CAPÍTULO 15

356 19 0
                                    

Já havia passado uma semana e Gaby ainda fazia questão de não olhar na minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Ríos de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.

- Gaby, posso falar com você? - Perguntei esperançosa ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez, Gaby não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro.

- Ih! Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você. Até que eu entendo ela

-Ríos... Revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso.

-Lindo como sempre. - Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.

- Não, idiota como sempre.

- Posso até imaginar porque ela não quer falar com você. - Ele disse e riu.

- Ah é? Então me diz o porquê. - O desafiei.

- Simples, eu e você.-Ele disse indiferente. - Vá lá e confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer. - Eu ri debochada.

- Num sonha tão alto assim não Ríos. - Falei.

- Mas não é verdade? Ou você vai dizer que nós nunca transamos?

-Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz. - Ríos me olhou e riu.

- É incrível como você mente para todos e para você mesma. - Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheia. - Pensei que você fosse mais inteligente. Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.

- Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.

- É aí que você se engana, s/azinha. - Ele deu ênfase ao meu apelido, extremamente ridículo.

- Me deixe em paz, Ríos.-Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.

- Ok, mas só pra te avisar que: Sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe. - Ele disse implicante como sempre, riu e saiu. Filho da puta.

Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglés foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com Ava como se elas realmente fossem íntimas, caralho, elas não eram, nunca foram. Ridiculo isso. A verdade era que Gaby me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.

-Professora? - Chamei e ela me olhou. - Será que eu posso ir tomar uma água?

Não está se sentindo bem de novo, S/n? Aham, sei. - Lucy se meteu.

- Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser metida é sua especialidade.

- Eu falo o que eu quiser. - Ela tentou se defender.

- Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso. - Lucy ficou quieta.

- Ah e eu tenho uma pergunta: Como vai as coisas com o seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, alguma coisa assim. - Fui uma verdadeira megera, confesso, mas não mais do que ela. Lucy me olhou com uma cara do tipo "como você sabe?" e eu ri, enquanto a turma cochichava. Ah e se você quer saber, não, eu não estou me sentindo mal. Só estou com sede. Isso te incomoda?

- Não. - Ela disse seca e desviando o olhar de vergonha.

- Ok. Posso ir professora?

- Sim, S//N, vá. - Ela disse com um sorriso breve nos lábios. Saí da sala, Havia um bebedouro no mesmo corredor que ficava minha sala, mas eu comecei a ouvir algumas vozes e resolvi prolongar minha caminhada, até porque estava meio suspeito, pois as pessoas estavam sussurrando. Desci as escadas cuidadosamente tentando não fazer barulho algum, segui reto pelo corredor, estava um silêncio sem fim, possibilitando de ouvir os sussurros que ficavam mais fácil de ouvir a cada passo meu dado. Parei em um canto próximo ás escadas e no corredor do lado, avistei Ríos e mais um garoto. Comecei a escutar a conversa, apesar de ter chego no meio dela.

POSSESSIVE -RICHARD RÍOS (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora