The Other Woman. || Malila.

Melhor noite da minha vida.

Marília

- MAIARA, SUA LOUCAAAA! - Maraisa fala gargalhando, dando um empurrão na ruiva, fazendo a mesma revirar os olhos e empurrar a morena de volta.

Estamos na boate ainda, que já está um pouquinho vazia. Não paramos de beber até agora, está todo mundo completamente embriagado.

Maiara se juntou a nós tem uns minutinhos, junto com um homem, que desconfio ser seu namorado.

Agora Maraisa está enchendo o saco de Maiara, que já está estressada.

- Mano, Maraisa, aquieta essa bunda branca nesse sofá, caralho. - Maiara resmunga.

- Para de ser chata, amiga. - A morena dá um outro empurrão na ruiva, a qual belisca o braço de Maraisa. - Ai... - Ela passa a mão no braço e vem até mim, com uma expressão de choro e um beicinho no rosto.

- O que foi, hein? - Pergunto, dando uma risadinha.

- Olha a Maiara ali, machucando eu... - Ela me abraça, deitando a cabeça em meu peito. - Briga com ela, Lila.

- Brigar comigo é o cacete! Não para quieta, véi! - A ruiva revira os olhos.

- Olha ali, Lila... Ela só tá me maltratando... Briga com ela, briga...

- Não vou me meter nesse negócio de vocês duas não. - Nego com a cabeça e a morena me encara brava.

Mas é verdade, Maiara bêbada parece o cão. Por enquanto né... Eu não vou discutir por uma coisa boba das duas.

- Então é isso, Marília? - A morena cruza os braços.

- Não me chama de Marília. É amor pra você.

- Que nojeira! Oh, Mendonça, fica quieta, fica. - Maiara nega com a cabeça.

- Não concorda comigo? Ela tem que me chamar de amor! - Dou de ombros, recebendo um tapinha de Maiara.

- Que amor o que, Marilião! Te enxerga, e o Murilo? Não vou deixar você iludir minha amiga de novo não!

- Que iludir o que... Nunca mais. - Pego na cintura da morena e deixo um selinho em seus lábios, vendo um sorriso bobo formar em seu rosto. - Viu só?

- Meu pai amado, eu vou socar a sua cara, Maraisa! - A ruiva diz e Maraisa se esconde atrás de mim.

E lá vem o sermão de novo...
...

Matheus estaciona o carro em frente a casa da morena e eu saio do carro, abrindo a porta para Maraisa, a qual sai do veículo cambaleando.

- Maraisa, se cuida! Sério, se eu ver que você fez alguma merda, eu vou dar na sua cara! - Maiara fala de dentro do carro.

- Deixa eu aproveitar com a minha loira... - A morena fala enquanto se segurava em mim.

Ah, pronto, eu tô mal conseguindo me manter em pé e tenho que segurar esse mini ser humano.

- Eu tô falando sério, Maraisa! Você já sabe o que eu penso disso.

- Fala demais, nossa... Vai embora vai, tchau - Ela acena para Maiara. - Tchau, Matheus!

- Maraisa, é sério, eu já te falei que... - A voz de Maiara vai sumindo após Matheus dar partida no carro, me fazendo gargalhar.

Porra, o Matheus é foda.

Deu pra entender, né? Maiara não gosta de mim pelo fato de ter magoado a Maraisa. E eu realmente sinto muito por ter feito aquilo com ela, nunca foi minha intenção. Se eu pudesse tirar toda a dor que um dia eu causei nela, assim eu faria.

- Vem, amor, vamos entrar... - Maraisa me puxa até a porta, procurando a chave na bolsa enquanto eu a abraçava por trás, cheirando seu pescoço.

Gosto muito de ficar assim com ela...

- Cadê essa merda...? - A morena resmunga enquanto revirava toda sua bolsa. - Loira, você também não está ajudando.

- Mas nem estou fazendo nada...

- Você sabe o efeito que causa em mim.

- Fica fraquinha só com um abraço por trás...? - Pergunto, apenas ouvindo o silêncio de Maraisa.

Simplesmente amo quando ela fica sem graca.

- Achei! - Ela comemora e abre a porta. - Vamos direto pro quarto.

- Humm... Mas já vai me levar pra cama...? - Sorrio maliciosa enquanto entrava na casa com a morena.

- Quem sabe... - Ela dá de ombros. - Mas não vai ser dessa vez. - A morena dá uma risadinha.

- Nossa, broxante. - Cruzo os braços, emburrada.

- Ficou brava, bebezão? - Ela aperta minhas bochechas, sorrindo. - Bom, se transarmos hoje, obviamente no dia seguinte eu vou esquecer, e nunca na minha vida iria querer esquecer um momento desse.

- É... Você tem razão... Mas na próxima você não foge de mim, gostosa.

- Fugir de você? Não mesmo... - Maraisa dá uma risadinha e sobe as escadas, me dando a visão daquele corpo maravilhoso dela.

Vai realmente ficar pra outro dia...? Poxa...

Vou andando atrás da morena, encarando aquele tamanho de bunda.

Nossa...

- Marília, para de olhar. - Ouço sua voz e desperto dos meus pensamentos, resmungando.

