NO TIME TO DIE. ~Tom kaulitz

Capítulo 11

                              Amara Bueno

Os dias estão chuvosos ultimamente; tudo oque eu queria, era minha família de volta; Não sei oque seria se mamãe estivesse aqui, acho que a mesma seguraria meu rosto e me dizer que tudo iria ficar bem.

Olho para os quadros da casa, onde posso ver os rostos que eu mais amei a minha vida toda até agora. A casa é tão grande quanto seu silêncio, não há ninguém além de mim e os empregados.

A chuva começar fraca e depois aumenta; vou para meu quarto pronta pra dormir, ja era noite.

Me deito em minha cama e fico me lembrando do enterro de meu Pai que aconteceu ontem. Me sinto triste, porém sei que de qualquer forma isto iria acontecer; desde muito nova tentava preparar meu coração pra enfrentar a solidão.

Entre todos esses pensamentos, eu adormeço; porém, os pesadelos começam, me vejo dentro de uma casa, e pareço estar assustada. Era um caçador vindo até mim, ele me perseguia como lobo pela presa. Eu corro sem parar!derrepente, vejo sangue pela minha roupa; eu havia tomado um tiro bem no estômago.

Eu grito enquanto caía. Tudo ficou preto de volta, sinto mãos em meu rosto, mas não era mais um sonho. Meus olhos se abrem para  oque está acontecendo.

Era ele, meu inimigo dentro da minha própria casa, Parecendo tentar me reconfortar. "Eu estou aqui amor!" ele diz tentando me acalmar

"Como assim? oque aconteceu?" digo assustada e ele responde "Você estava gritando, parece que teve um pesadelo não foi?" Os meus gritos no sonho aconteceram aqui também. Com mais calma eu pergunto "Como entrou aqui?"

"Tive que achar um lugar aonde os seus seguranças não estavam, melhor trocá-los , não estão cuidando de você direito" ele diz sarcástico

Olhei por cima de seus ombros e vi que a janela do meu quarto estava aberta, óbvio que ele entrou por lá

"então, por que veio?" digo me sentando ao seu lado; era estranho, mas parecia que eu não estava mais desconfortável com a presença dele, mesmo que deveria estar, eu não o via mais como uma ameaça. Isso é estranho!

"Eu descobri sobre seu pai naquela noite, sei o porque ele falou aquilo achando que você era sua mãe" Como é que é? Ele descobriu?!

"Me conta!!" digo intrigada e com muita curiosidade. " resumidamente, Meu pai e sua mãe eram grandes  amores um do outro na adolescência, porém ela conheceu seu pai e ficou com ele, acabaram tendo você" Ele diz olhando para o chão enquanto explicava

Tudo fazia sentido agora, como nunca pensei nisso?! "É claro; eu tive um sonho com minha mãe na semana passada; Havia um homem com ela que eu suponho que seja seu pai"

Sua fisionomia era seria! Ele realmente não estava de brincadeira, consigo ver a verdade em seu olhar; e também não iria brincar dessa forma envolvendo seu pai!

"Meu pai sempre dizia sobre uma mulher; que ele amou, porém nunca mais iria poder tê-la, eu sempre perguntei pra ele o porque, mas nunca me contou; só disse que um dia iria entender e hoje eu sei!" ele estava pensativo olhando para baixo enquanto suas mãos estavam entrelaçadas uma a outra.

"Você descobriu através de Felix não é?" pergunto do seu lado, minhas pernas estão cruzadas e também estou pensativa. "Sim, ele me contou tudo; não se importaria se eu falasse que matei ele?"

Ele finalmente olha pra mim e eu pra ele "Por um lado não; Ele tentou me assediar quando tinha 15 anos, meu sonho era ele morto; meu pai nunca acreditaria em mim por isso nunca o contei" e ele responde "Não me arrependo nem um pouco de ter feito esse trabalho por você!" ele ri e confesso que eu acompanho nessa risada; Mas era verdade, Felix era um safado! somente papai achava ele bom, tentei matar o mesmo porém era o único amigo de meu pai; foi uma das vezes que pensei mais nele do que em mim!

Pela primeira vez me sinto bem ao seu lado, nada de tão ruim. "Seu sorriso é lindo, deveria sorrir mais vezes" Ele diz ainda me olhando mexendo o pircieng com a língua

"Não começa Tom!" digo dando um leve empurrãozinho nele, estávamos brincando um com o outro; será que é um milagre?! Eu tentava voltar para minha consciência real, de que éramos inimigos e que eu tinha que odiar ele com todas as minhas forças, mas por um lado talvez ele seja como eu!

Talvez ele se sente como eu me senti; não somos culpados de nada; Somos?! "Como encontrou minha casa?" Imagino que deve ser... "O carro que vc pegou na minha garagem tem localizador lindinha, por isso eu descobri"

"Tudo bem, se veio aqui pra me contar sobre essa descoberta, muito obrigada de verdade" Digo me levantando como um sinal de que era pra ele ir embora, não deve acontecer mais nada! Ele se levanta, por um segundo achei que iria sair por onde entrou, mas eu pensei errado

O mesmo para na minha frente e diz "Vim resolver uma conta com você!" Aquele olhar profundo que penetrava a minha alma; seus olhos escuros se encontravam com os meus; eu não conseguia me mexer "Oque você quer?"

Será que essa dívida seria sobre me matar? Ele queria terminar a vingança completamente?!

"Acha que eu não sei oque disse pra mim antes de ir embora aquele dia?" antes que eu diga alguma coisa ele me interrompe "Eu quero você Amara Bueno!"