Capítulo 10

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Visenya caminhou pela Fortaleza, reunindo todas as boas lembranças que teve de sua infância. Ela virou à esquerda, um lugar que temia ver. Os retratos da família real, desde Aegon, o conquistador, estavam todos lá. A sala de repente parecia muito pequena, como se o ar mal conseguisse permanecer ali. 

A princesa estava diante do retrato de seus pais, de sua irmã e dela mesma. Sua mãe estava sentada, com uma barriga de grávida visível, e cada menina estava ao lado do pai. Foi um tempo mais simples; havia um relacionamento mais simples com o pai e a irmã. As meninas eram inseparáveis, se a mãe as visse agora ela choraria. Sua doce mãe, a doce Rainha Consorte, a doce Aemma Arryn.

Lágrimas encheram seus olhos ao se lembrar da última vez que viu sua mãe; gritando de dor e implorando ao marido para não fazer isso. Ela fechou os olhos e pôde parar de aliviar o momento, como ela foi impedida de ficar ao lado de sua mãe, como os guardas a seguraram e como seu pai começou a tratá-la. A morte de sua mãe abriu um rastro totalmente novo para suas vidas, um rastro de morte e dor.

O retrato seguinte envolvia o Rei e a nova Rainha, com seus três filhos, Daeron, ainda por nascer. Rhaenyra também estava lá com o marido e os dois filhos. O fato de ela ter sido exilada naquela época e de seus filhos nunca estarem no lugar que mantinha viva a aparência dos Targaryen fez com que suas lágrimas caíssem sem parar.

A dor dos piores momentos de sua vida voltou, suas perdas e as dores que ela teve que suportar.

"Irmã" A voz baixa se fez conhecida e Visenya se perguntou por quanto tempo Aegon esteve ali. Ela tentou enxugar as lágrimas, mas elas pareciam não se importar.

"Aegon," Ela disse entre respirações, "O que você está fazendo aqui?"

"Às vezes venho aqui. É pacífico."

"Ninguém gosta da cultura, por isso é pacífica. Ninguém realmente se importa"

"Você está chorando" Ele caminhou em direção a ela, parando ao lado dela.

"Este lugar traz muitas lembranças. Boas e ruins. Principalmente ruins" Ela continua tentando conter as lágrimas.

"Essa é sua mãe, certo?"

"Sim" Ela responde com tristeza "A única que nunca pensou que eu era um erro"

"Por que você seria um erro?" Ele perguntou, surpreso. Ele nunca pensou que alguém pensaria assim, apesar de sua atitude nada boa, ela era amada. As pessoas adoravam sua princesa por sua ação em relação ao reino e por evitar que outra Casa que sustentava a coroa caísse.

"Eu deveria ser um menino. Daí porque sou um erro"

"Nós dois podemos estar errados então" Aegon sorriu para ela, era raro ele sorrir genuinamente.

"Acho que podemos"

Ele abraçou sua irmã, permitindo que ela chorasse um pouco mais. Quando ela se recompôs, os dois saíram da sala e foram para o poço do dragão.

"Podemos simplesmente voar? Já sabemos tudo isso!" Baelon reclamou com seu pai, que estava claramente entediado encostado na parede de pedra do poço do dragão.

"É importante saber como domar as feras" Explicou o guardião do dragão.

"Eles não são feras!" Aemma reclamou, algo que não era muito normal para sua personagem.

"Eles são muito bem ensinados" Visenya se deu a conhecer, entrando com o irmão indo até as outras crianças.

"Muña!" Alyssa correu para sua mãe "Podemos voar?"

Dois lados de um espinho || Daemon Targaryen-TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora