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𝓅rólogo, 𝔙isão da queda.
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48 𝔡.𝔠
Após todas as traições e a perda dos possíveis herdeiros, todos influenciados por Tyanna da Torre, o rei Maegor estava perdido. Pela primeira vez desde que subiu ao Trono de Ferro, ele se viu compelido a convocar seus vassalos, mas poucos atenderam ao seu chamado. E aqueles que o fizeram não eram suficientes para derrotar seus inúmeros inimigos.
Durante a Hora do Lobo, um período sombrio e silencioso da madrugada, os poucos que permaneceram na Sala do Trono eventualmente deixaram o rei sozinho. Maegor permaneceu ereto no trono, sua postura rígida contrastando com o cansaço profundo que o consumia. Seus olhos roxos, normalmente cheios de fogo e determinação, fecharam-se por um momento, como se fosse acometido por uma visão.
Na escuridão densa por trás de suas pálpebras, Maegor viu Porto Real. Acima da cidade, uma garota de cabelos platinados, intricadamente trançados, montava um dragão que sombreava toda a capital. O dragão, com escamas prateadas e olhos dourados, que brilhavam como brasas, era uma visão aterradora, um presságio de destruição iminente. As asas imensas da criatura se estendiam pelo céu noturno, obscurecendo a luz das estrelas e envolvendo cada rua e casa em uma penumbra sinistra e prenunciadora de catástrofe iminente.
