Brandon

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Eu encosto os lábios nos dela da forma mais leve que consigo, mostrando apenas 50% do meu desejo por ela. A verdade é que quero beija-lá do modo mais desesperado e o mais depravado possível. Eu consigo me imaginar comendo ela em cima dessa moto e a chupando tanto que suas inseguranças iriam sair a cada vez que eu a fizesse gozar na minha boca. Mas Emma não é assim. Ela ter me contado tudo oque sentia me fez ficar ainda mais intrigado com ela, eu sinto que a casca de cisne branco é algo que a pertence mas não é oque ela realmente é.
Coloco a língua dentro da sua boca e ela solta um gemido que faz o meu pau acordar feroz. Nossas línguas se enroscam e quando Emma espalma a mão no meu abdômen sinto todo o meu corpo ferver, estou sendo totalmente racional mas a mão dela descendo e subindo me deixa um pouco sem raciocínio. A calmaria que estávamos em um segundo se transforma em um beijo quente e cheio de desejo. Quando percebo que estou quase tirando suas roupas e as minhas, eu diminuo a frequência e a distancio.
Seus olhos estão fechados quando eu a observo, a boca está entreaberta e um pouco inchada. Emma suspira tentando recuperar o fôlego e sair da neblina de desejo que nos envolve.

— Pode riscar isso da sua lista. — Eu digo não resistindo e dando mais um selinho em seus lábios carnudos.

— Falta outras coisas. — Diz com segundas intenções quando abre os malditos olhos azuis fascinantes e me encara como se esperasse mais. É como The Weekend fala, uma mariposa se atraindo pelo fogo. Nesse caso eu sou a porra da mariposa, eu estou louco para me queimar, louco para descobrir se Emma consegue deixar sair a versão safada que consigo enxergar nos seus lindos olhos.

— Seu irmão me mata se descobrir isso. — Largo ela e começo a ir em direção a moto. — Vamos, vou te levar de volta.

Ela parece confusa mas coloca o capacete e sobe na moto sem discutir a minha pressa para voltar.

— Valeu por tudo, foi muito legal o você fez por mim. — Ela agradece quando chegamos e vamos caminhando em direção a casa que ainda rola a festa. Apenas concordo com a cabeça pensando na burrada que fiz. Emma para abruptamente no gramado e eu me viro para olhar oque aconteceu. — Está arrependido? foi um beijo ruim? — Ela pergunta tão insegura que está quase chorando.

— Não. É só que você é apenas uma garota, seu irmão é meu amigo e me pareceu errado ficar com tanto desejo em você.

— Eu não sou uma garota. — Ela diz chateada.

— É sim, Emma. As pessoas estão certas quanto ao fato de você ser uma menina tímida e inocente. — Minha intenção não é ofender, é apenas afastar ela mas pela cara da garota, eu a ofendi e muito.
Emma abre a boca duas vezes como se fosse falar algo mas apenas passar por mim e da uma ombrada irritada. — Ei! — Eu seguro seu braço me sentindo culpado por magoá-la.

— Me larga! Você nem me conhece. — Ela diz irritada e se solta novamente entrando na casa. Respiro fundo e entro logo em seguida.

Vejo Emma passar direto em direção a cozinha e eu me jogo no sofá derrotado ao lado de Dexter que me olha confuso.

— Aconteceu alguma coisa? — Meu amigo me pergunta.

— Eu beijei ela. — Digo só porque não sei oque fazer e estou me sentindo culpado para caramba.

— Puta merda! Ela não é essas meninas que você pega cara, ela é irmã do Mike! Que por sinal você gosta e considera muito — Sinto todo o peso da culpa sobre meus ombros.
Mike e eu nos conhecemos antes da faculdade, para ser mais exato em umas ferias de verão. Meu tio não aguentava a minha presença por muito tempo quando chegava as ferias e ele sempre me mandava para algum acampamento idiota que fosse me ajuda nos estudos, no ultimo ano do colegial eu fui para um de francês que era apenas para meninos. Mike era um saco, engomadinho demais e estudioso demais. Porém em uma noite de completo tédio o cara me tirou uma garrafa de vodka que tinha transportado para dentro do nosso quarto e paguei totalmente com a língua porque ficamos bem amigos nesse mês. Alguns meses depois a surpresa, universidade juntos e mesma turma de premed.

— Não vai acontecer novamente, eu só meio que fiz para ajudar ela. — Minha mente grita "mentiroso" lá no fundo.

— Ajudar? Você é oque agora, a porra de um santo? Olha cara é melhor você fingir que nunca aconteceu, Mike ama essa menina mais que tudo. — Eu concordo com a cabeça. Enquanto o olhar julgador de Dexter retorna a namorada dançando na pista.

— Baby, dança essa comigo! — Jess aparece animada e puxa Dexter pela mão e ele levanta sem pensar duas vezes.
De longe observo os dois dançando e rindo. Não me imagino vivendo isso nem em um milhão de anos, parece que não fui feito para viver essas merdas. Sou totalmente descrente do amor verdadeiro e para mim em algum momento Dexter e Jess irão se separar e sofrer muito, eu gosto deles juntos mas é inevitável.Aconteceu com meu tio, aconteceu com meus pais e vai acontecer com todos.
Decido que para mim a festa já deu, apesar que é melhor a barulheira é que o silencio dos meus pensamentos.
Quando me levanto para ir embora vejo Emma tomando um shot com um dos meninos da fraternidade, ela faz careta e depois ri como uma criança. A voz na minha mente diz que não devo me meter nisso e já fiz o suficiente mas meu corpo me leva em direção a ela.

— Vai parar com essa merda ou vai querer que eu te leve para casa? — Ela se assusta com minha voz e me olha com os olhos arregalados.

— Só estou tentando me soltar. — Ela diz inocentemente.

— Como da última vez? — Emma olha para baixo envergonhada e nega com a cabeça. — Vou te deixar em casa.

— Já disse que meu irmão está aqui e minha amiga também, não vou a lugar algum. — Ela me responde irritada.

— Então vou ficar a noite inteira te vigiando.

E é isso que eu faço pelo resto da noite, vigiar a irmã do meu amigo. Que é absurdamente linda e sexy.

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