ˀ☕„ Boa leitura . . ♡°୭ <2151 Palavras>
No caminho para casa, Thomas ficou quieto como sempre. Às vezes me perguntava o que passava na cabeça dele, na verdade era melhor eu nem saber.
— Você matou mesmo seu professor e o Arthur?
Perguntei curiosa e ele pareceu não se importar com a pergunta.
— Além de um colega da escola que ameaçou contar para um policial sobre a morte do professor.
Ele colocou a mão no bolso da calça.
— Você não se sentiu culpado por nenhuma dessas mortes?
Ele negou com a cabeça.
— Eu fui diagnosticado com sociopatia infantil, você se lembra?
Busquei na minha memória, mas não achei nada. Apenas me lembro de tanto eu quanto o Thomas passarmos boa parte do tempo em clínicas de psicólogos.
— Você é um sociopata?
A pergunta fez ele parar e olhar para o céu e depois para mim.
— Acho que não. Sociopatia infantil pode ser revertida e fizeram tanto tratamento de choque em mim que duvido que eu tenha vestígios de sociopatia.
Ele falou pensativo. Me recordei de algumas vezes que Thomas chegava exausto das suas sessões de terapia. Tudo para tentarem ativar uma parte morta do seu cérebro, a empatia, essa que eu não acreditava que algum dia esteve morta. Ele me salvou, salvou a Erica e namora com a Erica, ele tem empatia, talvez pouca, mas tem.
Quando chegamos em casa, nossa avó estava fazendo comida, o cheiro era agradável.
— Vou para o banho primeiro! — Alertei e empurrei Thomas no sofá correndo em direção ao banheiro.
— Não vai! — Respondeu e começou a correr também.
Subi as escadas dando risada e virei em direção ao banheiro. Me virei e mostrei a língua para Thomas, que estava perto. Entrei no banheiro e tranquei a porta.
Depois do banho, desci para ajudar nossa avó a colocar a mesa e Thomas foi para o banho. Durante o jantar, vovó era a que mais falava. Por sorte, Thomas não falou sobre o ocorrido na escola. Na verdade, ele não deveria nem se importar muito.
— Amanhã vou buscar a Erica no internato, então não vou poder voltar com a Carol — Thomas avisou, rodando o garfo dentro do prato.
— Tudo bem para você, Carol?
— Claro, vovó.
Respondi e depois de comermos, arrumamos tudo e subimos para o quarto como sempre.
Amanhã, Erica vai vir dormir aqui em casa. Eu definitivamente estou animada com isso. Sobre o pai dela deixar ela dormir aqui em casa, mesmo ela e Thomas sendo adolescentes, é algo engraçado. Uma vez no almoço de família junto com a família da Erica, ele falou em voz alta que sexo era definitivamente algo que ele e Erica não iriam fazer. Depois de um tempo, ele me explicou o que era assexualidade, um aspecto do relacionamento deles.
Sempre dou risada lembrando da cara de espanto da minha avó. A madrasta da Erica riu tanto que ficou sem ar e Thomas, sem seu senso social, ficou perdido.
Acabei dormindo, me recordando desse dia cômico. Pela manhã, vovó avisou que ficaria boa parte do dia fora. Iria ao bingo da igreja e depois passaria no mercado para fazer compras e ajudaria sua amiga da igreja com os netinhos dela.
Eu e Thomas fomos para a escola normalmente, nos separamos por turma e um alívio tomou conta do meu coração quando notei que tanto Beatriz quanto Brenda não haviam ido para a escola.
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𝑰𝒏𝒐𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒂𝒔𝒔𝒂𝒔𝒔𝒊𝒏𝒂
Mystery / ThrillerCaroline uma garota cheia de traumas vivendo uma vida de bullying na escola, se prejudica ao acidentalmente cometer um crime, agora para se livrar disso buscará apoio do seu irmão mais velho que já tem um histórico com "incidentes".