- Não posso olhar, não posso tocar... Que mulher chata.

- Chato mesmo é aquele homem que você chama de marido. - Ela ironiza, entrando em seu quarto.

- Hoje não tenho marido, não fala dele. - Entro atrás da morena, olhando ao redor de seu quarto.

É praticamente o quarto de uma adolescente... Ela sempre demonstrou um estilo mais despojado mesmo. Mas quando é pra se arrumar mesmo, nossa... Parece um mulherão.

- Eu ainda estou vendo sua aliança, então você tem sim. - A morena dá de ombros, se jogando na cama.

- Para de estragar as coisas, gatinha. Deixa ele pra lá... - Vou andando pelo quarto da morena, mas o que chama minha atenção é um bendito buquê na penteadeira. - Quem te deu isso?

- Ah, o Fernando, por que?

Fernando...

Você está na minha lista preta, cara.

- E por que guardou isso? - A encaro e ela me olha confusa.

- Ué... Eu não ia jogar fora... São flores, e eu ganhei de presente. - Ela fala como se fosse óbvio e eu reviro os olhos.

- Só eu posso te dar flores.

- E você já me deu flores alguma vez? - Maraisa se senta na cama e me olha de braços cruzados, Fico quieta. - Pois é, imaginei.

- Não tive a oportunidade...

- Fala e fala que só você deve me comprar tal coisa, fazer tal coisa e nunca fez. Se enxerga, Marília. - Ela revira os olhos.

Eu sei que ela está certa... Mas ela podia me entender né... Ela sabe minha situação, mas parece que nem liga.

- Podemos por favor não conversar sobre isso hoje? - Peço, me sentando na cama.

- Você que começou. Eu só acho engraçado que você chega falando como se tivesse todo o direito do mundo. - Maraisa suspira fundo.

- Maraisa...

- Cansa sabe, Lila? Como cansa... Mas bom, chega de falar disso... - Ela se levanta. - Vou colocar um pijama, quer um pra você?

- Quero...

Ela apenas concorda com a cabeça e vai para o closet.

Que droga, eu vacilei real com ela... E nunca foi minha intenção, fiz porque fiz, sabe? Não pensei nas consequências...

Fui pensar nisso só depois, mas já era tarde demais...

E acabei machucando minha morena.

Minha, viu, Fernando?

- Aqui, Lila... - Maraisa volta vestida com um pijama de algum personagem, me entregando uma camisola de personagens da Disney.

- Meu Deus, que roupas são essas? - Solto uma risada e me levanto da cama, pegando a camisola, vendo-a ficar envergonhada.

- Eu gosto de pijamas com estampas assim... São mais legais...

- Que fofa! Não sabia que você usava roupas assim. - Dou uma risadinha.

- Eu uso, só pra dormir...

- Achei fofo, bonitinha. - Sorrio e vou para o closet, retirando minhas roupas, vestindo a camisola, voltando para o quarto.

Isso nem coube em mim direito. Tinha quer ser a baixinha...

Maraisa me encara e sorri:

- Ficou linda! - Ela fala como uma criança, sentada na cama.

- Tá curto em mim...

- Mas você só vai dormir, não tem problema. - A morena dá de ombros. - Agora vem deitar comigo, vem...

Como se ela fosse minha dona, vou rapidamente até a cama, me deitando ali.

Ela logo se deita ao meu lado e por instinto, deito minha cabeça em seu peito, escutando sua risadinha.

- Bebezona... - Maraisa leva sua mão até meus cabelos, fazendo uma carinho gostoso.

- Eu tô cansada... - Digo e ela concorda.

- Eu também.

- Também, você não parou quieta, meu. Demorou pra você se aquietar! Sofri com você naquele lugar.

Maraisa dá uma risadinha e suspira.

- Pelo menos foi muito legal...

- Você está chateada? Por que? - Pergunto, pelo jeito que ela falou.

- Um pouco... - Ela suspira fundo. - A gente não vai se lembrar de quase nada dessa noite, não é...? - Sua pergunta me pega de supetão.

Bebemos muito... Não iremos nos lembrar de nada...

Que droga... A gente não deveria ter bebido. Mas, se não tivéssemos bebido, nada do que aconteceu teria acontecido.

Então, a bebida ajudou, ao mesmo tempo nos chateou.

- É... - Digo, suspirando.

Maraisa fica em silêncio e solta um suspiro profundo.

- Bom... Eu vou dormir... - Ela me solta e se vira para o outro lado.

Entendo o fato dela ficar chateada, eu queria muito lembrar de tudo dessa noite amanhã...

Poxa... Me desculpa, Maraisa.

- Eu também vou... - Abraço a morena por trás, de conchinha. - Boa noite, meu amor.

- Boa noite, Lila. - Ela se encolhe em meu braços e eu sorrio. Logo, escuto seu suspiro pesado, indicando que havia dormido.

Eu não vou lembrar, mas pode ter certeza, Maraisa...

Essa foi a melhor noite da minha vida.

oi, gente! to de volta!

essa capítulo foi bem ruinzinho, mas é só pra dar continuidade no capítulo anterior. o próximo já está pronto, e é só pedrada...

beijocas!