V - O Telefone

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Saí da aula e fui para a próxima com pressa. Esbarrei em alguém no caminho. Eu ouvi algo cair e se virar. Com certeza, lá estava Ricardo, seus livros espalhados pelo corredor. Corri de volta para ajudar ele a pegar seus livros.

O clássico de pegar o mesmo livro aconteceu, e nós batemos de frente enquanto eu tentava me levantar como uma espécie de romance idiota. Eu ri sozinho enquanto estava ali, e ele começou a rir também.

"Besteira! Desculpe, s/n! Não tive a intenção de topar com você." - ele disse, rindo, segurando seus livros. "Sim! Eu também não, mas está tudo bem. - falei ainda rindo, tentando fugir da conversa e ir para a aula. Então, de repente, pude ouvir o som dos saltos dela batendo em nossa direção.

"O que aconteceu aqui?" - ela falou apontando para a bagunça de papéis ainda no chão. "Desculpe, Srta. Malisorn, eu e S/n acidentalmente nos esbarramos." - ele falou assumindo a liderança da conversa.

"Oh, tudo bem.. Por favor, vá para a aula, Sra. Belmonte, eu cuido disso daqui." - ela disse com um leve sorriso. A gentileza repentina me confundiu e me chocou.

"Ok, senhorita.. Obrigada!" - Eu disse correndo para minha próxima aula. "Não corra!" - ela gritou do corredor me fazendo rir um pouco. Finalmente cheguei à aula e sentei-me bem a tempo antes da chegada e da porta se fechar.

Depois de cerca de uma hora e meia, as aulas terminaram e eu corri porta afora, encontrando Ricardo esperando do lado de fora da porta da minha sala de aula. "Ei, Se/n! Só queria me desculpar de novo." - ele disse um pouco nervoso. "está realmente tudo bem, não se preocupe." - Eu respondi, seguindo-o para fora da entrada da escola começando a andar de bicicleta, ele caminhou ao meu lado todo o caminho até minha casa, até que nos separamos e foi para casa sozinho.

Ricardo e eu sempre fomos próximos, crescemos morando no mesmo bairro e tudo mais. Além disso, nossos pais costumavam ser melhores amigos. Eu realmente nunca o vi fora da escola depois de tudo. Então, vê-lo tentando falar comigo de novo depois de tudo foi bem estranho, mas conseguimos.

|Pov Faye|

'Ela realmente esqueceu o telefone?', pensei segurando-o na mão. Melissa está irritada desde que as aulas terminaram. Na verdade, deixe-me reformular. Melissa ficou irritada com telefone o dia todo. Honestamente, agora está começando a parecer mais com meu próprio castigo.

De repente, a tela acende e pisca notificações na tela dela. E sem que eu tente, e antes que eu perceba, o telefone é desbloqueado. Iluminando a conversa mais recente dela e de Melissa. Juro que não era minha intenção desbloqueá-lo, mas agora que foi... fiquei curiosa.

Eu sabia que era errado invadir a privacidade do telefone dela, mas como vi a violação da privacidade das mensagens dela, não pude mais e dou uma olhada. Enquanto leio as mensagens dela e de Melissa, sua melhor amiga, presumo. Eu não pude deixar de olhar com horror.

"Tetas doces?" - Os adolescentes não são realmente mais criativos? "E porque é que me tratam como se eu fosse uma espécie de produto para vender." - Falei, passando os dedos pelos cabelos e suspirando, o stress de hoje ainda prevalecente.

Sempre tive consciência da maneira como os alunos olhavam para mim. Eles nunca pareciam saber como manter seus pensamentos para si mesmos ou para seus olhos. S/n foi uma das piores deste ano.

Cada vez que viro uma esquina e ela me vê, ou cada vez que me viro na aula para fazer coisas no quadro, sinto seus olhos queimando através de mim. Eu sei que os adolescentes gostam de olhar, mas pelo menos seja menos óbvio.

Não acredito que ela se lembre dos desenhos que a peguei rabiscando. Ela ao menos percebeu o que estava desenhando? No início pareciam círculos, mas quanto mais eu olhava, mais percebia que era um desenho da minha bunda. Os adolescentes são tão estúpidos.

Oh, Senhorita Malisorn (Faye X S/n)Onde histórias criam vida. Descubra agora