A Culpa Do Amor

C H A P T E R XXII

Luana Francis

Estou cansada, exausta. Fatigada. Essa é a palavra correcta para descrever. Eu estou numa fadiga enorme! Minha semana foi muito corrida, bastante corrida e cansativa, que não estou conseguindo dar conta de tudo sem ficar absurdamente cansada. É muita coisa, o trabalho, a escola e a sua exigência de notas máximas para manter a bolsa, a pressão da faculdade, cuidar da casa, cuidar do meu pai. Em meio a todo esse caos, me encontro sem solução a não ser continuar.

Ao menos tenho amigos com quem eu fico e me sinto menos pressionada, e Andrew porque com ele tudo é mais leve, e quando estou com ele, todas as preocupações se vão como por magia. Por isso aproveito cada momento do seu lado, suas ligações noturnas e quotidianas e nossas mensagens engraçadas e picantes, às vezes.

E por conta disso, não pude me esquecer da promessa que fiz para ele no sábado. E mesmo que me custe, hoje acordei uma hora mais cedo do que o comum. Com muita relutância e um quase choro, levantei da cama e me preparei para mais um dia de aulas. Não me importei muito com a aparência hoje. Apenas vesti meu uniforme, a camisola sem capuz, que está mais para um sweater e o sobretudo da escola. No cabelo, um coque frouxo e com um pouco de gel, só para fixar os fios que estavam soltos, e o babyhair, que está um pouco desleixado do que em outros dias, mas continua lindo e dando um toque especial. E no rosto apenas hidratante labial de sabor de cacau.

Comi apenas uma maçã e uma sanduíche de geleia de morango, e me forcei a tomar café sem leite e açúcar. O sabor amargo descia pela minha garganta como se fosse uma faca rasgando meu esófago. Não entendo como pessoas conseguiam tomar café assim, diariamente. 

Peguei um ónibus na paragem, já que hoje não iria do ónibus escolar, porque tinha que chegar mais cedo. Me sentei em um lugar vago, e em poucos minutos estou na paragem mais próxima da entrada de Westside.  Caminhei apenas por alguns minutos até chegar a entrada da escola.

Caminhei pelo longo campus da escola, admirando a calmaria da escola, antes do horário de aulas. A relva está molhada com o orvalho que ainda caia, o sol está nascendo tornando a vista mais bonita. E por segundos, esqueço do ar gélido de Nova Iorque. Não tem pássaros, pois está frio demais para eles, mas está vista em sem dúvidas, uma das mais lindas que já vi. O campus da Westside High School é lindo e muito bem arquitetado e moderno. Possuo vários jardins e diferentes alas, tudo em constante cuidado. E fico feliz por descobrir que ainda mais bela no rasgar pela manhã. 

Depois de muito caminhar, chego ao campo de futebol americano, ou rugby, como eu prefiro dizer. É enorme, parece o campo de jogo de um estádio. Vejo os jogadores treinando, todos com roupas confortáveis e capacetes, quanto mais me aproximo consigo ter uma visão melhor. Eles atiram a bola, correm bastante, treinam táticas e técnicas de jogo. Parecem cansados, mas não o suficiente para descansar, eles ainda têm força de continuar. Me sento em uma das bancadas.

Depois de alguns minutos assistindo, vejo alguém se aproximar, mas não consigo distinguir quem é.

Eu devo comprar outras lentes de contacto graduadas, ou simplesmente aceitar o fato de usar óculos com fundo de garrafa de tão alta que minha graduação é.  — penso para mim mesma.

E me lembro que os óculos estão na mochila, então os tiro e coloco tornando mais nítida minha visão. Okay, os óculos não são assim tão maus e gigantes, porém não gosto de usar, prefiro lentes. Mas perdi uma delas, recentemente.