Perspetiva de Emma
Eu finalmente estava de volta ao meu quarto.
Já fazia uma semana desde que me encontraram. Minha infecção havia desaparecido e a acônito havia saído do meu organismo. Eu podia ouvir e sentir Eliza novamente. Fiquei tão feliz quando ouvi a voz dela pela primeira vez. Sentia muita falta dela.
'Eu também senti sua falta, Emma', disse Eliza.
Eu sorri, apreciando o som da voz dela em minha cabeça.
'Eu te disse que o Andrew e o Logan nos encontrariam. 'Eliza disse orgulhosamente.
'E você estava certa. 'Eu ri.
Espere...
Eu me sentei abruptamente.
Ela estava certa?!
Como?!
Eu tinha acônito em meu organismo. Não pude falar com ela durante dias. Como eu poderia falar com ela na caverna?!
'Nós somos especiais, Emma. 'Eliza disse baixinho. 'Eu forcei a barreira para falar com você. Mas quando senti o Andrew e o Logan te levando para casa, recuei. Precisava descansar. Forçar a barreira de acônito é difícil.'
'Mas como você conseguiu fazer isso, Eliza? Perguntei, confusa. 'Lobos não podem fazer isso.'
'Nós podemos. 'Eliza riu.
'Como?' Perguntei, ainda mais confusa do que antes.
Eliza riu e recuou de volta para minha mente, encerrando nossa conversa.
Franzi a testa. Por que ela não me respondeu? O que ela quis dizer com
aquilo?
"Emma?" Ouvi Andrew gritando meu nome.
"Sim?" Gritei de volta.
"Almoço!" ele gritou novamente.
Levantei-me com um suspiro. Eu não estava realmente com fome, mas sabia que Andrew não me deixaria pular uma refeição. Ele tinha sido insuportável no hospital. Eu não podia perder uma refeição sequer.
Entrei na cozinha e meus olhos imediatamente foram para o local onde Rolf me nocauteou. Era a primeira vez que entrava lá desde que isso aconteceu, e isso fez meu estômago se torcer dolorosamente.
Tudo voltou para mim como uma onda. Os toques de Rolf, as palavras de Sienna, meus apelos desesperados. Parecia que estava acontecendo novamente.
"Emma?" Ouvi a voz de Andrew me chamando, mas não consegui olhar para
ele.
Meus olhos estavam fixos no local onde Sienna me fez ajoelhar. Estava ficando difícil respirar. Meu coração parecia que ia pular para fora do peito. Minhas palmas começaram a suar. Um arrepio frio percorreu meu corpo.
"Merda." Ouvia Andrew resmungar.
Ainda não conseguia olhar para cima.
Um momento depois, o local no chão foi coberto pelo corpo de Andrew quando ele veio ficar na minha frente. Ele segurou gentilmente meu rosto e levantou minha cabeça para que eu olhasse para ele. Ele tinha uma expressão preocupada enquanto me examinava.
"Em?" ele me chamou novamente. "Você quer comer na sala de jantar?"
Eu acenei com a cabeça, respirando fundo.
"Ok, amor." Andrew disse, beijando minha testa. "Vá se sentar. Eu vou trazer os pratos."
Acenei novamente, virei e saí da cozinha. Tinha aquele sentimento terrível de que Rolf estava logo atrás de mim e que ele ia me pegar a qualquer segundo.
