar o padre com um olhar curioso mas ao mesmo tempo de admiração, tava na cara que ele se apaixonou por Iscariote.

-Me desculpa... eu realmente não te vi.-disse Iscariote pegando a sua bíblia que estava nas mãos de Fillipo.

-Não tem...problema, o...o erro foi meu.- respondeu Fillipo gaguejando enquanto entregava a bíblia.

Rola um silencio constrangedor até o padre dar a palavra:

-Eu to indo ler na beira da praia aqui perto mais tarde, quer ir comigo?- ofereceu Iscariote como forma de ser gentil.

-Ahh... é claro... que eu quero!- Fillipo aceita animado e ainda gaguejando.

Antes de ir pra praia os dois foram almoçar e ficaram conversando por horas, nisso Maya, que estava ouvindo a conversa, chegou no padre e começou a puxar assunto:

-Padre, já reparou que esse bardo que tu tá conversando tá te olhando de um jeito fora do normal? E você tá olhando igualzinho pra ele... parece até uma conexão via telepatia...- disse Maya percebendo a possibilidade de Iscariote também ter se apaixonado por Fillipo

-ksksks... eu também não sei irmã, eu... também não sei- respondeu Iscariote rindo com o que a Maya disse

Chegando na praia os dois se sentaram na areia, a vista era linda, a água do mar era cristalina e a brisa era muito boa. Enquanto Iscariote estava lendo com muita atenção cada palavra de sua bíblia e adorando cada história desse livro, Fillipo estava admirando o padre e aproveitou que estava com seu violão e começou a tocar uma música calma pra combinar com o momento:

-Eu amo essa música...- disse Iscariote ouvindo con atenção pois era sua musica favorita.

Fillipo cora ao ouvir as palavras do padre, mas mesmo assim continua tocando dando um sorriso de lado. Por mais que não parecesse isso era o primeiro passo para algo muito além de amizade surgir.

Os famosos contos de MharlandOnde histórias criam vida. Descubra agora